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<p class="MsoNormal">Lusa<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">05 Jan, 2013, 15:18 <o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal">O concelho de Moura está a servir para testar os protótipos do maior radiotelescópio do mundo, o SKA, que será instalado a partir de 2016 em África e na Austrália, num investimento superior a 1.500 milhões de euros.<o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal">Antes da instalação efetiva, a Herdade da Contenda, em Moura, no Baixo Alentejo, está a ser "a plataforma tecnológica de teste das soluções" do SKA na Europa, disse hoje à agência Lusa Domingos Barbosa, membro europeu do projeto.
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<p class="MsoNormal">"A Europa não tem um deserto com condições climáticas e geográficas compatíveis" com o SKA, mas Moura dispõe de "condições propícias para testar os protótipos", porque tem um espetro radioelétrico limpo, "a maior radiação solar da Europa"
e um clima muito semelhante ao dos países onde o SKA vai ser instalado, frisou. <o:p>
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<p class="MsoNormal">Numa primeira fase, que arrancou em 2010, os protótipos do SKA foram instalados e testados no terreno na Contenda e, em breve, serão alvo de ensaios climáticos em câmaras térmicas na empresa municipal de Moura Lógica para testar a resistência
dos materiais a temperaturas elevadas. <o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal">"Parte das infraestruturas do SKA ficará em zonas relativamente remotas e onde será difícil criar uma rede de energia elétrica" para as alimentar e, por isso, algumas terão que funcionar de forma autossuficiente e através de energia solar,
disse. <o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal">Nesse sentido, durante o primeiro trimestre deste ano, através do projeto "Biostirling 4 SKA", orçado em seis milhões de euros e financiado pela Comissão Europeia, começarão a ser instalados na Contenda os sistemas de fornecimento de energia
solar para os protótipos do SKA. <o:p></o:p></p>
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<p class="MsoNormal">Trata-se de concentradores solares, "uma espécie de antenas parabólicas em vidro", que, através de concentração solar térmica, convertem a radiação solar em energia elétrica.
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<p class="MsoNormal">"Os protótipos do SKA serão os primeiros autossuficientes energeticamente na área da radioastronomia e das ciências do espaço" e o SKA será "um sistema de rastreio do universo alimentado a energia solar", frisou.
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<p class="MsoNormal">Após a instalação dos sistemas de energia, os protótipos do SKA voltarão a ser instalados na Contenda e, até final de 2015, terão que estar funcionais e terá que haver um estudo de fiabilidade do sistema, indicou.
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<p class="MsoNormal">Segundo Domingos Barbosa, as soluções de energia solar para os protótipos do SKA, encontradas em Moura com a participação da indústria portuguesa, "terão um impacto social elevado", porque são "encaradas como percursoras de iniciativas
capazes de ajudar a levar energia elétrica fiável a cerca de 1,6 mil milhões de pessoas", que vivem sem eletricidade em zonas onde é difícil instalar redes de energia, nomeadamente na África subsariana.
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<p class="MsoNormal">A construção efetiva do SKA deverá começar a partir de 2016, as primeiras observações estão previstas para 2017 e o radiotelescópio poderá começar a funcionar em pleno até 2025, indicou.
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<p class="MsoNormal">Um terço das estações do SKA vai ser instalado na Austrália e dois terços serão instalados na África do Sul e em Moçambique, Namíbia, Botsuana, Zâmbia, Quénia, Madagáscar, Ilhas Maurícias, Gana e talvez também em Angola.
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<p class="MsoNormal">O SKA irá ocupar 3.000 quilómetros, terá 2.500 antenas parabólicas e 250 estações e poderá cobrir uma "ampla gama de frequências" entre os 30 megahertz os 20 gigahertzs.
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<p class="MsoNormal">O projeto SKA, promovido por um consórcio que envolve 65 institutos de 20 países, será financiado em parte por fundos comunitários e irá "revolucionar o conhecimento sobre a evolução do universo", frisou.
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<p class="MsoNormal">"A Europa vai dotar-se de uma tecnologia capaz de rastrear o universo 100 a 500 vezes mais rápido" e o SKA será "50 vezes mais sensível do que os atuais radiotelescópios", disse.
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<p class="MsoNormal">O SKA vai permitir observar e cartografar as primeiras estrelas e galáxias, mapear fenómenos violentos no universo, como buracos negros, detetar riscas de moléculas precursoras de vida em sistemas planetários distantes e vida inteligente
no universo. <o:p></o:p></p>
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