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<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Caros amigos, nos 
ultimos tempos tenho colaborado com alguns grupos parlamentares na tentativa de 
ajudar a resolver alguns casos permentes&nbsp;no dominio da proteção e segurança 
dos cidadãos. Neste contexto trago até vós um texto de opinião amplamente 
difundido pelos partidos com assento parlamentar na Assembleia da Républica, 
resultando este texto da minha opinião, bem como da maioria dos elementos da 
associação que tenho a honra de presidir.</SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></SPAN>&nbsp;</P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Tenho ao longo de 
muitos anos criticado a forma como o sistema de proteção civil se dotou de 
recursos de radiocomunicações, tendo mesmo chegado a afirmar que era o cúmulo da 
ignorância em proteção civil, a recorrente aquisição de sistemas desconexos e 
incompatíveis, que faziam de bons sistemas, sistemas tidos por obsoletos, quando 
na realidade são eficientes. Porém os portugueses sabem hoje que por de trás 
destas operações estão "negociatas" e que a mudança de sistema raramente se 
prende com a argumentação apresentada, mas sim com aquela que o grupo 
interessado no negócio vende ao adquirente e ao país.</SPAN></P>
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style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"><SPAN></SPAN></SPAN>&nbsp;</P>
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style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">O sistema TETRA da 
MOTOROLA que constitui o SIRESP, não é mais de que um telefone celular 
profissional. Tal como um telefone celular este equipamento "SIRESP" pode 
conectar-se à internet, pode ser programado on-line, pode estabelecer 
comunicações de grupo, e disponibiliza ligeiramente mais potência de áudio que 
um telefone celular comum, o que mesmo assim se revela insuficiente para os 
agentes de proteção civil a operar no terreno. Tal como um telefone celular o 
rádio "SIRESP" conecta-se a uma estação retransmissora, que por sua vez está 
interligada por linha telefónica da PT a outra estação retransmissora, ou seja 
em caso de abalo sísmico será uma das primeiras redes a deixar de funcionar, 
visto que as redes da VODAFONE, OPTIMUS, e TMN, possuem algumas redundâncias 
rádio, bem como baterias na fonte de alimentação que suportam o sistema a 
funcionar durante algumas horas em caso de falha de energia.</SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></SPAN>&nbsp;</P>
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style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">No caso de agentes 
de proteção civil como os Bombeiros, Cruz Vermelha Portuguesa, a hoje Autoridade 
Nacional de Proteção Civil, Forças Policiais e outras, o curso histórico das 
radiocomunicações ficou marcado por diversas incongruências que em muito 
condicionam a proficiência dos sistemas. Todos estes agentes começaram por usar 
a célebre banda do cidadão (C.B.) tendo posteriormente uns evoluído para a banda 
alta de VHF, outros para a banda média de VHF, outros para a banda baixa de VHF 
e por fim outros para UHF, ou seja cada um para uma banda o que impossibilitava 
a ligação entre si e forçava então a que a ligação fosse feita com recursos à 
rede fixa da então Companhia de Telefones de Lisboa e Porto (T.L.P.) entre 
outras. Com o aparecimento da telefonia celular em Portugal na década de noventa 
esta ligação entre agentes passou a ser efetuada por "telemóvel", face às 
limitações dos sistemas de cada agente decorrentes de falta de manutenção ou 
evolução na dimensão dos sistemas por forma a suprir as necessidades de 
ampliação decorrentes do aumento de tráfego, no entanto é preciso dizer ao país 
que estas redes sempre estiveram subaproveitadas, por causa de receios 
decorrentes de condicionamentos regulamentares quanto ao seu uso. Assim e já no 
final da década de noventa, alguns agentes iludidos por uma falsa privacidade, e 
cobertura anunciada pelos operadores de Trunking, adquiriram terminais de 
ligação a esta rede móvel de recursos partilhados que tal como o SIRESP não 
serve as necessidades dos agentes de proteção civil, porque não dispõe de 
prioridade, porque a cobertura é limitada, e porque não garante os modos de 
