<div dir="ltr"><div><br></div><div><img class="" src="http://www.labre.org.br/news/fotos/a0e78985c833baeeaf2bf63895e63fcf.jpg"><br></div><div><p></p><p>Foto: Protótipo do Satélite NanosatC-BR1</p><p class="" align="justify">O uso de frequências do Serviço de Radioamador por satélites educacionais da categoria cubesat com aplicações radioamadoras é tendência mundial,  uma vez que não existe no momento um segmento espectral específico para  os satélites educacionais.</p><p class="" align="justify">A histórica relação entre universidades e organizações radioamadoras no  desenvolvimento tecnológico e educacional é um dos elementos que  contribuem para esta tendência.</p><p class="" align="justify">No primeiro lançamento mundial de cubesats em 2003, dois deles foram  desenvolvidos por universidades japonesas em integração com a AMSAT  (Amateur Satellite Corporation): o CUTE-1 ou OSCAR-55 e Cubesat IX-IV ou</p><p class="" align="justify"><span lang="EN-US">OSCAR-57 (OSCAR de Orbiting Satellite Carrying Amateur Radio).</span></p><p class="" align="justify">Os próprios radioamadores configuram uma sociedade tecnológica pioneira no campo satelital. Seu primeiro satélite, o OSCAR 1, foi lançado pelos  EUA apenas 4 anos após o Sputinik, em 1961. O primeiro satélite  brasileiro também foi radioamador, o Dove OSCAR-17, lançado em 1990.</p><p class="" align="justify">Como consequência desta atividade coube à IARU, a União Internacional de  Radioamadorismo (International Amateur Radio Union), a coordenação  internacional de frequências utilizadas por satélites no espectro  destinado ao Serviço de Radioamador.</p><p class="" align="justify">No entanto o recente aumento no número de projetos de cubesats que não  possuem envolvimento da comunidade radioamadora tem gerado preocupações  nas organizações radioamadoras e nas administrações de telecomunicações, especialmente nos aspectos legais de operação e ocupação espectral com  descaracterização da natureza do serviço.</p><p class="" align="justify">Visando mitigar os problemas e reduzir o risco do uso indevido das frequências, a IARU e a AMSAT estimularam a integração entre as organizações de  representação dos radioamadores e as unidades de ensino e pesquisa.</p><p class="" align="justify">A expectativa é que as operações sigam as normas de comunicações de cada  país e as premissas da IARU, assim como exista maior divulgação dos  projetos para a comunidade e missões satelitais com aplicações  radioamadoras.</p><p class="" align="justify">Como questões de gestão espectral envolvem o GDE (grupo de Gestão e Defesa  Espectral da LABRE), o grupo criou em maio de 2014 uma lista de  discussão na Internet chamada edusats-br. Nela integrantes dos vários  projetos de satélites brasileiros começaram pela primeira vez a  interagir com os radioamadores, entender as demandas mútuas e trabalhar  pela esperada integração. A coordenação do segmento de satélites pelo  GDE coube a Edson Pereira, PY2SDR.</p><p class="" align="justify">A interação não ficou apenas no aspecto virtual. No primeiro semestre de 2014 o grupo realizou reuniões e visitas ao ITA, INPE e Colégio Embraer  abordando o tema radioamadorismo espacial, tecnologia e educação. No  segundo semestre um seminário foi realizado na Convenção Nacional de  Radioamadorismo (organizado pela LABRE/SP), contanto com a presença de  vários projetistas de satélites, estudantes, professores e  radioamadores.</p><p class="" align="justify">Os primeiros sinais de parceria operacional</p><p class="" align="justify">Em junho de 2014 o INPE e a UFSM lançaram o NanosatC-BR1, um cubesat 1U(10x10x10cm) com missão científica e educacional. O lançamento foi anunciado na  lista edusats-br e os radioamadores brasileiros foram os primeiros a  receber os sinais de telemetria em CW transmitidos pelo satélite na  primeira órbita sobre o território nacional.</p><p class="" align="justify">A recepção dos primeiros sinais foi de grande valor para a missão, uma  vez que pelos dados de telemetria fornecidos pelos radioamadores, os  engenheiros do INPE puderam confirmar o primeiro estado de saúde do  cubesat, o que posteriormente possibilitou comandá-lo para o modo  nominal de operação, transmitindo dados das cargas úteis científicas.</p><p class="" align="justify">Os coordenadores do projeto NanosatC-BR1 agradeceram publicamente os  radioamadores pelo auxílio, além de ter sido uma ótima oportunidade de  divulgação do próprio projeto para a comunidade de radioamadores: </p><p class="" align="justify">“Eles  estão vibrando com o projeto que é o primeiro satélite brasileiro que  pode ser rastreado por eles na frequência em que atuam. São muito  experientes rastreando satélites radioamadores internacionais e estão  vibrando com esta oportunidade de rastrear e contribuir para a segurança de um satélite brasileiro. E nós mais ainda com este apoio. Já são  praticamente parte da equipe tal a interação que temos tido&quot; (Dr. Otávio Durão (INPE) em nota ao excelente blog Brazilian Space).</p><p class="" align="justify">As primeiras aplicações em radiocomunicações</p><p class="" align="justify">A LABRE/GDE durante o ano de 2014 também se aproximou de dois outros  interessantes projetos: o AESP-14, cubesat de 1U desenvolvido por alunos do ITA com missão de testar no espaço uma estrutura de cubesat  integralmente desenvolvida no Brasil; e o ITASAT-1, um cubesat de 6U com missão científica e educacional.</p><p class="" align="justify">Estes cubesats, com lançamentos previstos para 2015, incluirão missões  radioamadoras. O AESP-14 transmitirá sequências aleatórias de textos  predefinidos para recepção das estações radioamadoras. O ITASAT-1  possuirá um transponder digital por armazenamento (store-and-forward)  desenvolvido por radioamadores brasileiros que permitirá comunicação via satélite usando mensagens curtas de texto entre estações radioamadoras  ao redor do planeta. Maiores informações serão difundidas no transcorrer dos projetos.</p><p class="">GDE/LABRE, 23 de dezembro de 2014.</p><p class="">Com apoio de Edson Pereira, PY2SDR.</p><p class=""><a href="http://www.radioamadores.org/news/news-2014/news-2014-41.htm">http://www.radioamadores.org/news/news-2014/news-2014-41.htm</a></p></div><br><div><span style="text-align:justify">Fonte: Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão</span><br></div></div>