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<body style="font-family:Arial;font-size:12px">
<p>Olá novamente,<br>
provavelmente muitos de vós que lêem o que escrevo não me conhecem nem sabem como sou em termos de feitio. Sou um puto novo, no entanto já sou radioamador á uns anos, não muitos, mas já tive diversas experiências. Já tive dissabores, já fiz coisas que correram bem e outras que correram menos bem. Hoje, fico mais contente com as que não correram bem porque me permitiram ver onde errei e o que podia melhorar ao fazer algo, e isto aplica-se a várias situações e não só á vertente radioamadorística.<br>
De muitas, uma coisa que aprendi por mim próprio é que não se deve menosprezar as linhas de transmissão, nomeadamente os cabos coaxiais. Em tempos gastei uns quantos metros de cabo coaxial RG-213 do "barato", em opção a outro que custava mais 20 e tal cêntimos por metro. O que experienciei foi que o cabo tinha uma malha muito sumida o que me fazia ter interferências na recepção, além de perdas significativas, e perda de potência na emissão pelo cabo. Isto aliado á não soldadura das malhas dos coaxiais nas fichas, fez com que com o tempo começasse a entrar humidade pelos cabos e sendo estes de contrução manhosa pois nem sequer eram cabos O.F.C. fez com que a humidade percorresse os cabos todos, provavelmente pela diferença de pressões atmosféricas no exterior e interior da casa. O resultado foi substituir os cabos que estavam estragados por cabo bom, de marca conceituada após pesquisar um pouco na internet sobre o feedback de outros radioamadores que usaram desse cabo e então decidi-me.<br>
Como puto novo que sou, e estou certo que quase todos vós quando eram mais novos quando punham uma ideia na cabeça tinha que ser para ontem e queriam e tinha que ser feito logo senão não pensavam em mais nada... Hoje reconheço que essa fase pela qual passei foi importante no meu desenvolvimento pessoal e fez com que emendasse essa "excitação" por ter ou fazer algo. Hoje em dia olho para as coisas com mais distância! Quero montar uma antena, ok... Então mas a antena não foge e também não azeda... Então vamos fazer as coisas com calma, se não ficar pronta hoje fica amanhã. Se não ficar pronta amanhã fica para a semana, quando eu quiser, quando der jeito, quando o clima deixar. Assim faço as coisas com calma, presto atenção a todos os detalhes e fico com a certeza que as coisas ficam em condições!<br>
Suponhamos que quero montar uma antena (mais uma eheh)... Se for uma antena de compra verifico se todas as peças tais como parafusos, porcas e anilhas são em inox. Se não forem em inox, substituo por inox e guardo o que traz de origem. Se estiver a construir uma antena de origem, procuro empregar material que não enferruge nem oxide. Cada parafuzinho leva massa grafitada para não entrar água que quando evapora deixa aquele calcário branco que dá uma trabalheira para depois desmontar a antena quando for necessário. Verifico se a antena tem ou deve levar isoladores nos tubos para a água não entrar, se for necessário põe-se. Verifico as medidas todas, os apertos, monto a antena num mastro com 2 metros fixo ao chão e faço uma leitura com o analizador de antenas (se a antena o permitir). Depois de tudo verificado e a antena pronta é que será montada. Há fabricantes de antenas que até fazem uma boa construção mas depois deixam a antena frágil nas junções dos tubos como é o caso da Sírio Antenne. Neste caso, em que as antenas vêm frágeis nas uniões entre tubos o que faço é fazer um rasgo longitudinal aí com 50mm no tubo exterior e aplicar uma braçadeira de aperto de inox com parafuso transversal. Isto é só um exemplo!<br>
Quando soldo as fichas nos cabos faço uma soldadura perto do perfeito, onde também soldo a malha e de seguida aplico manga termoretráctil com resina e por fim ponho uma carapuça de borracha que em tempos comprei uma série delas no ebay. Testo sempre o cabo com o analizador de antenas antes de ir para o lugar definitivo e ligá-lo á antena. Fazendo as coisas com calma e olhos de ver é mais de meio caminho andado para as coisas resultarem bem!<br>
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Como o colega Filipe disse, e bem, não podemos dizer que uma antena é a melhor e outra não presta. Isto porque, e concordarão comigo, cada caso é um caso e uma antena pode funcionar muito bem num determinado local e noutro local, com características de solo e geográficas diferentes poderá parecer ineficiente. A comparação que fiz entre a Cushcraft R-8 e o dipolo foi com a R-8 montada no topo da torre e com o balun do dipolo também no topo da torre. O dipolo que tinha na altura era um dipolo de construção caseira, de meia-onda, para os 80 metros e com o qual trabalhava com a ajuda do tuner as bandas dos 40 e 20 metros. Foi com estas condições que fiz o teste entre a R-8 e o dipolo nestas 3 bandas (80, 40 e 20m).<br>
