Boa noite.<br><br>Então podemos afirmar que esta ferramenta é boa para nos dar uma ideia da qualidade de QSO em NVIS entre outras variáveis para distâncias mais ou menos próximas deste "radar" espanhol decamétrico (valores comprovados), mas por exemplo para tentar DX, pode-se, por exemplo usar a ferramenta VOACAP (previsão) ?<br>
<br>73,<br><br>CR7AEL<br><br><div class="gmail_quote">No dia 17 de Novembro de 2012 18:12, João Costa > CT1FBF <span dir="ltr"><<a href="mailto:ct1fbf@gmail.com" target="_blank">ct1fbf@gmail.com</a>></span> escreveu:<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex"><div>Depois de mais um largo período sem funcionar, finalmente a 7 de Novembro, lá voltaram a "ligar o interruptor".</div>
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<div>Disponível em:
<table background="http://Imagen2.jpg" border="2" width="360">
<tbody>
<tr>
<td align="center"><b><font face="Arial,Helvetica"><font color="#000000"><font size="-1"><a href="http://www.inta.es/atmosfera/28/56/submenu.aspx" target="_blank">Atmospheric Sounding Station </a></font><br><font size="+3">EL ARENOSILLO </font><br>
<font size="+1">37.1 N - 6.7 W </font></font></font></b></td></tr>
<tr>
<td align="center"><b><font color="#000000">Digisonde 256 Ionospheric Sounder <br><a href="http://iono.inta.es/" target="_blank">http://iono.inta.es/</a></font></b></td></tr></tbody></table></div>
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<div><b>Breve descrição das ionosondas e a leitura dos dados mais importantes para o amador de rádio por Carlos Mourato (CT4RK).</b></div>
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<div>Uma ionosonda, é um tipo especial de radar, que emite curtos impulsos electromagnéticos para a ionosfera, ao longo do espectro de HF, normalmente entre 1,6 e 30 Mhz através de uma antena com um diagrama de radiação conhecido e favorável desde a vertical (90º) até cerca de 70º. (abertura de lóbulo normalmente de 60º) para distancias até cerca de 500Km, e em algumas mais elaboradas, principalmente nas digisondas, <a href="http://ionosonde.com/VIPIR_Data/URSIGARev5.pdf" target="_blank">http://ionosonde.com/VIPIR_Data/URSIGARev5.pdf</a> existe mesmo emissão de impulsos a ângulos baixos, chamada propagação obliqua, para registar (num receptor até 3000Km de distancia) a Máxima Frequência Utilizável ou MUF.</div>
<div><br>Estas ionosondas através de receptores sincronizados registam a reflexão dos sinais por ela emitidos para a ionosfera, analizam a sua intensidade, e através de processamento digital dos dados recebidos, permitem-nos determinar muitos parâmetros da propagação. <a href="http://4.bp.blogspot.com/_y5s-bI1eqR4/S47zS0OoQrI/AAAAAAAABFY/c3QtxfcQuwU/s1600-h/NVIS7.bmp" target="_blank"><img style="MARGIN:0px 10px 10px 0px;WIDTH:320px;FLOAT:left;min-height:271px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_y5s-bI1eqR4/S47zS0OoQrI/AAAAAAAABFY/c3QtxfcQuwU/s320/NVIS7.bmp" border="0"></a><br>
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<div>Para o amador que não queira muito detalhe cientifico, um ionograma é uma maneira muito fácil de saber quais as condições de propagação em NVIS , que é o tipo de propagação usado em 40m e 80m, para distâncias até cerca de 400 km, Como tal pode consultar a foF2 ou frequencia critica, que é a frequência a partir da qual, e para ângulos maiores do que 70º, a energia electromagnética não se reflecte e perde-se no espaço. Alem disso muitas sondas modernas permitem tambem determinar a MUF, Máxima Frequencia Utilizavel, a partir da qual normalmente apenas a onda terrestre é utilizável.</div>
<div><br>Para melhor poder-mos entender e interpretar alguns dados de um ionograma vamos analizar o seguinte exemplo da digisonda de Arenosillo perto de Huelva.<br></div><img style="TEXT-ALIGN:center;MARGIN:0px auto 10px;WIDTH:320px;DISPLAY:block;min-height:274px" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_y5s-bI1eqR4/S47ykMmp7wI/AAAAAAAABFQ/l0jhAxF4IKA/s320/NVIS6.bmp" border="0">
<div><br>Observando o gráfico salta à vista a frequência em MHz, com incremento da esquerda para a direita no eixo horizontal (eixo X) e a distância em Km a que é possivel comunicar, no eixo vertical (eixo Y) . A presença de 2 grupos de ecos, que se observam no ionograma, um mais acima e outro mais abaixo, é devido ao duplo eco. Este duplo eco acontece, porque a energia de RF, depois de ser emitida reflecte-se na ionosfera e volta à terra. </div>
