Caro Carlos Mourato,<br><br>Esta sua homenagem aos radiotelegrafista, é digna de ser publicada nos meios de comunicação apropriados, nomeadamente os que estão ligados directamente ao serviço de amador e também aos serviços de proteção civil nacionais. Julgo não ser viável para as forças militares, visto que optaram por "descartar" este poderoso meio de comunicação, que, nas mãos e ouvidos de um bom profissional, decerto que poderia servir como um óptimo sistema de recurso efectivo em caso de falha dos sistemas "Hi-Tech", vulneráveis, como todos nós sabemos, pelos exercícios efectuados e infelizmente também em situações reais!<br>
<br>Partilho inteiramente a sua homenagem, e façamos tudo para não deixar "morrer" a telegrafia, isto é, manter vivo o código morse, na nossa actividade de rádio amador, e também mostrando a todos os outros a beleza deste modo de comunicação. Eu estou a fazer a minha parte, ou seja, a praticar novamente a telegrafia. <br>
<br>Cumprimentos,<br><br>Luis Santos<br>CT1CVL<br><br><br><div class="gmail_quote">2010/12/9 Carlos Mourato <span dir="ltr"><<a href="mailto:radiofarol@gmail.com">radiofarol@gmail.com</a>></span><br><blockquote class="gmail_quote" style="margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); padding-left: 1ex;">
caros colegas<div><br><div>Nos tempos que correm, a radiotelegrafia tomou o seu lugar no museu das comunicações, como um meio utilizado no passado, e que embora pese a sua eficácia em termos de fiabilidade de comunicações, foi ultrapassada pelos modos digitais, que permitem movimentar pelo menos a mesma quantidade de informação, mas com sinais mais fracos em termos de SNR. Mesmo em situações de congestionamento, e graças a larguras de banda de apenas alguns Hz por segundo, conseguem-se verdadeiras proezas digitais. O ouvido humano não consegue ser sensivel a larguras de banda tão estreitas como os modernos sistemas digitais o são. No entanto larguras de banda demasiado estreitas implicam velocidades de transmissão muito lentas, e como tal nem sempre apropriadas a determinados fins, tal como comunicações de socorro e emergência.</div>
<div>Tal avanço tecnológico , a nivel de electronica e software, levou ao abandono por parte dos serviços oficiais, das comunicações em código de Morse. Ao fazerem isso, abandonaram simultâneamente um dos elementos mais importantes, durante mais de uma centena de anos, do panorama das comunicações. A figura impar e sem paralelo dos telegrafistas.</div>
<div>É dos telegrafistas e da telegrafia em relação aos meios modernos de comunicações, que vos venho aqui falar. Desses homens e mulheres, que anónimamente faziam de interface entre dois pontos que necessitavam de comunicar. Muitas vezes essas comunicações salvaram vidas e bens, sem que nunca ninguem conhecesse o verdadeiro rosto do "elo mais forte" da comunicação entre o "salvador" e o "salvado". Durante quase 200 anos, esses operadores de telegrafia, fosse por radio ou por fios, fizeram o mundo evoluir, levaram boas e más novas aos quatro cantos do mundo. Lançaram pedidos de socorro e gritos de alegria no ar. Tudo em nome dos outros....Em pról dos outros. Eles eram apenas um elo da cadeia. Hoje, apenas os radioamadores lhes prestam homenagem, mantendo em pleno funcionamento emissões radiotelegráficas, com a eficácia de sempre, e sempre prontas a fazer valer os seus insuperáveis valores.</div>
<div>Os serviços comerciais, alheios aos aspecto técnicos, e fiabilidade das comunicações, especialmente as de emergência, sedentos de aliviar despesas com funcionários, acreditando muitas vezes em relatórios de pseudo especialistas que se movimentam num mar de interesses, aconselhando uma mudança para o "digital", embarcando inconscientemente em "modas", colocam cada vez mais de lado o verdadeiro valor do ser humano. Nas comunicações, e em nome da eficácia, os sistemas de radiotelegrafia, mostravam-se demasiado simplistas para sobreviver. Alem disso eram precisos verdadeiros especialistas em telegrafia, para assegurar um serviço eficaz. </div>
<div>Os engenheiros mais jovens, homens com uma visão mais modernista, e que nunca conheceram as verdadeiras virtudes da telegrafia, trataram de implementar a todos os niveis sistemas cada vez mais complexos e automáticos, de modo a dispensarem cada vez mais a capacidade interventiva do ser humano, enquanto elemento de decisão. Construiram autenticas teias, completamente incompreensiveis para uma só pessoa, altamente dependentes de tudo e todos, e cada vez mais complexas técnicamente, o que leva à inevitável perda de controlo sobre todo o sistema. Por outro lado, a probabilidade de cortes na comunicação por avaria, nos sistemas modernos é imensamente mais elevada do que nos simples sistemas radiotelegraficos utilizados no passado, porque as ligações já não são feitas ponto a ponto, e o elemento principal já não é o ser humano. Hoje uma cadeia de comunicação, entre