<div>É muito gratificante ver a animação gerada no forum pelos temas técnicos com interesse. Obrigado ao Luis por ter FEITO e comunicado este projecto.<br></div>
<div>Sobre a precisão do medidor apresentado, a minha análise é a que vai seguidamente. Peço aos colegas mais experientes o favor de corrigirem onde acharem necessário.</div>
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<div class="gmail_quote">2010/8/24 Pedro Ribeiro (CR7ABP) <span dir="ltr">&lt;<a href="mailto:pribeiro-ham@net.ipl.pt" target="_blank">pribeiro-ham@net.ipl.pt</a>&gt;</span><br>
<blockquote style="BORDER-LEFT: rgb(204,204,204) 1px solid; MARGIN: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; PADDING-LEFT: 1ex" class="gmail_quote">&lt;...&gt;<br>Concordo com a chamada de atenção do colega CT1AED, na minha mensagem anterior chamei subtilmente a atenção a esse pormenor, apesar de não o ter evidenciado.<br>
<br>Basta pensar que quando o diodo estiver em condução colocará o condensador em paralelo com a linha de transmissão introduzindo uma reactancia capacitiva que irá inclusive depender da frequencia do sinal a ser medido, para além disto, existirão pormenores como a posição da medida em relação ao ponto de terminação resistiva da linha o que para frequências elevadas com baixos comprimentos de onda (cm~mm) pode ter um peso muito significativo.<br>
Isto para não falar da capacidade entre os condutores do multímetro e os componentes à entrada deste bem como as distâncias entre condutores da sonda (zona do díodo/condensador) que causarão potenciais desequilíbrios de impedância.<br>
<br>Como referência de baixa precisão e para baixas frequências acredito que dê para ter uma ideia e para aprender umas coisas, nem que seja para fomentar discussões técnicas interessantes em maillists ...<br></blockquote>

<div><br>Parece-me algo injusta esta conclusão, senão vejamos:</div>
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<div>1. Se por momentos ignorarmos a presença do medidor, vemos que o diodo, por acção da carga progressiva do condensador, fica polarizado inversamente com uma tensão igual à tensão de pico da tensão RF aplicada. Assim sendo, em poucos ciclos o diodo deixa de conduzir, efectivamente isolando a linha de RF do condensador.</div>

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<div>2. É claro que o medidor tem uma impedância finita e portanto vai causar alguma descarga do condensador. A energia consumida pelo medidor é evidententemente fornecida pela linha de RF, mas atendendo às elevadas impedâncias que os multímetros modernos apresentam (10 kOhm, neste caso), eu diria sem fazer cálculos que o ângulo de condução do diodo é mínimo, possivelmente desprezável.</div>

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<div>3. É evidente que o diodo apresenta também uma capacidade na sua junção, mas há que considerar que esta está em série com o condensador de medida. Uma consulta ao datasheet do diodo (1.5 pF a 1 MHz) e uma simples conta permitem saber o valor da capacidade colocada em paralelo com a carga resistiva, passível de alterar a impedância da carga resistiva. E são estes, na minha opinião, os dois factores sistemáticos de erro e perturbação a ter em conta na avaliação do projecto. Claro que a qualidade e precisão dos componentes e materiais empregues também influi, como em qualquer projecto.</div>

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<div>Em suma o que o Luis utilizou no seu projecto foi um voltímetro de RF e o seu uso é correctíssimo e, creio eu, bem preciso.</div>
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<div>No entanto, o circuito indutivo tem outros atributos que este esquema não tem. Ele permite uma medição do fluxo de potência em linhas de transmissão no sentido em que estiver montado. Se usarmos dois, montados em sentidos opostos podemos medir as potências directa e reflectida e assim calcular a taxa de ondas estacionárias. Este projecto, se bem que interessante e útil, não faz nada disso.</div>

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<div>Estes circuitos de medição indutivos são para mim (e para muita gente) um mistério. Talvez algum colega que esteja por dentro do seu funcionamento possa contribuir com a sua explicação?</div>
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<div>73,</div>
<div>António Vilela</div>
<div>CT1JHQ</div></div>