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<BODY>
<H2 align=center><IMG class="aligncenter size-full wp-image-199" title=divcoax
height=294 alt=divcoax
src="http://py1ur.files.wordpress.com/2009/04/divcoax.gif?w=500&h=294"
width=500></H2>
<H2>Cofasando 2 antenas</H2>
<P class=snap_preview><FONT face=Tahoma>Ouvi dizer no rádio e li em uma lista de
discussão que, para se empilhar 2 yagis, basta interligá-las com cabo coaxial de
75Ω, cortados com múltiplos ímpares de 1/4 λ, a um único cabo de descida com 50Ω
de impedância. Até aí, tudo bem! Mas aí veio a explicação: “se cada antena tem
50Ω, as duas em paralelo terão 25Ω que, subtraídos dos 75Ω do cabo coaxial,
resultam em 50Ω”. Simples assim! Mas está errado, não há lógica, porque
subtrair? Ouviram o galo cantar, mas não sabem onde! É certo que, se você seguir
a receita acima, vai funcionar, você vai ficar feliz, vai fazer alguns DX, mas
nunca tente explicar dessa forma, não repasse essa asneira adiante. Podem
acreditar e a mentira vai virar verdade!</FONT></P>
<P class=snap_preview><FONT face=Tahoma>Então como é que funciona? Um pedaço de
cabo coaxial, cortado com 1/4 λ, funciona como um transformador de impedância,
ou seja, não reflecte em um extremo a impedância que está ligada ao outro. Na
verdade, a impedância do cabo é tal que seu valor é a média geométrica das
impedâncias em seus extremos. Se o cabo é cortado com 1/2 λ, o que se coloca em
um extremo aparece no outro, não se considerando as perdas, ou seja, a
impedância colocada em um lado aparece no outro. Finalmente, quando se soma 1/4
λ com 1/2 λ, obtêm-se 3/4 λ com as mesmas características “casadoiras de
impedância” de 1/4 λ . O mesmo acontece para 5/4 λ , 7/4 λ ou qualquer
múltiplo ímpar de 1/4 λ.</FONT></P>
<P class=snap_preview><FONT face=Tahoma>Não se deve esquecer que a RF caminha
mais lentamente no cabo coaxial do que no espaço livre ou no vácuo. Cada cabo
tem o seu factor de velocidade específico. Via de regra, os cabos com
dieléctrico sólido tem um factor de velocidade de 0,66 ou 66%. Nos cabos com
dieléctrico expandido mais utilizados, o factor de velocidade fica entre 0,80 e
0,85 ou 80% e 85%, respectivamente. Hoje em dia, os cabos com dieléctrico
expandido, denominados celulares, são mais baratos do que os que têm dieléctrico
sólido. Ah, sim! Dieléctrico é o isolante que fica entre a malha e o condutor
central. O dieléctrico é expandido quando se misturam pequenas bolhas de ar ao
material, ficando como uma espuma mais ou menos rígida.</FONT></P>
<P class=snap_preview><FONT face=Tahoma>Até aí, ainda não cheguei a justificar a
escrachada que dei no maraca que falou aquelas besteiras. Veja a figura abaixo e
os comentários a seguir.</FONT></P>
<P class=snap_preview><FONT face=Tahoma><IMG
class="aligncenter size-full wp-image-199" title=divcoax height=294 alt=divcoax
src="http://py1ur.files.wordpress.com/2009/04/divcoax.gif?w=500&h=294"
width=500></FONT></P>
<P class=snap_preview><FONT face=Tahoma>O pulo do gato é o seguinte:</FONT></P>
<UL>
<LI><FONT face=Tahoma>As antenas são idênticas, estão bem calibradinhas e a
