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<BODY bgColor=#ffffff>
<DIV><FONT face=Tahoma>Aplaudo... de pé, com vénia.</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Tahoma></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Tahoma>73 de José Luís Proença&nbsp; <BR>Operador do Posto 
Emissor, CT1GZB<BR>ARVM # 53<BR>REP # 1418<BR></FONT><A 
href="http://ct1gzb.blogspot.com/"><FONT 
face=Tahoma>http://ct1gzb.blogspot.com/</FONT></A></DIV>
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style="BORDER-LEFT: #000000 2px solid; PADDING-LEFT: 5px; PADDING-RIGHT: 0px; MARGIN-LEFT: 5px; MARGIN-RIGHT: 0px">
  <DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
  <DIV 
  style="FONT: 10pt arial; BACKGROUND: #e4e4e4; font-color: black"><B>From:</B> 
  <A title=radiofarol@gmail.com href="mailto:radiofarol@gmail.com">Carlos 
  Mourato</A> </DIV>
  <DIV style="FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A title=Cluster@radio-amador.net 
  href="mailto:Cluster@radio-amador.net">Resumo Noticioso Electrónico ARLA</A> 
  </DIV>
  <DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Thursday, December 09, 2010 11:58 
  PM</DIV>
  <DIV style="FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> ARLA/CLUSTER: A telegrafia na 
  era moderna</DIV>
  <DIV><BR></DIV>caros colegas
  <DIV><BR>
  <DIV>Nos tempos que correm, a radiotelegrafia tomou o seu lugar no museu das 
  comunicações, como um meio utilizado no passado, e que embora pese a sua 
  eficácia em termos de fiabilidade de comunicações, foi ultrapassada pelos 
  modos digitais, que permitem movimentar pelo menos a mesma quantidade de 
  informação, mas com sinais mais fracos em termos de SNR. Mesmo em situações de 
  congestionamento, e graças a larguras de banda de apenas alguns Hz por 
  segundo, conseguem-se verdadeiras proezas digitais. O ouvido humano não 
  consegue ser sensivel a larguras de banda tão estreitas como os modernos 
  sistemas digitais o são. No entanto larguras de banda demasiado estreitas 
  implicam velocidades de transmissão muito lentas, e como tal nem sempre 
  apropriadas a determinados fins, tal como comunicações de socorro e 
  emergência.</DIV>
  <DIV>Tal avanço tecnológico , a nivel de electronica e software, levou ao 
  abandono por parte dos serviços oficiais, das comunicações em código de Morse. 
  Ao fazerem isso, abandonaram simultâneamente um dos elementos mais 
  importantes, durante mais de uma centena de anos, do panorama das 
  comunicações. A figura impar e sem paralelo dos telegrafistas.</DIV>
  <DIV>É dos telegrafistas e da telegrafia em relação aos meios modernos de 
  comunicações, que vos venho aqui falar. &nbsp;Desses homens e mulheres, que 
  anónimamente faziam de interface entre dois pontos que necessitavam de 
  comunicar. Muitas vezes essas comunicações salvaram vidas e bens, sem que 
  nunca ninguem conhecesse o verdadeiro rosto do "elo mais forte" da comunicação 
  entre o "salvador" e o "salvado". Durante quase 200 anos, esses operadores de 
  telegrafia, fosse por radio ou por fios, fizeram o mundo evoluir, levaram boas 
  e más novas aos quatro cantos do mundo. Lançaram pedidos de socorro e gritos 
  de alegria no ar. Tudo em nome dos outros....Em pról dos outros. Eles eram 
  apenas um elo da cadeia. Hoje, apenas os radioamadores lhes prestam homenagem, 
  mantendo em pleno funcionamento emissões radiotelegráficas, com a eficácia de 
  sempre, e sempre prontas a fazer valer os seus insuperáveis valores.</DIV>
  <DIV>Os serviços comerciais, alheios aos aspecto técnicos, e fiabilidade 
  &nbsp;das comunicações, especialmente as de emergência, sedentos de aliviar 
  despesas com funcionários, acreditando muitas vezes em relatórios de pseudo 
  especialistas que se movimentam num mar de interesses, aconselhando uma 
  mudança para o "digital", embarcando inconscientemente em "modas", colocam 
  cada vez mais de lado o verdadeiro valor do ser humano. Nas comunicações, e em 
  nome da eficácia, os sistemas de radiotelegrafia, mostravam-se demasiado 
  simplistas para sobreviver. Alem disso eram precisos verdadeiros especialistas 
  em telegrafia, para assegurar um serviço eficaz.&nbsp;</DIV>
  <DIV>Os engenheiros mais jovens, homens com uma visão mais modernista, e que 
  nunca conheceram as verdadeiras virtudes da telegrafia, trataram de 
  implementar a todos os niveis sistemas cada vez mais complexos e automáticos, 
  de modo a dispensarem cada vez mais a capacidade interventiva do ser humano, 
  enquanto elemento de decisão. &nbsp;Construiram autenticas teias, 
  completamente incompreensiveis para uma só pessoa, altamente dependentes de 
  tudo e todos, e cada vez mais complexas técnicamente, o que leva à inevitável 
  perda de controlo sobre todo o sistema. Por outro lado, a probabilidade de 
  cortes na comunicação por avaria, nos sistemas modernos é imensamente mais 
  elevada do que nos simples sistemas radiotelegraficos utilizados no passado, 
  porque as ligações já não são feitas ponto a ponto, e o elemento principal já 
  não é o ser humano. Hoje uma cadeia de comunicação, entre dois pontos, mesmo 
  que seja a curta distância, implica um manancial enorme de meios técnicos, 
  entre equipamentos e software, &nbsp;e não é raro, que para se comunicar a um 
  ou dois quilometros, através dos sistemas modernos, &nbsp;a informação tenha 
  que percorrer centenas de quilometros, porque a gestão da comunicação é feita 
  num qualquer servidor instalado ninguem sabe bem onde, e muitas vezes num 
  lugar distante, e onde se chega através de varios meios como cobre, feixes 
  hertezianos, fibra óptica etc. Ora todos esses meios técnicos intermédios, 
  entre dois terminais de comunicação, acabam por serem pontos onde 
  potencialmente pode vir a acontecer uma avaria, e como cada um é um "elo" da 
  cadeia de comunicação, basta uma falha num para que a comunicação se quebre. 
