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Caro Miguel.<br>
<br>
Eu conheço os termos de registo de patente da DVSI seja para o
AMBE-2020 como para os demais codec's por eles criados, no entanto o
bit stream é publico (e disto que falamos, esse sim foi primeiramente
criado pela JARL) acontece que a DVSI deverá ter aproveitado as
necessidades de mercado para ter criado então o AMBE e a ICOM
aproveitou-o porque a utilização dele poupa uma data de hardware.<br>
<br>
Com respeito ao Satoshi, acho que começaram uma parceria bastante
interessante mas depois... se os outros OM's fossem Portugueses eu até
nem me admirava, mas acho que houve uma tentativa (aliás concretizada)
de usurpar os direitos de produção da board (fora o resto) agora não
entendi o porquê de não poder ser feito por qualquer outra maneira o
bit stream é conhecido, ninguém me proíbe de criar um software que
agarre no bit stream e o leia, obviamente que não posso utilizar
equipamentos D-Star, utilizo qualquer equipamento que tenha porta TNC,
preciso portanto de um modem GMSK ( o CMX) de um conversor AD/DA de uma
Prom ou Pic onde guarde o dito software e o mais difícil o FER, este
sim é que tem sido o problema de todos e que o G7ULF parece ter
contornado, digo isto porque já fiz ensaios de áudio no servidor dele
inclusive rádio com link ao repetidor de lá e a escutar-me em directo
com o Dongle e garanto a qualidade é a mesma que se me ligar por
gateway  Arrábida/Chaves.<br>
Como já deve ter visto na busca a codec's existe um OpenSource que é o
Speex  no entanto sofre do mesmo mal, como não foi feito a pensar em
link's via rádio e para VoIP não tem o FER, mas o Satoshi tem esse
problema resolvido, frisa neste seu email que esteve no site do Satoshi
e não viu referencias ao DV coder, pois bem é exactamente no link Node
Adapter e está lá tudo a única coisa que o Satoshi vende é a placa de
CI (que aliás de momento está esgotada e ele refez o desenho) o Hex
para o PIC os drivers para o USB e o software para o controlador estão
lá (escondidos mas estão, é só enviar-lhe um email), é obvio que
passamos a ter um sistema repetidor D-Star por exemplo com dois
equipamentos Yaesu mais o Node Adapter e um PC... pois precisamos do PC
para gerir as mensagens e fazer as funções de controlador que o R2PC da
Icom faz.<br>
<br>
O facto do D-Star ter um standard próprio também concordo consigo
quando diz existirem outros equipamentos (inclusive da mesma marca) que
utilizam standards internacionais, são equipamentos profissionais e não
tem a complicação que estes nossos equipamentos tem com a vantagem de,
e sendo digitais, poderem fazer aquilo que já foi referido nesta lista
pelo António Vilela - CT1JHQ, na mesma frequência terem mais do que uma
comunicação sem que os intervenientes não directamente ligados possam
escutar ou transmitir, mas bem aí sairíamos do campo amador e
entraríamos no profissional.<br>
<br>
Aproveitando também este, e voltando um pouco ao assunto repetidores o
João Costa - CT1FBF, falou que o D-Star permite a linkagem e portanto a
criação de uma rede nacional, não sei como a ANACOM iria gerir isto mas
o D-Star permite o "multicasting" que tal como a  rede GSM poderia ter
uma única frequência nacional e cobrir todo o território nacional,
responderia sempre o repetidor que estive mais perto da transmissão) no
entanto para tal teria que ter os links de <b>local repeater</b>
activos, a ICOM vende estes link's ao custo de 2 repetidores completos,
o que é um a barbaridade, acontece que o protocolo que o controlador
recebe é ATM, será só fazer a conversão ATM/Eterneth (podem ser feitos
com um modem ATM) e utilizar talvez os WiMax por exemplo, este é um
projecto que eu tenho em estudo para quando me reformar hehehe. <br>
No entanto para estes links funcionarem eles terão que estar no LOS uns
dos outros, ora como a terra é redonda a linha de vista tem um espaço
de 80 Kms +- (dependendo da altitude) teríamos então que reestruturar
toda a rede de repetidores pela posição/distância por forma a serem
cumpridos os requisitos, não é difícil fisicamente, o problema é as
associações que os representam, esta talvez seja a maior dificuldade.<br>
<br>
Um abraço Miguel e se acaso tiver tempo e conhecimentos de que possa
dispor para esta causa agradeço desde já, temos um grupo de trabalho
internacional ao qual estou ligado e no qual todos são necessários, não
é nenhuma batalha contra esta ou outra Empresa mas sim o desenvolver
este projecto no verdadeiro sentido do amador de rádio.<br>
<br>
Um abraço e obrigado uma vez mais.<br>
<br>
Jorge Santos<br>
<br>
José Miguel Fonte escreveu:
<blockquote cite="mid:4A947E46.5070905@ua.pt" type="cite">Viva caro
Jorge,
  <br>
  <br>
Fiz uma pesquisa breve e não foi com facilidade que encontrei
documentação sobre o codec, alias, sobre o codec não aparece nada que
não faça menção ao facto de ser registado. O AMBE (R)(C), acrónimo de
Advanced Multi-Band Excitation, é, e passo a transcrever:
  <br>
  <br>
*"... *a proprietary &lt;/wiki/Proprietary&gt; speech coding
&lt;/wiki/Speech_coding&gt; standard developed by Digital Voice
Systems, Inc."
