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<HTML><HEAD><TITLE></TITLE>
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<META content="MSHTML 6.00.2900.3603" name=GENERATOR></HEAD>
<BODY><!-- Converted from text/plain format -->
<P align=center><FONT face=Arial size=6><B>POLARIZAÇÃO DE ONDAS</B></FONT></P>
<P align=center><B><FONT face=Arial size=3>Por PY4ZBZ </FONT><FONT
face=Arial size=6> </FONT></B><FONT face=Arial
size=1>06-09-2005 atualizado em 21-09-2008</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial size=1>Figuras animadas de <A
href="http://www.enzim.hu/~szia/emanim/emanim.htm">András Szilágyi</A></FONT>
<FONT face=Arial size=1>e <A
href="http://www-antenna.pe.titech.ac.jp/~hira/hobby/edu/em/em.html">Takuichi
Hirano</A> ©</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>Por definição, a <B>polarização</B> de uma
<B>onda eletromagnética</B> é o plano no qual se encontra a componente
<B>ELÉTRICA</B> desta onda. </FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Toda onda eletromagnética é composta de dois
campos, o <B>elétrico</B> e o <B>magnético</B>, sempre situados em <B>planos
ortogonais</B> (planos fisicamente a 90 graus), e <B>variando em fase</B> (0
graus). Estes campos se propagam em qualquer material isolante (dielétrico) com
uma velocidade de propagação, cujo vetor está a 90 graus dos vetores campo
elétrico e magnético. No vácuo, esta velocidade é a da luz.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Um dipolo posicionado <B>verticalmente</B>,
alimentado por um gerador de freqüência F, gera portanto uma onda
eletromagnética polarizada <B>verticalmente</B>, pois o componente <B>campo
elétrico</B> está no plano <B>vertical</B> (e conseqüentemente, o componente
<B>campo magnético</B> está no plano <B>horizontal</B>). Veja a figura seguinte,
onde aparecem os três vetores <B>E, B e V</B>, com <B>90 graus físicos</B> entre
qualquer um deles, com <B>E e B</B> variando em <B>fase</B> ou com zero graus de
defasamento elétrico, característica básica da onda eletromagnética:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=317
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/oempolin1.gif" width=420 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Como esta onda está sempre situada no mesmo
plano, é chamada de onda </FONT><FONT face=Arial>com <B>polarização
linear.</B></FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>As figuras animadas seguintes ilustram uma
<B>onda com polarização linear vertical, </B>mostrando apenas o vetor do
<B>campo elétrico</B> (o magnético está sempre presente e a 90 graus
físicos):</FONT></P>
<P align=center><IMG height=225 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/p1.gif"
width=320 border=0><IMG height=225
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/p1v.gif" width=225 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>As figuras animadas seguintes ilustram uma
<B>onda com polarização linear horizontal, </B>mostrando apenas o vetor do
<B>campo elétrico</B> (o magnético está sempre presente e a 90 graus
físicos):</FONT></P>
<P align=center><IMG height=225 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/p2.gif"
width=320 border=0><IMG height=225
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/p2v.gif" width=225 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>A combinação de duas ondas linearmente
polarizadas, uma vertical e outra horizontal, e eletricamente em <B>fase</B>,
resulta em uma onda <B>linearmente</B> polarizada <B>inclinada</B>, como pode
ser visto nas figuras animadas seguintes:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=225 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/p3.gif"
width=320 border=0><IMG height=225
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/p3v.gif" width=225 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>A combinação de <B>duas ondas linearmente
polarizadas</B>, uma <B>vertical</B> e outra <B>horizontal</B>, de <B>mesma
amplitude</B> e <B>eletricamente defasadas de 90 graus</B>, resulta em uma onda
<B>circularmente polarizada</B>, (da mesma forma que uma figura de Lissajous)
como pode ser visto nas figuras animadas seguintes:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=225 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/p4.gif"
width=320 border=0><IMG height=225
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/p4v.gif" width=225 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>As figuras seguintes mostram também como é