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Em relação ao comprimento dos cabos´coaxiais... Já estive várias horas a debater esse assunto, já investiguei nos handbooks da ARRL que tenho, já fiz diversas pesquisas na internet e já li várias teorias. Na minha antena delta loop para os 80 metros utilizo cabo coaxial de 75 ohms para casar as impedâncias de cerca 100 ohms para 50 ohms. O cabo tem o comprimento de 1/4 de onda multiplicado pelo factor de propagação que no caso do cabo que utilizo é 0.66 ou 66%.<br>
No caso das restantes antenas, como as impedâncias são adaptadas com baluns utilizo os cabos com um comprimento coveniente apenas tenho em consideração em não utilizar comprimentos com multiplos ou submúltiplos de onda multiplicados pelo factor de propagação para não "sintonizar" o cabo na frequência.<br>
Por acaso já fiz esta experiência, ainda que tenha sido com "cabo" RG-58 que pessoalmente considero que não é cabo de emissão, e de facto os valores de SWR e de Retun Loss alteravam-se bastante quando utilizava um comprimento deste cabo de meia-onda multiplicada pelo factor de propagação.<br>
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Ainda falando dos traps da direccional, os traps não são revestidos por fita vulcanizadora nem por plástico. Foram feitos com fio esmaltado de 2mm de diâmetro e depois dos traps feitos estes foram envernizados e impermeabilizados com verniz marítimo, portanto considero que estão bem estanques e ainda foi utilizado fio esmaltado que isola o fio de tudo o que está na sua periferia. Foram fabricados por mim mais um amigo. para os terminais dos traps usei uns casquilhos em bronze roscados que arranjei no trabalho. A antena ainda não tem tempo de montagem suficiente para por exemplo o verniz já ter estalado e entrar humidade por isso considero que este "problema" do aumento de SWR com os tubos da antena molhados. No entanto, optei por não a desmontar e envernizar os tubos também com verniz marítimo porque já li nos manuais de alguns fabricantes estes a indicarem para não se pintar nem envernizar os tubos das antenas e não quis arriscar...<br>
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Conclusão: ao longo dos meus 5 anos de radioamadorismo fui aprendendo muito em termos técnicos a fazer, desfazer, exprimentar, gastar material... Depois acabo por falar pouco ao rádio porque passo grande parte do meu tempo livre a inventar eheh! Provavelmente os colegas não sabem mas eu conto... Eu trabalho em electrónica industrial e automação e além deste batente também sou produtor de música, tenho um estúdio de produção e tal... Aqui á poucos anos gravei um álbum de uma banda que se chamava "em busca da melodia perfeita"... Lembro-me muitas vezes desta frase quando ando a inventar! :-)<br>
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Cumprimentos 73 e obrigado pela vossa pachorra para ler este testamento!<br>
Bom fim de semana a todos!<br>
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CT7QHV (ex CT2JQB) - Pedro Madeira<br>
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Quoting Rodrigo <<a href="mailto:ct1bxt@hotmail.com">ct1bxt@hotmail.com</a>>:</p>
<blockquote style="border-left: blue 2px solid; padding-left: 8px; margin-left: 8px" type="cite">
<p>Cada um lê a parte que mais lhe convém, é como na politica!!!<br>
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A - O comprimento do cabo não tem a menor importância quando é usado para interligar uma antena com um transmissor, desde que as impedâncias da antena, do transmissor e do cabo sejam iguais entre si.<br>
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Rodrigo<br>
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Em Sat, 16 Mar 2013 13:55:53 -0000, Filipe Ferreira <<a href="mailto:filipect1ddw@hotmail.com">filipect1ddw@hotmail.com</a>> escreveu:<br></p>
<blockquote style="border-left: blue 2px solid; padding-left: 8px; margin-left: 8px" type="cite">
<p>Respondendo/tentando responder<br>
- Agradeço o link enviado que é ilustrativo:<br>
"Simplificando: A linha de meia onda tem a propriedade de "repetir" a impedância que está na sua saída, isto é, não transforma impedância. A linha de um quarto de onda tem a propriedade de transformar um curto-circuito em um isolante e vice-versa, isto é, provoca a maior transformação de impedância possível. Linhas de comprimentos intermediários, com impedâncias adequadas, permitem certas transformações, e combinadas (duas, três ou mais), permitem também qualquer transformação. (exemplo: transformador de Regier)"<br>
<br>