  <br>
  <br>
(Fonte: <a class="moz-txt-link-freetext" href="http://en.wikipedia.org/wiki/Advanced_Multi-Band_Excitation">http://en.wikipedia.org/wiki/Advanced_Multi-Band_Excitation</a>)
  <br>
  <br>
Ou seja, o CODEC é proprietário e não apenas o integrado que o
implementa. Este é apenas uma ferramenta também, provavelmente,
registada.
  <br>
  <br>
Entretanto dei um salto à pagina do referido Satochi e o que vi logo à
entrada assusta um pouco e vai de acordo com o que imaginava, a
filosofia comercial que fundamenta todo este criticismo. Ou seja, logo
na página inicial o Satochi aparece a vermelho:
  <br>
  <br>
"*Please do not buy any PCB or Kits of the node adapter from PA4BYR and
G7LTT. They do not have the permission to produce or re-distribute any
PC Boards designed by me. The same holds good for the PIC program and
other related materials. These items are copyrighted to me and these 2
have broken the Copyright law. They have stolen our intellectual
property. The PCB also has a patented pseudo real time monitor circuit.
Therefore any duplication of this circuit without my explicit
permission is also a clear violation. My lawyers will be initiating
legal action against PA4YBR and G7LTT soon. Any products purchased from
them will also be our targets. We will be able to identify your
circuits on the D-Star network as I clearly know and can identify the
circuits supplied by me. Moreover, I have never sold any PCB to PA4YBR
and he is lying to you when he says that he got it from me. *"
  <br>
  <br>
É a isto que me refiro,... Mesmo as PICs são vendidas já programadas e
o que afirma ainda está por confirmar pois além de mal documentada
(obviamente) percebe-se que há aqui muito fruto de engenharia reversa
através da análise do protocolo quer do hardware opcional da icom
(módulos UT). Quanto à placa sem o AMBE, não percebo muito bem o que
faz pois ele denomina-a de "Node adapter/Digipeater Interface" mas logo
a seguir tem um "Home Brew DV adapter", este sim (digital voice) e
contém um AMBE2020. A informação é escassa e a filosofia reinante é a
do numerário.
  <br>
  <br>
Assim sendo fiz uma pesquisa ultra rápida sobre o CMX589A e este não é
um "vocoder", é simplesmente um modem gMSK. Julgo que já percebi o que
faz a "plaquinha".
  <br>
  <br>
Quanto ao AA4RC o que ele faz é "trabalhar" o "data stream" e não
propriamente, descodificar o conteúdo. A informação de voz vai
encapsulada nestes "data streams", até aí tudo bem mas para fazer a
conversão desta informação (a encapsulada) entre o "mundo" digital e o
analógico, precisa de um CODEC que implemente o AMBE, por sua vez
proprietário.
  <br>
  <br>
Seja como for a questão da crítica é em relação à filosofia e não
propriamente o custo. Poderia perguntar, também não vai implementar uma
PIC quando pode comprar uma já feita, de facto é verdade mas todo o
conhecimento aplicado à construção da PIC é disponibilizado, ou seja,
poderia construir algo semelhante sem restrições, sendo que a PIC é
apenas um meio para chegar a um fim e não um bloqueio ou uma imposição.