obtida uma onda de polarização circular:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=430
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/polaref1.gif" width=415 border=0></P>
<P align=center><IMG height=260
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/poloricirc1.gif" width=600 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>O exemplo acima é de uma onda <B>LHCP ,
</B>veja <A href="http://www.ara-inc.com/PDF-RF/015-standard.pdf">definição
IEEE</A> a seguir:</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><B><FONT face=Arial size=6>Definição de RHCP e LHCP </FONT><FONT
face=Arial size=4>(<A
href="http://www.ara-inc.com/PDF-RF/015-standard.pdf">norma da
IEEE</A>)</FONT></B></P>
<P align=center><IMG height=240
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/extieee145.gif" width=360 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>A figura seguinte mostra dois dipolos cruzados
<B>A</B> e <B>B</B>, sendo <B>B</B> alimentado com 90 graus de defasamento
(atrasado) em relação ao dipolo <B>A</B>, e alimentados com as polaridades
instantâneas indicadas (<B>+</B>). No pico positivo da tensão senoidal aplicada
ao dipolo <B>A</B>, este gera o vetor <B>1</B>, que será o primeiro a deixar a
antena e a atravessar o plano. Um quarto de período mais tarde, é a vez do
dipolo <B>B</B> receber o pico positivo da senóide, pois está atrasado 90 graus,
e gerar então o vetor <B>2</B>, que será o segundo a atravessar o plano
imaginário, e assim por diante, quando chegar o pico negativo no dipolo <B>A</B>
gerando o vetor <B>3</B>, e depois o pico negativo da senóide no dipolo <B>B</B>
gerando o vetor <B>4</B> :</FONT></P>
<P align=center><IMG height=370
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/rhcpdipcru1.JPG" width=500 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Na figura anterior, temos uma onda com
<B>polarização circular à direita </B>(em inglês: <B>RHCP</B> Right-Hand
Circular Polarization), porque o <B>vetor gira no sentido anti-horário</B>
(regra da mão direita) <B>ao</B> <B>atravessar</B> <B>um plano imaginário e
perpendicular ao eixo de propagação, e visto pelo lado do plano por onde a
onda</B> <B>sai</B> deste plano (os planos quadrados nas figuras animadas
anteriores). Evidentemente, visto pelo lado por onde a mesma onda <B>entra</B>
no plano, a rotação fica <B>invertida: </B>no sentido <B>horário </B>! como
acontece quando se <B>olha na direção de propagação por trás da fonte</B>
(IEEE).</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial><B>ATENÇÃO</B>: Por isso há bastante confusão
sobre o assunto... e também porque em <B><FONT size=4><A
href="http://en.wikipedia.org/wiki/Polarization">óptica clássica</A></FONT>, a
definição para luz com polarização circular é <FONT size=4>invertida</FONT> em
relação a definição da IEEE para antenas e ondas de radio</B>, que é adotada
pela AMSAT, e outras entidades. A luz do sol por exemplo, é polarizada
randomicamente em todos os planos, por isso é chamada de não polarizada, pois
não é nem linear e nem circular. Filtros ópticos polarizadores permitem separar
determinados planos de polarização da luz natural.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial> Trocando a fase para<B> +90 graus</B>, ou
invertendo a polaridade (fase) de uma das ondas, teremos uma onda com
<B>polarização circular a esquerda LHCP</B> (Left-Hand circular polarization). O
vetor campo elétrico (e magnético também !) de uma onda circularmente
polarizada, gira com uma velocidade de rotação igual a freqüência da onda, pois
faz uma volta completa por ciclo !. Apenas para entender melhor, poderíamos
obter uma onda circularmente polarizada, girando um dipolo com uma velocidade
igual a freqüência do sinal...ou seja, em 100 MHz, girando o dipolo 100.000.000
de vezes por segundo !</FONT></P>
<P align=center> </P>
<CENTER>
<P><FONT face=Arial size=4>Veja mais um exemplo de RHCP:</FONT></P></CENTER>
<P align=center><FONT face=Arial><FONT color=#ff0000>Vermelho</FONT>: campo
elétrico,<FONT color=#008000> verde</FONT>: campo magnético. </FONT><FONT
face=Arial>Direção de propagação: de baixo para cima.</FONT></P>
<P align=center><!-------------------------------->
<TABLE rules=none align=center border=1><!---------------->
<TBODY>
<TR align=middle>
<TD><IMG height=287 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/a.gif"
width=177></TD>
<TD><IMG height=287 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/b.gif"
width=177></TD>
<TD><IMG height=287 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/rhcpw.gif"
