Pedro,<br><br>Nós podemos conversar sobre muitíssimas coisas em torno do radioamadorismo, sejam de natureza técnica (as mais interessantes) ou outras, e creio que todas elas têm cabimento neste Cluster.<br>Deixando momentâneamente de lado os temas usuais, que estão bem de saúde, o Cluster serve também para debater aspectos mais filosóficos e sociais do radioamadorismo, e promover a sua defesa, nomeadamente contra ataques e usurpações. O objectivo não seria &quot;falar mal&quot; do que é exterior ao radioamadorismo, mas pelo contrário &quot;falar bem&quot; do que está dentro.<br>
Pelo tempo que dedico a escrever estas mensagens poderás avaliar o quão sério acho ser este tema, e a importância que lhe dou. Numa época em que o radioamadorismo sofre tantos ataques e tal crise de identidade parece atravessar, sou da opinião que este tipo de discussões deve ser promovido, como aliás o tem sido aqui no Cluster.<br>
<br>Como qualquer comunidade, esta tem o direito de se defender, identificar e, se assim o entender, expulsar corpos estranhos, ou o que quer que seja que lhe faça mal (excepto a Anacom, claro). Para além disso, uma associação tem direitos e responsabilidades acrescidos, que os radioamadores individuais não têm.<br>

É portanto perfeitamente legítimo que se questione e se escrutine publicamente qualquer que seja a associação de radioamadores sobre os seus princípios, os seus métodos, e os seus fins e, sobretudo sobre os seus comportamentos, não se tratando, evidentemente, de montar ataques pessoais contra F... ou B...<br>


<br>Falando sobre as responsabilidades e comportamentos das associações, não me parece legítimo que estas manifestem nas suas comunicações oficiais, emitidas publicamente pela sua direcção, afirmações ou comentários que revelem sentimentos de índole pessoal porventura menos nobres, como ressentimento e desprezo para com outros, ou que materializem provocações, desafios e faltas de educação. Também não se aceita que uma associação de radioamadores se manifeste em tom deliberadamente acintoso e menos cordato. Uma associação deve sempre e em todas situações representar o mais lealmente possível os seus sócios.<br>

A personalização do poder é uma característica das ditaduras ou outras sociedades oligárquicas e não é aceitável no nosso meio. Neste caso, admito que possa revelar mais um pouco da verdadeira índole desta associação, mas confesso que preferia não ter tido a oportunidade de a apreciar.<br>

<br>É evidente que eu não me arrogo competências de juiz, e não me compete a mim pessoalmente fazer qualquer julgamento colectivo. Por definição, este tem que ser feito pela comunidade.<br>Sinto-me, no entanto, no direito de manifestar a minha opinião, de boa fé, e devidamente fundamentada em evidências publicas. O mínimo que poderá acontecer é este assunto ficar por aqui, pelo menos até que uma das próximas comunicações da ANARPROCIV venha pela n-ésima vez perturbar esta comunidade.<br>

<br>Cumprimentos,<br>António Vilela<br>CT1JHQ<br><br><br><div class="gmail_quote">2010/7/30 Pedro Ribeiro (CR7ABP) <span dir="ltr">&lt;<a href="mailto:pribeiro-ham@net.ipl.pt" target="_blank">pribeiro-ham@net.ipl.pt</a>&gt;</span><br>

<blockquote class="gmail_quote" style="margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); padding-left: 1ex;">Acham que vale a pena perder um segundo que seja com esta discussão?<br>
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Há uma frase feita “Ainda que falem mal, falem de mim!”, máxima muito usada para diversos fins de marketing.<br>
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Sugeria que não fossemos agentes do &quot;marketing&quot;, nem nos pagam para isso.<br>
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73!</blockquote></div>