dois pontos, mesmo que seja a curta distância, implica um manancial enorme de meios técnicos, entre equipamentos e software, e não é raro, que para se comunicar a um ou dois quilometros, através dos sistemas modernos, a informação tenha que percorrer centenas de quilometros, porque a gestão da comunicação é feita num qualquer servidor instalado ninguem sabe bem onde, e muitas vezes num lugar distante, e onde se chega através de varios meios como cobre, feixes hertezianos, fibra óptica etc. Ora todos esses meios técnicos intermédios, entre dois terminais de comunicação, acabam por serem pontos onde potencialmente pode vir a acontecer uma avaria, e como cada um é um "elo" da cadeia de comunicação, basta uma falha num para que a comunicação se quebre. Não é de desprezar também, que a operação de tais meios, implica operadores com alguma especialização e conhecimentos na área, pois um mau operador, pode comprometer seriamente a eficácia das comunicações nestes meios modernos. Se a tudo isto juntar-mos uma calamidade natural que comprometa o funcionamento de alguns pontos da cadeia de comunicação, veremos que é um risco elevado, estar dependente dos modernos sistemas de comunicações. Certo é que os meios modernos de comunicação, proporcionam um elevado débito de informação, e são capazes de veicular dezenas, senão centenas de Mbps. Todavia este aspecto é apenas interessante, no ponto de vista comercial, em que o que conta é o comércio de largura de banda versus quantidade de informação. Tambem só é viável em situações pré determinadas, onde os eventos sejam todos previstos e esperados. Na outra face, existem as situações, em que a grande quantidade de informação não tem interesse e nem sequer é desejável. Falo nos casos das comunicações de emergência, de socorro, de perigo de sinalisação etc. Neste tipo de comunicação, pretende-se trocar ou receber informação através de meios simples e altamente fiáveis. Essa informação deve ser apenas a essencial para permitir a tomada de decisão rápida e inequivoca, com vista a responder prontamente à gravidade do evento. Deve ser uma informação clara, precisa, sem demoras de interligações e latências, e suportadas por sistemas unicos e simples que comuniquem entre si, de uma forma autónoma, sem recursos a sistemas intermédios, e de preferência completamente controláveis pela capacidade interventiva do ser humano. É aqui que a radiotelegrafia com os seus transmissores na forma mais simples, e os radiotelegrafistas experientes, como muitos que temos entre nós radioamadores, continuam a mostrar ao mundo e aos "senhores da era digital", que a telegrafia é um meio de comunicação, tão simples como importante, tão fiável como eficaz, que por muito que se tentem justificar os milhões gastos em alta tecnologia, nunca desaparecerá, e fará sempre parte do mundo das comunicações, como a mais simples, rápida, económica, fiável e eficaz maneira de comunicar, mesmo nas condições mais adversas. Todavia as eternas virtudes da radiotelegrafia, não existiam senão fosse a enorme capacidade do cérbero humano de se adaptar aos mais diversos ambientes de escuta, muitas vezes povoados de todo o tipo de ruido, onde apenas o telegrafista experiente e atento, consegue discriminar aquele sinal importante, transmitido de um lugar longinquo, onde alguem tem necessidade de ser escutado.</div>
<div>A todos os radiotelegrafistas, que o são ou que o foram, pela vossa capacidade de comunicar de uma forma tão simples quanto eficaz, por serem capazes de transformar o vosso sentido auditivo, em mensagens entre os homens, por transformarem a ponta dos vossos dedos em sinais de informação claros simples e precisos, pelo lugar impar que ocupam no mundo das comunicações, e por todas as vidas que salvaram, pelas alegrias e tristezas que fizeram chegar ao destino, pelo vosso desinteressado e anónimo trabalho ao longo de quase 200 anos, aqui deixo a minha homenagem como simples cidadão do mundo.</div>
<div><br></div><div>73 de CT4RK</div><div>Carlos Mourato</div><div>Sines</div><div><br></div><div><br clear="all"><br>-- <br><b>Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos Mourato - Sines - Portugal</b><br><br> <b><font color="#ff0000">Warning</font></b><div>
<b><font color="#ff0000">Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over Power Line. </font></b></div><div><b><font color="#ff0000"><br></font></b></div><div><b><font color="#ff0000">Salve o espectro electromagnético!. Não use a rede electrica para transmitir dados. Os "homeplugs power line" e a tecnologia "power line" causa fortes interferencias noutro serviços sem voce se aperceber. Diga não à tecnologia power line. Proteja o ambiente electromagnético. Utilize tecnologia de redes sem fio, denominadas wireless.</font></b><br>
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<br></blockquote></div><br><br clear="all"><br>-- <br><br>Luis Filipe Santos<br>