width=177><IMG height=287
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/maodireita.gif" width=150
border=0></TD></TR><!---------------->
<TR align=middle>
<TD><IMG height=127 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/a_vec.gif"
width=127></TD>
<TD><IMG height=127 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/b_vec.gif"
width=127></TD>
<TD><IMG height=127 src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/rhcpw_vec.gif"
width=127></TD></TR><!---------------->
<TR align=middle bgColor=cyan>
<TD align=middle><FONT face=Arial><B>a</B></FONT></TD>
<TD align=middle><FONT face=Arial><B>b</B></FONT></TD>
<TD align=middle><FONT face=Arial><B>a+b
(vista saindo do plano)</B></FONT></TD></TR><!---------------->
<TR align=middle>
<TD align=middle><FONT face=Arial>abs(a)=1, arg(a)=0°</FONT></TD>
<TD align=middle><FONT face=Arial>abs(b)=1, arg(b)=-90°</FONT></TD>
<TD align=middle><FONT face=Arial><B>RHCP</B></FONT></TD></TR></TBODY></TABLE><!-------------------------------->
<P align=center><FONT face=Arial size=3><B>a </B>e <B>b</B> : as duas ondas
linearmente polarizadas e defasadas 90 graus; <B>a+b</B> : a onda RHCP
resultante.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>O nome RH e LH (Right-Hand, mão direita e
Left-Hand, mão esquerda) é derivado da analogia seguinte:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=277
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/lhpolar1.GIF" width=335 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Se a rotação for contraria a da figura acima,
aplica-se a regra da mão direita: RHCP.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>A figura seguinte mostra o resultado da
combinação de duas ondas linearmente polarizadas e ortogonais, com diferentes
relações de <B>amplitudes</B> e <B>defasamentos</B>, mostrando que a resultante
pode ser polarização <B>linear V / H / inclinada, elíptica ou circular.
</B>Detalhe <B>importante: </B>nesta figura a onda é vista se <B>aproximando
</B>do observador (<B>ou saindo do plano</B>), <B></B>portanto a onda <B>RHCP
</B>agora roda no sentido <B>anti-horário ! </B>Cuidado, tudo é
<B>relativo:</B></FONT></P>
<P align=center><IMG height=486
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/POLARPHA1.gif" width=653 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>A figura seguinte mostra a analogia entre onda
circularmente polarizada RHCP e parafusos com rosca à direita, e mostra porque
as duas antenas TX e RX de um enlace devem ter polarizações <B>idênticas, </B>ou
<B>co-polarizadas</B> (veja a nota na definição IEEE acima):</FONT></P>
<P align=center><IMG height=222
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/parafuso1.GIF" width=584 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Para quem gosta de matemática, observe a
posição do <B>Pi/2</B> (=<B>90</B> graus), que tanto pode afetar a <B>fase</B>
de alimentação (<B>Omega t</B>) como o <B>deslocamento axial</B> (<B>k z</B>),
donde os dois métodos explicados mais adiante:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=250
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/rhcplhcp1.GIF" width=550 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial size=5><B>Vantagens da polarização
circular</B></FONT><FONT face=Arial size=5><B>:</B></FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Uma vantagem da polarização circular é não ser
afetada pela <A
href="http://www.daviddarling.info/encyclopedia/F/Faraday_rotation.html">rotação
de Faraday</A> em ondas que atravessam a atmosfera e ou a ionosfera,
principalmente em comunicações via satélite. Outra vantagem é que não é
necessário ajustar a polarização das antenas (posição em torno do eixo de
propagação) como acontece com antenas linearmente polarizadas.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial size=5><B>Características da polarização
circular</B></FONT><FONT face=Arial size=5><B>:</B></FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Uma característica da </FONT><FONT
face=Arial>polarização circular é que <B>muda o sentido de rotação</B> quando
<B>refletida</B> por um plano condutor, como por exemplo, refletores planos ou
parabólicos, reflexão lunar, etc... Na onda linearmente polarizada, muda somente
a fase (inversão ou 180 graus), quando refletida. Outra característica da
polarização circular é a <B>razão axial</B>, que é a relação das amplitudes dos
vetores no plano <B>X</B> pelo plano <B>Y</B>. Num circulo perfeito, esta
