Caros colegas,<br><br>Permitam-me complementar os vossos comentários:<br><br>O radioamadorismo não tem mais de 100 anos, como se poderia poeticamente afirmar. Recordemos que o radioamadorismo esteve durante longos anos sujeito a longos e eficazes impulsos repressores, sobretudo na Europa, que só terminaram com o reconhecimento deste serviço pelas nações do mundo e respectiva atribuição de espectro radioeléctrico em 1927, na conferência radiotelegráfica internacional de Washington. Foi aqui que nasceu o radioamadorismo tal com o conhecemos.<br>


<br>O principal agente desta afirmação foi um tal Hiram Percy Maxim, à época presidente da IARU e também fundador e presidente da ARRL. A ele e aos seus colegas de então devemos a nossa existência. Sem a sua acção, hoje por certo não existiríamos.<br>
<br>A ARRL, por extenso American Radio Relay League, teve como visão criadora sob impulso de Henry Percy maxim, o desejo de comunicar. Os seus fundadores tiveram como objectivo o estabelecimento de rotas pan-americanas estáveis de comunicação radiotelegráfica, e nada mais. A ARRL deixou para a história o relato de que o crescimento e consolidação dessa rede apenas foi possível graças ao aparecimento de fabricantes de equipamentos para amador capazes de equipar o número crescente de estações de amador que aderiam à ARRL.<br>


<br>Foi Marconi quem nos finais do século XIX estabeleceu a tónica que ainda hoje vibra na comunidade radioeléctrica mundial: &quot;comunicar&quot;. Foi à sombra do seu ímpeto e do seu sonho que nasceu a rádio e tudo o que ela trouxe. E por muito que se desconfie e se desgoste da sua veia de comerciante ou dos seus métodos, a verdade é que ninguém lhe pode tirar esse mérito honestamente.<br>


<br>Que ninguém duvide que o objectivo primeiro dos radioamadores, na sua globalidade, é comunicar, estabelecer contacto, vencer as distâncias.<br>Muitos de nós reconhecemos na magia destas palavras aquilo que nos trouxe aqui pela primeira vez.<br>


<br>Ninguém no seu perfeito juízo desprezaria o desenvolvimento e estudo técnico e científico, sendo esta uma das actividades de maior importância e valor no radioamadorismo. Mas seria ingénuo pensar-se que este, em toda a sua grandeza, não é agora, como foi sempre, senão apenas um meio para atingir aquele fim.<br>


<br>73,<br>António Vilela<br>CT1JHQ<br><br><div class="gmail_quote">2010/9/2 Antonio Matias <span dir="ltr">&lt;<a href="mailto:ct1ffu@gmail.com" target="_blank">ct1ffu@gmail.com</a>&gt;</span><br><blockquote class="gmail_quote" style="margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); padding-left: 1ex;">


Boas.<div>Permitam-me meter aqui uma opinião contraria.</div><div>Como sabem sou um defensor do radio-amadorismo genuíno, e assim o entendo conforme descrição da noticia na Amsat.</div>&lt;...&gt;<br>
</blockquote></div>