<div dir="ltr"><h1 itemprop="name">Açores renovam rede de comunicações da proteção civil por ajuste direto</h1><p class=""><strong itemprop="author">Lusa </strong>11 Nov, 2014, 08:28</p><div class=""></div><div class=""><h2 itemprop="description"> A renovação da rede de comunicações da proteção civil açoriana vai realizar-se em três fases e será assegurada por uma empresa do grupo EDA - Eletricidade dos Açores, através de um ajuste direto de 1,87 milhões de euros.</h2><div id="rs_div"></div><p itemprop="articleBody"></p><p>A decisão do Governo dos Açores foi publicada hoje no Jornal Oficial da Região Autónoma, numa resolução que explica que esta é a forma de assegurar a renovação dos equipamentos com segurança, sem risco de quebras na rede de comunicações durante o período de transição.</p><p>Na semana passada, o secretário regional que tutela esta área, Luís Cabral, já havia confirmado que a renovação da Rede Integrada de Telecomunicações de Emergência do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores avançaria em 2015, prevendo a conclusão do processo em outubro ou novembro do próximo ano.</p><p>Segundo a resolução hoje publicada, a renovação será feita em três fases, abrangendo a primeira as ilhas de Santa Maria, São Miguel e Terceira; a segunda São Jorge, Graciosa, Faial e Pico e a terceira Flores e Corvo.</p><p>A rede atual &quot;está obsoleta&quot;, lê-se no texto, que explica que a sua &quot;cabal renovação&quot;, de forma a &quot;acautelar a segurança de pessoas e bens&quot;, terá de ser feita &quot;de modo gradual, dado que uma substituição integral imediata faria colapsar todo o sistema enquanto se não operasse a renovação total&quot;.</p><p>As opções do executivo basearam-se num estudo executado pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), refere a resolução.</p><p>&quot;A opção técnica melhor sustentada&quot; apontou para a substituição da rede atual &quot;por uma nova infraestrutura de comunicação, através da adoção de uma tecnologia digital&quot;, nomeadamente &quot;a solução técnica DMR (Digital Mobile Radio)&quot;.</p><p>A outra opção, que os Açores já descartaram publicamente por diversas vezes, seria aderir ao SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal).</p><p>&quot;Técnica e financeiramente, não é viável, no contexto atual, o investimento em tecnologias analógicas, além de que o sistema SIRESP não se revela o mais ajustado à natural descontinuidade geográfica do arquipélago, além de que também importaria uma dependência operacional e de gestão da Administração Central, não compatível com a especificidade das decisões e gestão autónomas&quot;, lê-se no texto.</p><p>O executivo dos Açores já garantiu que a rede regional será, porém, compatível com o SIRESP, permitindo a comunicação entre proteção civil, forças de segurança e militares.</p><p>Quanto à opção pelo ajuste direto com a GlobalEda, o Governo Regional justifica que a rede atual assenta &quot;em equipamentos e soluções patenteados a um só fabricante, a Motorola&quot;, os quais &quot;têm de continuar a operar em simultâneo com a implementação do novo sistema&quot;, sendo que &quot;no contexto de Portugal e dos Açores, o exclusivo do fornecimento de serviços da Motorola pertence à GlobalEda&quot;.</p><p>&quot;Só os equipamentos da Motorola oferecem a completa garantia de funcionamento e perfeita compatibilidade simultâneas com os sistemas de sinalização concebidos e proprietários da própria Motorola, o MDC1200 e o DPL e a plataforma DMR que se pretende renovada, garantindo-se desta forma uma transição para o sistema digital sem risco da quebra da continuidade das comunicações de emergência&quot;, sublinha o texto.</p><p>O executivo açoriano invoca um acórdão do Tribunal de Contas de 2010, no qual, segundo o texto da resolução, &quot;se sublinha que o ajuste direto é viável quando a complexidade e singularidade técnicas são tais que a prestação do objeto do contrato só pode ser confiada a uma entidade determinada&quot;.</p></div></div>