relação é <B>1</B>, ou <B>0 dB</B>. Relação axial diferente de 0 dB significa
que a polarização não é perfeitamente circular, mas elíptica.</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial size=6><B>Antenas circularmente
polarizadas.</B></FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial size=3><B>Método 1</B> - Do exposto acima, pode
se deduzir que para obter antenas com polarização circular, a partir de antenas
linearmente polarizadas (dipolos ou Yagis, etc..), basta colocar duas destas
antenas <B>cruzadas a 90 graus</B>, </FONT><FONT face=Arial size=3>sem
deslocamento longitudinal, e <B>alimentadas</B> com <B>90 graus de
defasamento</B> elétrico (com um <A
href="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm">cabo com um quarto de
onda</A> a mais no seu comprimento em uma das antenas por exemplo):</FONT></P>
<P align=center><IMG height=205
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/Apt4x4a.jpg" width=350 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial size=3> <B>Método 2 </B>- Outra forma de
obter este defasamento é alimentar os <B>dois dipolos em fase</B>, porém
<B>deslocando</B> um dos dipolos de <B>um quarto de onda</B> do outro,
longitudinalmente no sentido da propagação, como na foto
abaixo: </FONT></P>
<P align=center><IMG height=286
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/Apt4x4.jpg" width=350 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Obs.: os dois métodos anteriores só geram uma
onda com polarização circular na direção de maior ganho, perpendicular ao
plano dos dipolos. Fora desta direção, a onda é elíptica, e a 90 graus desta
direção, a onda é linearmente polarizada.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial size=3><B>Método 3</B> - Uma outra forma é usar
antenas que já produzem <B>diretamente</B> <B>a polarização circular</B>, como
por exemplo as antenas <B>helicoidais</B> (longitudinais ou axiais). De acordo
com a IEEE, o sentido de rotação da onda circular gerada por uma helicoidal é o
mesmo da rosca de um parafuso gigante na qual a helicóide se encaixaria. Na foto
é RHCP,</FONT> <FONT face=Arial size=3>pois tem "rosca" idêntica a de um
parafuso com rosca direita:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=208
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/helx70.jpg" width=415 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial><B><FONT size=4>Importante</FONT></B>: antenas
como a loop circular, Yagi com aros circulares, magnetic loop, cúbica de quadro,
delta loop, etc..., geram todas ondas <B>linearmente</B> polarizadas ! Somente
uma helicoidal no modo axial ou longitudinal, ou a correta associação de duas
antenas lineares quaisquer, permite obter polarização circular. E duas
helicoidais, uma RHCP e a outra LHCP, alimentadas em fase e posicionadas lado
lado e no mesmo sentido, geram uma onda com polarização linear !.</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center> </P>
<P align=center><B><FONT face=Arial size=4>Rejeição da polarização cruzada
"X-pol rejection" ou "XPD"</FONT></B></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>Uma <B>característica de qualquer antena</B>
(além de ganho, relação frente/costas, impedância, banda passante, etc...), é a
sua capacidade (ou não) de <B>rejeição da polarização cruzada "X-pol ou
cross-pol rejection </B>ou <B>discrimination XPD" </B> em dB. Ou seja, é a
capacidade da antena em rejeitar a polarização ortogonal a sua, como por
exemplo, uma antena com polarização vertical rejeitar a polarização horizontal
(e vice e versa) ou uma antena com RHCP rejeitar a LHCP (ou vice e versa). Uma
antena perfeita teria rejeição X-pol infinita.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Esta rejeição geralmente só é alta em
freqüências de VHF para cima, principalmente em micro-ondas. Rejeição alta de
X-pol (20 dB ou mais) permite <B>usar a mesma freqüência</B> para <B>duas
transmissões simultâneas e diferentes</B>, uma com RHCP e outra com LHCP, ou uma
na vertical e outra na horizontal,</FONT> <FONT face=Arial>como é o caso em
satélites de comunicação e TV geoestacionários. Mas as duas antenas (TX e RX) de
cada enlace devem ter evidentemente o mesmo tipo de polarização e alta rejeição
X-pol. </FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Captar uma onda polarizada <B>circularmente</B>
com uma antena de polarização <B>linear </B>(ou vice e versa) causa sempre uma
<B>perda de 3 dB</B> ! (nem mais, nem menos. Não há rejeição X-pol entre
polarizações linear e circular, ou melhor, a rejeição é igual à aceitação: -3dB,
