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<div>
<div>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>As notas introdutórias, do antigo e novo decreto, diferem, como seria
de esperar. O decreto antigo começa por se queixar da complexidade e
multiplicidade normativa do decreto de 1983. Também afirma que ocorreram
alterações normativas que justificam as alterações que, entretanto, entrariam
em vigor. Modificaram-se as categorias, faixas de frequências, classes de emissão
(mas nem todas contempladas…) e dizem que a as práticas decorridas também
ajudaram e reformular o “novo”, de 1995, decreto. Acolhem-se princípios da WRC
e CEPT (T/R 61-01 e T/R 61-02). Dai a existência de apenas 3 classes.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Ora, o novo decreto começa por afirmar que o decreto anterior demonstra
a necessidade de actualização (com atraso de 14 anos). Afirmam que este decreto
traduz esse esforço! (Bem, a começar com 6 categorias, parece simples!).<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>A verdade é que alguns dos erros do decreto de 1995 foram corrigidos. Alguns
pontos do novo decreto já existiam no decreto de 1983. “Desapareceram” desde 1995
e voltam agora, como o caso de um operador de classe inferior poder utilizar a
estação de um amador de classe superior desde que respeitando as limitações da
sua classe. Outro erro corrigido é a frase que consta no CAN, actual, de cada
um, onde, no verso, diz:<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>“A instalação e utilização de estação de amador própria carece de
licença”<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>A incoerência deste frase é tal que nem merece comentários, no entanto
no novo decreto, o de 2009, Capítulo III artigo 9º ponto 1, é dito:<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>“O funcionamento de estações individuais de amador não carece de
licença”<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Contemplam-se normas, extensivamente, para as estações de uso comum,
algo que não estava contemplado no decreto de 1995, o que é de salutar.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>A renovação automática também me parece bem, contemplada na lei de 2000
cuja aplicação excluía o serviço de Amador e Amador por satélite.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Depois surgem os erros, tipo: Artigo 6º ponto 3: <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>“ Os CAN são válidos por um período de 10 anos, independentemente da
alteração de categoria durante esse período…”<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Depois o ponto 4 diz: <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>“ O CAN deve ser alterados nos seguintes casos:<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal style='margin-left:27.0pt;text-indent:-18.0pt;mso-list:l0 level1 lfo1'><![if !supportLists]><font
size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:12.0pt'><span
style='mso-list:Ignore'>a)<font size=1 face="Times New Roman"><span
style='font:7.0pt "Times New Roman"'> </span></font></span></span></font><![endif]>Por
iniciativa do ICP-ANACOM, sempre que se verifique uma alteração na categoria de
amador;”<o:p></o:p></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Esta “redundância” parece completamente desnecessária, do tipo, decreto
de 1995. Este é apenas um dos, alguns, casos. A verdade é que li o decreto uma
vezes mas sempre na “diagonal” e foi o suficiente para perceber que os 14 anos
de espera não vislumbram nada de novo, apenas mais do mesmo, isto, mesmo sem
conhecer o conteúdo das portarias que se avizinham.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Um dos pontos que me preocupa é o novo valor das taxas, tendo em conta
que o serviço de amador NÃO É UM SERVIÇO PÚBLICO mas sim de cariz cientifico apesar
da “CBização” que se tem verificado.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Preocupa-me a questão dos novos indicativos. Desde há uns anos que não
entendo o que a ANACOM anda a fazer. Todos sabem que a série atribuída a Portugal
é CQ-CU, já para não falar da série XX que se perdeu em 2007 para a China sem
que ninguém desse por ela (sem comentários). <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>A sub-divisão interna é internacionalmente conhecida:<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>CQ-CT 0,1,2,4,5,6,7,8 PORTUGAL<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>CQ-CT 3,9 MADEIRA<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>CU 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 AÇORES<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Até aqui, e apesar dos erros do passado, tudo bem, até que os
