<div dir="ltr"><div class=""><h1>Estudo inédito do sofrimento na deficiência visual <br> vale nota 20 a aluna quase cega</h1><h2>Ana Sofia Teixeira foi «para além do impossível»</h2></div><em><div style="width:400px" class=""><img title="" alt="A estudante de Psicologia Ana Sofia Teixeira" src="http://www.cienciahoje.pt/files/59/59927.jpg" width="400" height="267"><div class="">A estudante de Psicologia Ana Sofia Teixeira</div><div class=""><br></div></div>É uma investigação inédita realizada em Portugal sobre o sofrimento emocional em pessoas com deficiência visual, valeu-lhe 20 valores na dissertação de mestrado e tem como autora Ana Sofia Teixeira, estudante da Universidade de Aveiro (UA). À nota de excelência atribuída ao trabalho acrescente-se que foi realizado por quem nasceu com retignite pigmentar, uma doença degenerativa que, gradualmente, e desde a infância, tirou à autora do estudo quase toda a visão. </em><div class="">Mas os actuais cinco por cento de visão num olho e um por cento no outro foram mais do que suficientes para concluir com excelência o Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde. Para trás fica um percurso académico onde a Ana foi “para além do impossível”.<br><br>Ana Sofia perdeu grande parte da visão, principalmente durante a adolescência, a esforçar a vista com os estudos. Queria ir para a Universidade, queria ter sucesso. Por isso teve sempre como horizonte o lema “se os outros conseguem, eu também vou conseguir”. E conseguiu mesmo. Chegou à UA em 2008 para estudar Psicologia. A instituição, que faz da inclusão uma palavra levada à letra, garante soluções adaptadas a cada estudante, em conformidade com as suas características e necessidades. Só neste ano lectivo estão matriculados na UA, entre os programas de graduação, pós-graduação e Cursos Técnicos Superiores Profissionais, seis dezenas de alunos com necessidades educativas especiais.<br><br><strong>“Fazer uma dissertação de mestrado após um ano exaustivo de estágio curricular </strong>[realizada entre Agosto e Novembro de 2014], <strong>foi quase como que ir para além do impossível</strong>”, diz. O esforço valeu-lhe um 20 no trabalho e um 17 como nota final do mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde. “<strong>Tive de abdicar de muitas coisas e ter mesmo muita força de vontade. Mas o atingir de tal objectivo só foi possível devido ao apoio incansável de todas as pessoas que tanto me ajudaram, a quem mais uma vez agradeço a força e a colaboração incansável”, </strong>recorda Ana Sofia. </div><div class=""><br></div><div class="">Fonte; Ciência Hoje</div></div>