pois a onda circular é composta de duas componentes lineares. A antena linear
capta apenas uma destas componentes, portanto metade da potencia=-3dB). E captar
uma onda RHCP com uma antena LHCP sofre uma perda igual a rejeição de
polarização cruzada, que idealmente seria infinita.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Em freqüências <B>abaixo de VHF</B>, como em
ondas curtas e medias, a polarização da onda não mantém o seu plano original
devido a fenômenos de propagação, e as próprias antenas tem baixa rejeição de
X-pol, permitindo assim usar polarizações diferentes na transmissão e recepção,
sem muita perda, ou seja, usar indiscriminadamente antenas verticais e
horizontais para TX e RX, sem muito prejuízo.</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial size=5><B>Como obter RHCP ou LHCP com dipolos
cruzados.</B></FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial size=3>Mostrarei a seguir como obter na pratica
as formas 1 e 2 mencionadas anteriormente. É claro que além de dipolos cruzados,
podem ser cruzadas as mais diversas antenas com polarização linear, como Yagis e
outras. Mas sempre teremos apenas dois pontos de alimentação, um em cada
elemento radiador, denominados dipolos no texto seguinte.</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><B><FONT face=Arial size=5>Método 1 :</FONT></B></P>
<P align=center><FONT face=Arial size=3>Os dois dipolos estão na <B>mesma
posição longitudinal </B>(no mesmo plano). Portanto devem ser <B>alimentados</B>
com um <B>defasamento relativo de 90 graus</B>. A figura seguinte mostra os
dipolos <B>vistos por trás</B>, portanto olhando na <A
href="http://educar.sc.usp.br/fisica/vetores.html">direção</A> da propagação (se
forem de duas Yagis, são vistos pelo lado dos refletores). As polaridades
instantâneas indicadas correspondem por exemplo ao condutor <B>interno </B>do
coaxial = <B>+</B>, sendo o <B>-</B> a blindagem do coaxial ou o outro lado do
balun. <B>Alimentando o dipolo B com um sinal atrazado 90 graus em relação ao
dipolo A, teremos RHCP, pois quando o dipolo A receber o pico positivo da
senóide, o B não recebe nada. Quando o B receber o pico positivo, após 1/4 de
período, o A não recebe nada. Visto por traz, na direção de propagação, o vetor
campo elétrico passa da posição vertical e para cima, para a posição horizontal
e para a direita, portanto, rodou à direita ou sentido horário. ao entrar num
plano imaginário situado na frente da antena</B>. Invertendo este defasamento
relativo ou invertendo a polaridade de alimentação de um dos dipolos, teremos
LHCP.</FONT></P>
<P align=center><IMG height=206
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/dipcruz1.gif" width=263 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>A figura seguinte mostra um exemplo da
configuração dos cabos, para <B>antenas com 50 ohms</B> de impedância e obter
<B>RHCP, respeitando as polaridades da figura anterior</B>. O trecho de cabo
<B>D</B> de 50 ohms e de 1/4 de onda é o que <B>gera o <A
href="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm#def">atraso</A> (ou <A
href="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm#def">defasamento</A>)
relativo de 90 graus</B>, e <B>sem transformar a impedância </B>da antena. Os
dois trechos de cabos <B>Z</B> de 75 ohms atuam como<B> <A
href="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm#tra">transformador de
impedância</A>,</B> transformando os 50 ohms de cada antena em 112 ohms, que
ligados em paralelo no T, voltam para 50 ohms (na verdade 56 ohms...), e
introduzem ambos 90 graus de atraso. Mas o que importa é que a fase da antena B
esteja 90 para trás da antena A, o que é feito pelo cabo <B>D</B>.</FONT></P>
<P align=center><IMG height=157
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/alimdipd90.gif" width=508 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>É evidente que os cabos <B>Z</B> também (e
somente eles) podem ter comprimentos iguais a <B>múltiplos impares inteiros de
1/4</B> de onda, o que as vezes facilita a sua instalação, mas desde que os dois
cabos também tenham comprimentos <B>iguais</B>. Nunca é demais lembrar que o
comprimento de um cabo coaxial é igual ao comprimento elétrico de onda desejado
no ar, multiplicado pelo <B>fator de velocidade do cabo</B>. É obvio que também
podem ser feitas outras combinações de cabos, desde que se consiga transformar a
impedância das duas antenas em paralelo para 50 ohms e ao mesmo tempo os 90