- Como calcular múltiplos de meia onda para operação multibanda? Fazer uma tabela de cálculo com os múltiplos para as diversas frequências de trabalho e encontrar os valores comuns a várias bandas, outras bandas sem relação harmónica apresentarão comprimentos aproximados - geralmente com centímetros de diferença!<br>
Bom fim semana.CT1DDW<br>
o: <a href="mailto:cluster@radio-amador.net">cluster@radio-amador.net</a><br>
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Nova antena Cushcraft R9 para 6, 10, 12, 15, 17, 20, 30, 40, 80 Metros<br>
Date: Sat, 16 Mar 2013 13:42:18 +0000<br>
From: <a href="mailto:ct1bxt@hotmail.com">ct1bxt@hotmail.com</a><br>
<br>
Boas,<br>
Gostava que me explicassem como se corta o cabo em múltiplos de meia onda,<br>
para antenas multibandas!!!<br>
<a href="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm" target="_blank">http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm</a><br>
Rodrigo<br>
ct1bxt<br>
Em Sat, 16 Mar 2013 13:21:45 -0000, Filipe Ferreira<br>
<<a href="mailto:filipect1ddw@hotmail.com">filipect1ddw@hotmail.com</a>> escreveu:<br></p>
<blockquote style="border-left: blue 2px solid; padding-left: 8px; margin-left: 8px" type="cite">
<p>Boa tarde<br>
Problema da água dentro dos circuitos LC ressonantes - traps, resolve-se<br>
com isolamento das juntas com silicone e com orifício para evaporar a<br>
humidade da condensação da ar dentro dos envólucros.<br>
- Este buraco/s que as bobines/traps costumam ter é negligenciado por<br>
muitos, se usarem o senso comum verificam que o/s buraco/s estão/devem<br>
estar para baixo, desobstruídos, para efectuarem o seu trabalho que é<br>
drenar a água que se condensa. Usar o betume e blindar tudo pode não<br>
resultar pois os circuitos aquecem e dilatam, condensando<br>
microscópicamente o vapor de água existente no ar dentro do envólucro<br>
que protege as bobines/traps. Resultado: por baixo do betume isolante a<br>
superfície metálica dos condutores oxida por acção da condensação do<br>
vapor de água, oxidando causa aumento resistência electrica periférica e<br>
uma vez que a corrente circula na periferia (efeito pelicular), tá tudo<br>
"lixado" e agrava-se conforme o tempo passa e a oxidação aumenta.<br>
- Quanto à diferença dos valores de sinal entre o dipolo e a vertical do<br>
Pedro, à considerações a fazer que podem ser decisivas para a análise da<br>
situação. Nestas coisas das antenas nem tudo o que pareçe é, devem haver<br>
outros factores a influir nesse resultado que não é normal. Para os 80 e<br>
40mtr pacífico, pois o comprimento de onda torna o dipolo mais ideal,<br>
embora sinais com ângulos de radiação mais baixos possam ser melhor<br>
recebidos na antena vertical. Se nas bandas mais altas o mesmo sucede<br>
então algo está mal com a vertical, não basta dizer que está montada<br>
XPTO como mandam as instruções.<br>
- Existem muitos radioamadores que ainda não soldam as fichas PL<br>
devidamente, deixando a malha por soldar. Utilizando cabo coaxial de má<br>
qualidade e muito alterado, com emendas, sem estar cortado em múltiplos<br>
de meia onda. Tudo isto influencia o resultado final, mas em vez de<br>
pensarem nestas chatices todas são logo céleres a dizer "não presta"!<br>
73sCT1DDW<br>
<br>
Date: Sat, 16 Mar 2013 12:57:06 +0000<br>
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: Nova antena Cushcraft R9 para 6, 10, 12, 15,<br>
17, 20, 30, 40, 80 Metros<br>
From: <a href="mailto:ct7abr@gmail.com">ct7abr@gmail.com</a><br>
To: <a href="mailto:cluster@radio-amador.net">cluster@radio-amador.net</a><br>
<br>
Boas, colega Pedro Madeira.<br>
<br>
Esse problema das estacionárias a começarem a subir abruptamente em dias<br>
húmidos, pude constatar no caso da minha dipolo, que também tem traps,<br>
que era um problema de humidade dentro dos mesmos. Vai poder ver que,<br>
mesmo em dias secos, se for abrir o isolamento dos traps eles estão<br>
cheios de água!<br>
<br>
<br>
É necessário retira-los, abri-los, secar bem com um secador de cabelo<br>
para retirar toda a humidade, e tapar com fita vulcanizadora.<br>
A solução ideal seria usar um banho de betume como faziam para os<br>
transformadores de linhas das TV's a válvulas. Creio que isso ainda se<br>
arranja.<br>
<br>
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73, Renato<br>
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_______________________________________________<br>
CLUSTER mailing list<br>
<a href="mailto:CLUSTER@radio-amador.net">CLUSTER@radio-amador.net</a><br>
<a href="http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster" target="_blank">http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster</a></p>
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<a href="mailto:CLUSTER@radio-amador.net">CLUSTER@radio-amador.net</a><br>
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