  <br>
  <br>
Existem tantos codecs e teve de se escolher logo um proprietário?
  <br>
  <br>
Quanto à ICOM, é simplesmente uma estratégia comercial e não critico.
Eles próprios implementam outros protocolos, a ver por exemplo, a
mensagem que o colega João Costa enviou hoje, sobre o dPMR, em que é
utilizada voz digital e os protocolos e especificações são "standards"
e facultados gratuitamente.
  <br>
  <br>
Também sei que entrando no mundo digital, chegar a consensos será bem
mais difícil, daí que esse trabalho, muito provavelmente, terá de ser
feito pela nossa comunidade, pois as empresas, como se vê, estão
dispostas a implementar as soluções propostas, comercialmente. De outra
forma, cada empresa, tentará tomar a iniciativa, como acontecee depois
dá nisto.
  <br>
  <br>
Para finalizar, devo agradecer o facto de podermos debater estas
questões por aqui, pois permite-me aprender um pouco mais e
provavelmente elucidar outros colegas. Fosse o teor das conversas
diárias que se ouvem por aí desta índole, certamente daria  outra
vontade de participar e escutar.
  <br>
  <br>
Cumprimentos e obrigado,
  <br>
73 ct1enq
  <br>
  <br>
Jorge Santos escreveu:
  <br>
  <blockquote type="cite">Caro Miguel.
    <br>
    <br>
Pondo um ponto final no assunto teste e virando-me agora para o D-Star,
o referido na Wikipedia é fruto de alguém que teve (ou não) acesso a um
equipamento e fala por isso mesmo, completo desconhecimento. O
protocolo D-Star é público está por demais documentado na net, o codec
tal como já referi anteriormente pode ser gerado e controlado por PIC e
como tal utilizar-se outro chip que não o AMBE-2020 (embora este último
seja mais barato que o CMX).
    <br>
Existem neste momento colegas com um estudo de um novo Codec este
exclusivamente por software (sem recurso aos Chip's), a DVSI produziu
um Chip que é simultaneamente conversor AD, um Voice encoder decoder e
(aqui foi a mais valia para a ICOM) um FEC encoder e decoder que
entrega/recebe directamente por protocolo ATM (entre outros), o registo
de patente garante que mais ninguém irá produzir um chip com estas
características, no entanto se analisar por exemplo o software D-Plus
ele agarra no bit stream descodifica-o e entrega-o a outro servidor que
por sua vez o codifica (e corrige se necessário) por forma a poder ser
emitido noutro repetidor, que eu saiba a DVSI ainda não pediu royalties
ao Robin Cutshaw (AA4RC) por ele ter "usurpado" um direito deles, o
mesmo se passa com o Satoshi que ao descodificar o bit stream através
de um software residente no PIC e o enviar ao CMX (este outro vocoder
de outra Empresa) cumpre assim as especificações do protocolo D-Star
sem contudo ter violado os direitos da DVSI.
    <br>
Em relação ao repetidor GB7MH ele está activo com gateway recebe
comunicações de móveis (Rf directa) e tal como lhe disse Miguel se
acaso não tem um equipamento D-Star procure alguém que o tenha e teste
o repetidor em comparação por exemplo com um nosso, irá ver que não
nota diferença alguma no áudio no entanto o mesmo está a ser processado
por software e não por hardware (embora o software esteja no PIC e como
tal poderá levar à confusão de ser considerado hardware).
    <br>
Com respeito a equipamentos com sistemas proprietários, já foi por
demais debatido este assunto mas retornando, o D-Star baseia-se num
protocolo criado à uns anos pela JARL, o mesmo é público as Empresas
concorrentes servirem-se ou não dele é meramente uma questão comercial,
isto lembra-me uma certa Empresa que pretendeu lançar um sistema (este
sim era só deles) que era o WiresII e que ficou-se por isso mesmo.
    <br>
    <br>
Não pense caro Miguel que sou um defensor acérrimo do D-Star, pura e
simplesmente vejo-o como um novo sistema cheio de lacunas (no meu
entender) e que só com a colaboração de todos poderá talvez num futuro
a vir a ser o único modo de comunicação, mas de momento ainda está
muito verde.
    <br>
    <br>
Com um abraço e um obrigado
    <br>
    <br>
Jorge Santos
    <br>
    <br>
  </blockquote>
  <br>
  <br>
  <br>
</blockquote>
</body>
</html>