graus de atraso relativo. </FONT><FONT face=Arial size=3>Trocando a polaridade
das conexões de uma das antenas, ou inserindo mais um cabo de meia onda em uma
delas, teremos LHCP. Uma outra forma <B>alternativa</B> de ligar os cabos é
fazer o paralelo das duas antenas de 50 ohms, o que resulta em 25 ohms no T, e
depois transformar estes 25 ohms para 50 ohms, com um cabo de 1/4 de onda e 35
ohms, que pode ser feito com dois cabos de 75 ohms em paralelo, como mostra a
figura seguinte:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=157
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/alimdipd90b.GIF" width=508 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center> </P>
<P align=center><B><FONT face=Arial size=5>Método 2 :</FONT></B></P>
<P align=center><FONT face=Arial size=3>Agora os dois dipolos (ou as duas Yagis)
são <B>deslocados longitudinalmente de 1/4 de onda</B> (no ar). Portanto as duas
antenas agora devem ser <B>alimentadas em fase</B>. Usando novamente a figura
dos dipolos anterior, e supondo que o dipolo<B> B está mais perto do observador
situado atrás</B> da antena (ou seja, está mais recuado em relação ao <B>A</B>
na direção de propagação) teremos <B>RHCP</B>. A pequena desvantagem deste
método é que o boom da antena fica 1/4 de onda mais comprido em relação ao
método 1, mas a <B>grande vantagem </B>em relação ao método 1 é que não precisa
do cabo defasador <B>D</B>, que pelo fato de ter 1/4 de onda, pode causar
transformação indesejável de impedância caso a antena não tenha a mesma
impedância que esta cabo !. A figura seguinte mostra um exemplo de
interligação:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=157
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/alimdipd0.gif" width=508 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Continuam valendo as observações anteriores em
relação aos cabos <B>Z</B><B>,</B> e mudança de polarização. </FONT><FONT
face=Arial size=3>Veja um exemplo <A
href="http://hjem.get2net.dk/ole_nykjaer/oz2oe/xyagi/build_yagi.html">OZ2OE</A>.
Veja mais um exemplo deste método, por <A
href="http://www.msxpro.com/py2bbs/satelite_cross_yagi.php">PY2BBS</A>. Também
pode ser usada a seguinte configuração <B>alternativa </B>de cabos:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=157
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/alimdipd0b.GIF" width=508 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>E nos dois métodos <B>alternativos</B>
anteriores, a transformação de <B>25 para 50 ohms</B> pode ser ainda <B>mais bem
feita</B> usando o transformador de <A
href="http://www.cebik.com/trans/ser.html"><B>Regier</B></A> ou <A
href="http://ourworld.compuserve.com/homepages/demerson/twelfth.htm"><B>1/12
lambda</B></A>, como mostra a figura seguinte (não esquecer o fator de
velocidade do cabo!), com a grande vantagem de usar <B>somente cabos de 50
ohms</B> !:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=157
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/25p50.gif" width=508 border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial size=2>(No caso das linhas com 75 ohms, a
resultante é 75x75/50=56,25 ohms ou (75/2)x(75/2)/25=56,25 ohms. O transformador
acima fornece exatamente 50 ohms a partir de 25 ohms.)</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial size=3><B>IMPORTANTE</B>: em ambos os métodos 1
e 2, o <B>ganho total</B> das duas antenas continua <B>igual ao ganho de uma
só</B>, contrariamente ao que acontece em sistemas colineares, onde as antenas
são alimentadas em fase. Se por exemplo, uma antena tem 10 dBi de ganho, duas
delas cruzadas e eletricamente a 90 graus pelo método 1 ou 2, terão um ganho
total de 10 dBic, o <B>c</B> indicando apenas a polarização circular.</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial><B>Método intermediário ao 1 e 2
...</B></FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial>Podemos combinar os dois métodos anteriores
(mas para que complicar ?) fazendo com que os 90 graus necessários sejam feitos
em parte eletricamente e em parte fisicamente. Por exemplo, podemos deslocar
longitudinalmente as duas antenas de <B>1/8 de onda</B> (no ar) o que equivale a
45 graus elétricos. Ainda faltam 45 graus que serão feitos com um pedaço de
<B>cabo de 1/8 do onda</B> a mais em uma das antenas, desde que na antena certa
!. Para obter <B>RHCP</B> por exemplo, usamos o exemplo do método 1, mas com o
cabo <B>D</B> de 1/8 de onda (não esquecer o fator de velocidade do cabo) e
deslocamos as antenas como no exemplo 2, mas apenas de 1/8 de onda no ar.