impedância delas é de 50Ω. </FONT>
<LI><FONT face=Tahoma>O comprimento L1 dos cabos de interligação das
antenas é 3/4 ou 5/4 λ, no espaço livre, multiplicado pelo factor de
velocidade do cabo. Para 144,3 MHz, têm-se: <STRONG>L1 = 3/4 X (300/144,3) X
0,83 = 1,29m</STRONG>, onde <STRONG>300/144,3 = λ </STRONG>e
<STRONG>0,83 é o factor de velocidade do cabo RGC-11</STRONG> (75Ω com
dieléctrico expandido). </FONT>
<LI><FONT face=Tahoma>Se, de um lado desse cabo, temos uma antena com
impedância de 50Ω, no outro lado teremos uma impedância reflectida de 112,5Ω,
basta fazer o cálculo na formulazinha da figura (Zcoax = √ Zent . Zant ou Zent
= Zcoax²/Zant). </FONT>
<LI><FONT face=Tahoma>Ideal seria se o resultado fosse 100Ω, para que, quando
associado em paralelo com o outro ramo, resultasse em 50Ω. Mas não é, então
teremos que engolir essa aproximação, ou mandar fabricar um cabo coaxial com
impedância característica de 70,7Ω (faça as continhas e verifique)! Melhor
deixar com está e prosseguir. </FONT>
<LI><FONT face=Tahoma>Como já havia dito, esses dois extremos opostos às
antenas apresentam, cada um, uma impedância reflectida de 100Ω, que,
associadas em paralelo pelo “T” coaxial, resultam em 50Ω (na verdade, 56Ω mais
umas merrequinhas). Era o que queríamos! </FONT>
<LI><FONT face=Tahoma>Na saída do “T” já temos os 50Ω que necessitávamos.
Neste caso, o comprimento L2 do cabo de descida pode ser qualquer um, mas eu
recomendo que seja múltiplo de 1/2λ. Porque? Porque este comprimento reflecte
em um extremo o que acontece no outro. Ou você vai querer que, depois de todo
esse trabalhão, a leitura da ROE seja falseada por uma besteirinha qualquer.
Melhor prevenir e ficar sabendo, do lado de baixo, o que está acontecendo lá
em cima. </FONT></LI></UL>
<P class=entry><FONT face=Tahoma>Para terminar, quero acrescentar:</FONT></P>
<DIV class=entry>
<UL>
<LI><FONT face=Tahoma>Cabos coaxiais disponíveis no mercado e recomendados:
75Ω –> RG-11 ou RGC-11; 50Ω –> RG-213, RGC-213 ou RGC-8. </FONT>
<LI><FONT face=Tahoma>Um divisor de potência construído em latão e/ou alumínio
funcionaria melhor, mas exige alguma usinagem, o que complica bastante a
execução. Para quem quiser saber mais sobre o assunto, recomendo os links
</FONT><A title="site do DK7ZD"
href="http://www.qsl.net/dk7zb/Stacking/splitter.htm" target=_blank><FONT
face=Tahoma>http://www.qsl.net/dk7zb/Stacking/splitter.htm</FONT></A><FONT
face=Tahoma> e </FONT><A title="textos em francês"
href="http://f1rfm.free.fr/couplage2a.htm" target=_blank><FONT
face=Tahoma>http://f1rfm.free.fr/couplage2a.htm</FONT></A><FONT face=Tahoma>.
</FONT>
<LI><FONT face=Tahoma>Os conectores utilizados podem ser do conhecido tipo UHF
(PL-259) ou, preferencialmente, do tipo N.</FONT> </LI></UL></DIV>
<DIV><FONT face=Tahoma></FONT> </DIV>
<DIV><FONT face=Tahoma><SPAN lang=PT>
<P>Fonte: <SPAN lang=PT>PY1UR-Luís Belém em </SPAN></SPAN><A
href="http://py1ur.wordpress.com/"><U><FONT color=#0000ff><SPAN
lang=PT>http://py1ur.wordpress.com/</U></FONT></SPAN></A></P></FONT></DIV></BODY></HTML>