  Não é de desprezar também, que a operação de tais meios, implica operadores 
  com alguma especialização e conhecimentos na área, pois um mau operador, pode 
  comprometer seriamente a eficácia das comunicações nestes meios modernos. Se a 
  tudo isto juntar-mos uma calamidade natural que comprometa o funcionamento de 
  alguns pontos da cadeia de comunicação, veremos que é um risco elevado, estar 
  dependente dos modernos sistemas de comunicações. Certo é que os meios 
  modernos de comunicação, proporcionam um elevado débito de informação, e são 
  capazes de veicular dezenas, senão centenas de Mbps. Todavia este aspecto é 
  apenas interessante, no ponto de vista comercial, em que o que conta é o 
  comércio de largura de banda versus quantidade de informação. Tambem só é 
  viável em situações pré determinadas, onde os eventos sejam todos previstos e 
  esperados. Na outra face, existem as situações, em que a grande quantidade de 
  informação não tem interesse e nem sequer é desejável. Falo nos casos das 
  comunicações de emergência, de socorro, de perigo de sinalisação etc. Neste 
  tipo de comunicação, pretende-se trocar ou receber informação através de meios 
  simples e altamente fiáveis. Essa informação deve ser apenas a essencial para 
  permitir a tomada de decisão rápida e inequivoca, com vista a responder 
  prontamente à gravidade do evento. Deve ser uma informação clara, precisa, sem 
  demoras de interligações e latências, e suportadas por sistemas unicos e 
  simples que comuniquem entre si, de uma forma autónoma, sem recursos a 
  sistemas intermédios, e de preferência completamente controláveis pela 
  capacidade interventiva &nbsp;do ser humano. É aqui que a radiotelegrafia com 
  os seus transmissores na forma mais simples, e os radiotelegrafistas 
  experientes, como muitos que temos entre nós radioamadores, continuam a 
  mostrar ao mundo e aos "senhores da era digital", que a telegrafia é um meio 
  de comunicação, tão simples como importante, tão fiável como eficaz, que por 
  muito que se tentem justificar os milhões gastos em alta tecnologia, nunca 
  desaparecerá, e fará sempre parte do mundo das comunicações, como a mais 
  simples, rápida, económica, fiável e eficaz maneira de comunicar, mesmo nas 
  condições mais adversas. Todavia as eternas virtudes da radiotelegrafia, não 
  existiam senão fosse a enorme capacidade do cérbero humano de se adaptar aos 
  mais diversos ambientes de escuta, muitas vezes &nbsp;povoados de todo o tipo 
  de ruido, onde apenas o telegrafista experiente e atento, consegue discriminar 
  aquele sinal importante, transmitido de um lugar longinquo, &nbsp;onde alguem 
  tem necessidade de ser escutado.</DIV>
  <DIV>A todos os radiotelegrafistas, que o são ou que o foram, pela vossa 
  capacidade de comunicar de uma forma tão simples quanto eficaz, por serem 
  capazes de transformar o vosso sentido auditivo, em mensagens entre os homens, 
  por transformarem a ponta dos vossos dedos em sinais de informação 
  &nbsp;claros simples e precisos, pelo lugar impar que ocupam no mundo das 
  comunicações, e por todas as vidas que salvaram, pelas alegrias e tristezas 
  que fizeram chegar ao destino, pelo vosso desinteressado e anónimo trabalho 
  &nbsp;ao longo de quase 200 anos, aqui deixo a minha homenagem como simples 
  cidadão do mundo.</DIV>
  <DIV><BR></DIV>
  <DIV>73 de CT4RK</DIV>
  <DIV>Carlos Mourato</DIV>
  <DIV>Sines</DIV>
  <DIV><BR></DIV>
  <DIV><BR clear=all><BR>-- <BR><B>Best 73 from: regards from: CT4RK Carlos 
  Mourato - Sines - Portugal</B><BR><BR>&nbsp;<B><FONT 
  color=#ff0000>Warning</FONT></B>
  <DIV><B><FONT color=#ff0000>Save the Radio Spectrum! Eliminate Broadband over 
  Power Line.&nbsp;</FONT></B></DIV>
  <DIV><B><FONT color=#ff0000><BR></FONT></B></DIV>
  <DIV><B><FONT color=#ff0000>Salve o espectro electromagnético!. Não use a rede 
  electrica para transmitir dados. Os "homeplugs power line" e a tecnologia 
  "power line" causa fortes interferencias noutro serviços sem voce se 
  aperceber. Diga não à tecnologia power line. Proteja o ambiente 
  electromagnético. Utilize tecnologia de redes sem fio, denominadas 
  wireless.</FONT></B><BR>----------------------------------------------------------- 
  <BR><BR></DIV><BR></DIV></DIV>
  <P>
  <HR>

  <P></P>_______________________________________________<BR>CLUSTER mailing 
  list<BR>CLUSTER@radio-amador.net<BR>http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster<BR></BLOCKQUOTE></BODY></HTML>