Qualquer outra combinação, como 1/12 de cabo + 1/6 de onda de deslocamento (30
graus +60 graus) também funciona...</FONT> <FONT face=Arial>Uma desvantagem
deste método é que não permite inverter de RHCP para LHCP simplesmente trocando
a polaridade de uma das antenas.</FONT></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial><B>Conclusão</B>: é evidente que podem ser
feitas inúmeras outras formas de interligação, polaridades, comprimentos,
deslocamentos, impedâncias de antenas, impedâncias de cabos, etc.. Basta <A
href="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/comcabo.htm">verificar a correta
<B>transformação e combinação</B> de impedâncias</A>, e <B>como o vetor onda</B>
eletromagnética de cada radiador se <B>situa na direção de propagação</B> em
relação ao do outro radiador, incluindo o defasamento elétrico relativo dos dois
radiadores:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=243
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/POLARWAV1.gif" width=610 border=0></P>
<P align=center> </P>
<P align=center><FONT face=Arial>Trocando em miúdos, veja este exemplo do método
2:</FONT></P>
<P align=center><IMG height=352
src="http://www.qsl.net/py4zbz/antenas/tmatch3py2bbs.jpg" width=288
border=0></P>
<P align=center><FONT face=Arial> Na foto acima, temos uma antena feita por
<A href="http://www.msxpro.com/py2bbs/satelite_cross_yagi.php">Luciano
PY2BBS</A>. Ela é vista <B>por trás</B> (como manda a IEEE). O vetor que sai
primeiro desta antena é logicamente o do dipolo mais adiantado (mais na frente
da antena), que no caso é o dipolo vertical . Como as duas antenas estão
alimentadas <B>em fase</B>, na mesma hora que o dipolo vertical recebe o pico
positivo da onda senoidal de tensão, gerando um vetor vertical para cima (12
horas no relógio, seta para cima), o dipolo horizontal também recebe este
mesmo pico positivo, e portanto gera um vetor na horizontal e para esquerda (9
horas no relógio). Isto porque a polaridade de ligação dos coaxiais é: condutor
interno para cima no dipolo vertical e condutor interno para a esquerda do
dipolo horizontal. Como o <B>primeiro vetor a sair da frente</B> da antena é o
vertical para cima (12 horas), seguido (apos um tempo de um quarto de período da
onda) pelo horizontal à esquerda (9 horas), o vetor, ao se propagar na direção
de propagação e olhando por trás, rodou no sentido <B>anti-horário</B> (de 12
para 9 horas), portanto corresponde a uma onda<B> LHCP. </B>Não importa se
rodarmos a antena em torno do boom, sempre teremos LHCP, mesmo virando-a de
costas. A rosca de um parafuso não muda com a sua posição ! .</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial> <B>Trocando a polaridade de apenas um
dos cabos</B>, por exemplo, ligando o condutor interno do coaxial à direita do
dipolo horizontal, teremos <B>RHCP, </B>pois o dipolo horizontal gera agora um
vetor horizontal a direita (3 horas) ao mesmo tempo que o dipolo vertical
continua gerando o mesmo "12 horas". O primeiro vetor a deixar a antena continua
sendo o "12 horas", seguido, um quarto de período depois, pelo "3 horas",
portanto girando agora no sentido horário e gerando, de acordo com a IEEE,
<B>RHCP.</B> Mas se olharmos de frente para antena, a onda indo em nossa direção
(não mais se afastando), o sentido de rotação do vetor é invertido (saindo do
plano), mas a polarização é sempre a mesma. Num parafuso com rosca direita, você
gira a porca a direita para apertar, e a gira a esquerda para desapertar, mas a
rosca sempre é direita.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Arial><B><FONT size=4>Detalhe
interessante:</FONT></B> os dois dipolos também irradiam para trás, em direção
ao observador da foto anterior, mas gerando uma onda RHCP !. Esta onda será
redirecionada para a frente da antena pelos refletores. Como a onda circular
muda de sentido ao ser refletida, esta onda refletida está agora no mesmo
sentido LHCP da onda gerada para frente, e portanto se somando construtivamente
e contribuindo para o ganho da antena, desde que a distancia relativa
refletores/dipolos esteja correta.</FONT></P>
<P align=center><FONT face=Verdana></FONT> </P><FONT face=Verdana>
<P align=left><FONT face=Verdana>Fonte: Site de <STRONG>Roland, PY4ZBZ /
F5NCB</STRONG>.( <A title=http://www.qsl.net/p/py4zbz/
href="http://www.qsl.net/p/py4zbz/">http://www.qsl.net/p/py4zbz/</A> )</FONT></P></FONT></BODY></HTML>