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<div>Por vezes, se o sinal for bastante forte, volta de novo a reflectir-se na terra e de novo na ionosfera, voltando desta forma ao receptor, e dando uma indicação de altura das camadas F, normalmente no dobro da realidade, e como tal a indicação de distâncias tambem no dobro para uma determinada QRG. Quanto aos gráficos em si, podemos observar duas cores de pontos, que correspondem ao registo das chamadas frequências ordinárias a vermelho, e extraodinárias, a verde. A definição de frequência Ordinária e extraodinária, está um pouco para além desta simples explicação, e não é muito fácil de entender. Todavia quem quiser queimar um pouco de neurónios, pode aceder aqui <a href="http://www.antennex.com/prop/prop0706/prop0706.pdf" target="_blank">http://www.antennex.com/prop/prop0706/prop0706.pdf</a> onde através do trabalho do colega ON5AU, ficará a saber muito mais sobre ionosondas do que eu alguma vez saberei.</div>
<div><br>Neste contexto, os registos que nos interessam são os pontos vermelhos ou seja a foF1 e foF2. Os pontos verdes representam a frequencia extraodinária fxF1 e fxF2, que não é objecto desta simples explicação. Se reparar-mos verificamos que os pontos vermelhos, começam a subir na frequencia de 7225 KHz, que é a frequencia critica de reflexão, denominada foF2, e a partir da qual para ângulos superiores a cerca de 70º a energia electromagnética perde-se no espaço. </div>
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<div>Normalmente a frequência optima de trabalho situa-se 10% abaixo deste valor de foF2. O ponto de reflexão na camada F1 situa-se geralmente numa frequência inferior à F2 e neste caso é o deep anteriro a 7225 Khz que se situa em cerca de 3850 KHz. e é representado por foF1. Curiosamente este valor é mais notório no registo do eco. No entanto a linha escura que acompanha os registos fo e fx, e que representa a média dos valores registados, (através da relação da densidade de electrons da camada, com a altura virtual) tambem indica claramente esse valor. No lado esquerdo do eixo dos X, podemos ver que a frequencia minima de reflexão se situa em cerca de 1,3 MHz. Este valor é um tanto dependente do grau de absorção da camada "D", que está activa durante o dia solar.</div>
<div><br>Ao fundo da imagem encontram-se em valores aproximados, a relação da frequência com as distâncias possiveis de trabalhar. No exemplo podemos ver que para efectuar uma comunicação a 100km ou menos, podemos utilizar uma QRG até 7,8 MHz. Se necessitamos de comunicar a 600 Km a QRG pode ir até aos 9.0 Mhz e nos 30m (10 MHz) podemos fazer contactos a cerca de 800Km mas não a menos. Nos 20m podemos ver que estações acima de 1300/1400 Km já são perfeitamente acessiveis., e que podemos utilizar os 24 Mhz (12m) para fazer contactos acima de 3000Km.<br>
<br>Acrónimos anexos ao gráfico<br><br><b>2 - hmF1: --- Altura da máxima densidade de reflexão da camada F1<br>3 - hmF2: --- Altura da máxima densidade de reflexão da camada F2<br>4 - h F2: ----- Altura minima virtual da camada F2<br>
5 - MUF: ----- Máxima frequência utilizável<br>6 - Fmin ---- Minima frequência utilizável em skywave.(reflexão ionosférica)<br>7 - foF1 ----- Frequência critica de reflexão da camada F1<br>8 - foF2 ----- Frequência critica de reflexão da camada F2</b><br>
<br>Depois de se passar pela grey line, (linha de separação da noite e do dia) as camadas F1 e F2 desaparecem, dando origem a apenas uma camada "F". A partir dessa altura a foF2 baixa considerávelmente e acaba por se situar apenas um pouco acima do valor onde estava a foF1. Nestas condições, bandas que durante o dia servem para comunicar em NVIS, podem ficar transformadas em bandas de DX e só se conseguir contactos a distâncias superiores a 1000 ou mais Km. </div>
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<div>Os 40m são especialmente favoráveis à ocorrência destas condições, e mesmo os 80m a determinadas horas da noite, tornam-se dificeis para comunicações NVIS.</div>
<div><br>Espero ter contribuido mais uma vez para ajudar os colegas menos elucidados nestas coisas da rádio, com esta breve e simples quanto possível explicação, que não tendo grande aprofundamento cientifico, pois os leitores alvo em principio não serão pessoas formadas em técnica radioelétrica, será pelo menos uma ajuda para a interpretação desta util ferramenta que são as ionosondas, e que se encontram à nossa disposição na internet.<br>
<a href="http://3.bp.blogspot.com/_y5s-bI1eqR4/S47ziJVeOhI/AAAAAAAABFg/iTdunMtSZCk/s1600-h/NVIS8.bmp" target="_blank"><img style="MARGIN:0px 10px 10px 0px;WIDTH:217px;FLOAT:left;min-height:170px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_y5s-bI1eqR4/S47ziJVeOhI/AAAAAAAABFg/iTdunMtSZCk/s320/NVIS8.bmp" border="0"></a><br>
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<div>Antenas de ionosonda<br><br><br>73 de CT4RK </div>
<br>_______________________________________________<br>
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<br></blockquote></div><br><br clear="all"><br>-- <br>Cumprimentos;<br><br>Luís Filipe Garcia S.<br>