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<DIV style="FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- 
<DIV style="BACKGROUND: #e4e4e4; font-color: black"><B>From:</B> <A 
title=tiagoduarte.pt@gmail.com href="mailto:tiagoduarte.pt@gmail.com">Tiago 
Duarte</A> </DIV>
<DIV><B>To:</B> <A title=super-inteligente@googlegroups.com 
href="mailto:super-inteligente@googlegroups.com">super-inteligente@googlegroups.com</A> 
</DIV>
<DIV><B>Sent:</B> Tuesday, May 05, 2009 9:00 PM</DIV>
<DIV><B>Subject:</B> (Super) telescópio das Canárias]</DIV></DIV>
<DIV><BR></DIV><FONT face=Arial size=2>TEMAS</FONT> 
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>a Os investigadores do Grande Telescópio das 
Canárias começaram apenas no dia 1 de Março a fazer as primeiras observações. 
Mas garantem que este gigante<BR>nasceu num dos melhores sítios do mundo para 
observar o céu: a partir do observatório de Roque de Los Muchachos, e com a 
tecnologia de que se dispõe, já<BR>conseguiram ver uma vela acesa em Nova 
Iorque. Mas não é esse o objectivo. Os investigadores estão mais interessados 
numa espécie de regresso ao passado.<BR>O enorme espelho de 10,4 metros de 
diâmetro do Grande Telescópio das Canárias (GTC), o maior do mundo, tem 
capacidade para descobrir segredos nunca antes<BR>revelados sobre as estrelas, 
as galáxias, os buracos negros e os planetas. Recuar até lá onde o Universo era 
uma criança, quando tinha apenas 1500 milhões<BR>de anos, um décimo da sua idade 
actual, e responder às eternas perguntas sobre quem somos, de onde viemos. Por 
isso dizem, sem sombra de dúvida: esta é<BR>a maior máquina do tempo alguma vez 
construída.<BR>As Canárias são vistas, desde o século XIX, como uma espécie de 
paraíso para a observação astronómica, graças à grande altitude dos pontos mais 
elevados<BR>da ilha e ao efeito do anticiclone dos Açores, que, conjugado com o 
efeito dos ventos elísios, também traz até estas paragens um clima estável e 
ameno.<BR>A lei do céu<BR>Mas a escolha das Canárias para a instalação do 
Observatório Europeu do Norte (ENO - formado pelo Observatório de Roque de los 
Muchachos, em La Palma, e<BR>pelo Observatório del Teide, em Tenerife) deve-se 
também ao pioneirismo do Governo local, que conseguiu ver na Astronomia uma 
mais-valia para o desenvolvimento<BR>e turismo das ilhas e que criou a primeira 
legislação do mundo sobre o direito ao céu nocturno. Toda a iluminação pública 
das ilhas é de baixa intensidade<BR>e a luz pública é obrigatoriamente inclinada 
para baixo, de acordo com a chamada "lei do céu". Adoptada em 1988 e aprovada em 
1992, esta legislação acabaria<BR>por ser internacionalizada em 2007 com a 
Declaração sobre a Defesa do Céu Nocturno e Direito à Luz das Estrelas, assinada 
em La Palma pela Unesco e por<BR>um grupo de 23 países, dos quais Portugal não 
faz parte.<BR>"Estamos num sítio com características excepcionais para a 
Astronomia. Daí o número de observatórios aqui instalados", explica Juan Carlos 
Pérez, director<BR>do Instituto de Astrofísica das Canárias, que conduz a visita 
a Roque de Los Muchachos, uma verdadeira cidade das estrelas a 2400 metros de 
altitude e<BR>em pleno Parque Nacional da Caldera de Taburiente, uma enorme 
cratera vulcânica sobre a qual se avista toda a ilha de La Palma.<BR>Foi com 
base neste contexto que os telescópios começaram a chegar a Roque de Los 
Muchachos na década de 1980 e encheram a paisagem de cúpulas brancas 
e<BR>prateadas, como cogumelos plantados em nuvens, que bem podiam inspirar 
Cervantes numa nova batalha imaginária quixotesca. Foi ali, no conjunto de 
telescópios<BR>geridos por 20 países, que se observou a primeira queda de um 
meteorito. As imagens recolhidas chegaram à capa da revista Nature. E foi dali 
que também<BR>se observou o primeiro buraco negro da história da Astronomia, em 
1992, a partir do telescópio William Herschel, que, quando foi inaugurado, em 
1987, tinha<BR>o recorde do mundo de ser o maior da Europa e o terceiro maior do 
mundo. E era, até à chegada do Grande Telescópio das Canárias, o maior de Roque 
de Los<BR>Muchachos, com os seus humildes 4,2 metros de diâmetro de espelho. 
