sr. Caldeira,<br><br>Obrigado pelo seu comentário, tão pertinente como oportuno.<br>A mim também me aconteceu ler e reler a notícia para ficar mais ou menos na mesma:<br><br>Sobre o satélite, o artigo diz que esteve "adormecido no espaço durante 40 anos", para logo a seguir dizer que teve uma vida operacional de 2 anos e que "foi contactado regularmente durante cerca de 25 anos". Apesar disso, os tais outros ingleses "conseguiram manter este satélite em funcionamento depois de 40 anos a viajar no espaço em órbita terrestre", mas o artigo conclui que "O grupo de cientistas que em 1971 desenvolveram o satélite X-3, colocaram em 2011 o satélite Prospero a funcionar depois de ter estado 40 anos adormecido no espaço". Ao invés do Posat, claro!<br>
<br>Uma vez que o artigo pouco esclarece, fiz uma breve pesquisa sobre o assunto e aprendi o seguinte:<br><br>1. O Prospero teve uma vida operacional de 2 anos.<br>2. Foi contactado uma vez por ano durante 24 anos (até 1996).<br>
3. Em Setembro deste ano (2011) houve uma iniciativa (ainda em curso) para tentar retomar o contacto com o satélite.<br>4. Devido à antiguidade do satélite e possivelmente ao longo tempo desde o fim da sua vida operacional, não se encontrou durante algum tempo documentação técnica necessária à operação do satélite, julgando-se esta ter sido perdida.<br>
5. A equipa de universitários que está a tentar reactivar o satélite contactou alguns colaboradores do projecto original no sentido de obter os códigos de comando do satélite, sem sucesso.<br>6. Finalmente encontraram os códigos escritos num papel numa biblioteca.<br>
7. Infelizmente, apesar de várias tentativas feitas até agora (Dezembro de 2011), esta equipa não obteve sucesso em contactar o satélite.<br><br>Referências:<br><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Prospero_%28satellite%29">http://en.wikipedia.org/wiki/Prospero_(satellite)</a><br>
<a href="http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-14783135">http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-14783135</a><br><a href="http://blogs.ucl.ac.uk/prospero-satellite/">http://blogs.ucl.ac.uk/prospero-satellite/</a><br>
<br><br>Perguntará o sr. Caldeira com inteira propriedade "mas o que é que o Posat tem a ver com isto tudo?". Pois também não lhe sei dizer, mas diria que quem atribua o minimo de crédito á notícia, ainda que indevido, ficará com a ideia que o Posat não saiu muito bem visto.<br>
<br>Quem, como eu, acompanha de forma distante estes temas dos satélites,
sabe ou pelo menos ouviu dizer que isto de recuperar satélites já
desactivados não é novidade nenhuma e que não é descabido esperar que
tanto o Prospero como outros satélites venham a ser reactivados com
sucesso.<br>
A novidade está mesmo no facto de alguém se dar ao trabalho de "alongar semanticamente" meia dúzia de factos mal digeridos e fabricar uma notícia que aparenta ser tendenciosa, enganosa ou até mesmo falsa, misturando o Posat em tom menor. Com que intriga? Não me atrevo a especular em público.<br>
<br>Mas diz o sr. Caldeira e muito bem, que o reuso dos satélites é uma coisa boa e que não nos deve passar ao lado. Não podia concordar mais. Olhemos então para o exemplo do Posat. Julga-se que terá uma vida orbital ainda de umas boas dezenas de anos. Se é verdade o que se diz de se poderem ter curto-circuitado as suas baterias, então há esperança que, à semelhança do que já aconteceu a <a href="http://www.amsat.org/amsat-new/satellites/satInfo.php?satID=9">outros satélites </a>o Posat volte à vida. Se isso acontecer, o facto de o satélite poder operar nas bandas de amador torna-o muitíssimo mais interessante para nós do que o Prospero. Não é expectável que a informação técnica necessária para operar o satelite se perca numa biblioteca qualquer. Há até uma organização em Portugal que tem responsabilidades e, ao que consta, capacidade técnica para procurar aceder e processar a informação para esclarecer a comunidade sobre estes assuntos.<br>
Receio bem, no entanto, que já todos tenhamos percebido de que lado eles estão e o que é que vão dizer quando abrirem a boca sobre o Posat. É pena, pois continua a ser o único satélite português.<br><br>Agradeço e retribuo os votos de um Feliz Natal, a si e à sua família.<br>
Aproveito para alargar estes votos a todos os subscritores da lista ARLA/CLUSTER, em particular aqueles que lhe atribuem grande significado: os cristãos e os ateus.<br><br>73,<br>António Vilela<br>CT1JHQ<br><br><br><div class="gmail_quote">
2011/12/21 Rui A. Caldeira <span dir="ltr"><<a href="mailto:ct1dnj@gmail.com" target="_blank">ct1dnj@gmail.com</a>></span><br><blockquote class="gmail_quote" style="border-left:1px solid rgb(204,204,204);margin:0pt 0pt 0pt 0.8ex;padding-left:1ex">
À atenção do sr. Vilela e sr. Osório <br> <br>Li repetidas vezes esta notícia e nela não consigo encontrar nenhum sinal de maledicência relativamente ao POSAT-1, entendi sim outra coisa relativamente ao reuso desse tipo de satélites, coisa que se lhes passou ao lado. Deverei inferir neste caso que a negação estará do vosso lado!! E que não seja por isso que deixe de desejar um Bom Natal! <br>
<br>ct1dnj</blockquote></div>