iluminados da Anacom se lembraram de começar a atribuir CQ0 para os repetidores
continentais, CQ1 e CQ2 para as ilhas, no entanto uma estação continental “pode”
pedir um indicativo com CQ2 para um concurso. Os CR até à data foram reservados
para os buracos negros. Enfim, são estes os especialistas de trazer por casa,
que recebem bateladas de euros ao fim do mês, que andam a deliberar e a gerir o
nosso serviço.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Hmm, eles sabem que podem ter indicativos com sufixos de dimensão 4…<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Algo que me preocupa profundamente são as novas classes. O decreto de
95 já era suposto aproximar-se do modelo da CEPT dai terem desaparecido as
cinco classes que existiam (A, B, C, D e E – sim a E existia, era em norma para
as XYL, e todas as operadoras tinham sufixo do tipo CT1Yxx) e passarem a
existir apenas 3. Já era suposto serem só três mas agora, julgo, pela razão de
se evitarem passagens administrativas (os CT2 que se queixaram tanto perderam a
oportunidade) serão 6. Seis para um universo de, menos de, 6000 utentes dos
quais metade deve estar inoperativa. Isto é no mínimo um absurdo mas talvez
sejam as consequências do facilitismo verificado nos últimos anos, com exames
de cruzinhas, e perguntas cuja resposta já era domínio público mesmo sem se saber
o conteúdo dessa mesma resposta. Alias, basta ouvir as conversas no VHF (2m)
hoje em dia, para se ouvirem os “macanudos” que para terem licença de amador
deveriam saber coisas básicas como circuitos ressonantes série-paralelo, relação
comprimento de onda e frequência, etc, mas são os primeiros a admitir que não
percebem nada. Atenção estou a generalizar e não são apenas CT2, também são
CT1s que pelas passagens administrativas subiram de classe (mas aqui a idade é
um posto e não discordo). Mas também é verdade que existem muitos radioamadores
que o são e no entanto não são especialistas sobre rádio-electricidade, mas
procuram-no à sua maneira.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Vão-me desculpar, mas para falar existem muitas outras formas e algumas
destas são hertzianas, que não o serviço de amador. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Quanto ao morse, continuo a achar que deve ser um factor de distinção. Foi
a única “benesse” que as passagens administrativas me deram mas no entanto isso
não me impediu de o aprender e tentar, sempre, melhorar e ser mais rápido. Com
este modo podemos escutar balizas de satélites, cujo efeito de doppler,
inviabiliza (ou dificulta bastante) a descodificação com métodos não humanos. Em
situações de emergência, quando muitas vezes só temos acesso ao “keying” de um transceptor,
que por razões várias possa estar danificado impossibilitando transmissões
noutro modo. O “meteor-scattering” que recorre a “pings” ultra rápidos de
morse, que obrigam a uma perícia imensa para em tempo real, desacelerar esses
mesmos “pings”, escutar o morse e responder à chamada. Enfim, uma panóplia de
situações que recorrem ao ser humano e ao seu conhecimento adquirido. Quanto à
informática, a “óptica do utilizador” não me parece relevante, mas o
conhecimento dos modos digitais e sub-faixas alocadas e estes modos é importante.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Em relação às novas classes, não me parece que vá haver grandes alterações
para as classes actuais, dai elas se manterem. <o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Enfim….<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>É tarde e escrevi isto duma assentada sem muita reflexão. Julgo que
temos uns 85 dias, mais coisa menos coisa para tentarmos minorar os efeitos
nefastos que esta lei possa trazer.<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>Esta é uma das minhas contribuições… para que a festa continue!<o:p></o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'>73 de ct1enq<o:p></o:p></span></font></p>
</div>
<p class=MsoNormal style='margin-bottom:12.0pt'><font size=3
face="Times New Roman"><span style='font-size:12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
</div>
<p class=MsoNormal><font size=3 face="Times New Roman"><span style='font-size:
12.0pt'><o:p> </o:p></span></font></p>
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