Imagine-se o que não se poderá agora revelar com os 10,4 metros de diâmetro de 
espelho<BR>reflector do novo telescópio.<BR>"Temos aqui uma dimensão da nossa 
pequenez", diz Juan Carlos Pérez à entrada do GTC. "A atracção pelo cosmos nos 
nossos genes é muito forte. Eu acho que<BR>há sempre um astrónomo em cada um de 
nós", diz. Foi através dos 40 quilómetros de curvas que subiram as componentes 
que formam as 350 toneladas do GTC<BR>espalhadas por uma área de cinco mil 
metros quadrados. Todas foram transportadas da mesma maneira, incluindo as 
enormes placas metálicas que formam a cúpula<BR>do telescópio - como a comporta 
principal de 25 metros - e incluindo também o grande protagonista desta 
estrutura: um espelho primário formado por um conjunto<BR>de 36 espelhos 
hexagonais, cada um com electrónica própria fruto da mais desenvolvida óptica 
adaptativa aqui experimentada pela primeira vez, e que formam<BR>o diâmetro de 
10,4 metros do dispositivo.<BR>Entramos na máquina do tempo. "Os telescópios são 
as únicas máquinas do tempo reais. Viajamos literalmente ao passado. Quando 
conseguimos fotografar as<BR>estrelas, já muitas delas terão morrido", diz 
Pérez. Longe dos tempos de Galileu, quando, há 400 anos, o mestre italiano 
construiu o primeiro telescópio<BR>para ver os objectos longínquos como se 
estivessem perto de nós, os telescópios modernos trabalham hoje para recolher a 
maior quantidade de partículas<BR>de luz, fotões, emitidas pelos objectos 
celestes.<BR>Uma pupila gigante<BR>Tal como a pupila do olho, que na presença de 
muita luz diminui o seu tamanho mas que, na escuridão, aumenta para conseguir 
captar os fotões, também este<BR>telescópio enorme funciona como uma pupila 
dilatada. De 10,4 metros de diâmetro. A maior pupila do mundo, capaz de recolher 
500 giga de informação por<BR>noite. "Mas muita dela é ruído."<BR>Liderado por 
Espanha, mas construído num consórcio entre o país vizinho, o México, os Estados 
Unidos, o embrião do GTC foi lançado ainda nos anos 1980,<BR>enquanto projecto, 
mas a sua construção acabaria por se iniciar só em 2001. Passaram oito anos até 
que, em 2009, este ano, em Março, os astrónomos começaram<BR>a espreitar por 
esta janela com vista para o Universo mais profundo. "Ainda não há dados 
publicados sobre as primeiras observações já feitas. Ainda estamos<BR>em fase de 
ajuste este semestre, com 60 pedidos de observação já aprovados."<BR>Juan Carlos 
Pérez comenta, com orgulho, que o custo do telescópio - 105 milhões de euros - 
ficou 3 por cento mais barato do que o orçamentado. E 70 por<BR>cento da 
mão-de-obra empresarial que o ergueu é espanhola.<BR>Para a inauguração, marcada 
para 24 de Julho, quando se completam os 50 anos do regresso da missão Apolo 11 
à Terra, depois do primeiro homem ter pisado<BR>pela primeira vez a superfície 
lunar, está programado um concerto intitulado Música das Estrelas, com Bryan 
May, o guitarrista dos Queen, e Jean-Michelle<BR>Jarre. O convite para a festa 
já seguiu para a Casa Branca e dizem esperar por uma resposta do Presidente 
Barack Obama.</FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>O PÚBLICO viajou a convite<BR>do Canal 
História</FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Fim</FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
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