operação próprios de uma rede de emergência.</SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"><SPAN>&nbsp;</SPAN>Alheios 
às potencialidades do sistema convencional (porque assim interessava aos 
operadores privados de comunicações publicas) os agentes de proteção civil foram 
então procurando soluções alternativas sob a ilusão de que estavam a rumar em 
direção ao avanço tecnológico, quando de facto a tecnologia era a mesma mas com 
funcionalidades diferentes e diferentes opções.</SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></SPAN>&nbsp;</P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Outro aspeto a 
considerar é que com exceção da ligação à internet, os sistemas utilizados nas 
diversas bandas do espetro radioelétrico também disponibiliza todas as outras 
funções que o SIRESP disponibiliza, incluindo a multi-operabilidade por 
multiplexagem do canal e aqui estamos já a falar de redes digitais nas bandas 
anteriormente usadas e que alguém considera estarem superlotadas, o que é falso, 
pois a superlotação das bandas deixou de existir quando os operadores das redes 
de telefonia celular passaram no inicio desta década a oferecer produtos e 
serviços acessíveis a qualquer empresa ou particular. Podemos ainda dizer que a 
atual rede de proteção civil em banda alta tem um aproveitamento de cerca de 
20%, decorrente da incapacidade da ANPC gerir adequadamente a rede pela via da 
formação dos agentes interlocutores. </SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></SPAN>&nbsp;</P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Outra das lacunas 
das radiocomunicações em em especial no que respeita à intervenção em graves 
acidentes ou mesmo numa catástrofe é o facto dos diferentes agentes falarem 
"línguas" diferentes. Em meu entender a solução passa por criar organismos 
especializados na formação em radiocomunicações, com programas de formação 
aprovados pelos diferentes ministérios da tutela e que comportem especialistas 
das áreas: militar, aeronáutica civil, marinha, e proteção civil. Desta forma 
podem ser estabelecidos programas de formação que visem preparar os formandos 
para a interoperabilidade das redes, para que num qualquer teatro de operações 
todos os agentes independentemente das fardas que envergam, se compreendam, 
deixando assim de co-existir a barreira linguística operativa.</SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></SPAN>&nbsp;</P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Em suma e em meu 
entender a solução ideal passaria por devolver à Sociedade Lusa de Negócios o 
sistema TETRA, sob a alegação de ineficiência, qualidade de áudio deplorável e 
inaplicabilidade para emergência e catástrofe. De seguida com a verba arrecadada 
o estado português complementaria a rede de banda alta de VHF a ser distribuída 
e interligada com outras redes de outros agentes, conferindo à rede 
características próprias da necessidade de cada agente nas suas comunicações 
internas, e de que é exemplo a necessidade de confidencialidade, bem como poria 
a funcionar a funcionalidade de transmissão de dados que embora exista na 
maioria dos equipamentos convencionais, nunca foi convenientemente explorada, ou 
seja a sua exploração nunca ultrapassou 4% das suas verdadeiras potencialidades 
Paralelamente e reconhecendo a necessidade de por um lado existir uma rede 
estratégica e por outro uma rede de catástrofe, seriam distribuídos a todos os 
agentes de proteção civil e entidades com fins de apoio à emergência, segurança, 
socorro, e solidariedade, equipamentos de HF (High Frequency) também conhecidos 
por "equipamentos de onda curta" para que caso tudo falhe (incluindo os 
satélites) a capacidade de comunicação está assegurada ao nível estratégico, 
tático, e até de informação. Complementarmente como rede de recurso e não como 
rede prioritária, uma rede de telefones de satélite, sabendo-se que em caso de 
incidente continental ou global este sistema está condicionado à vontade 
política dos países detentores das constelações de satélites. </SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></SPAN>&nbsp;</P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Para terminar 
gostaria de denunciar o facto de em Portugal existirem dois especialistas em 
radiocomunicações internacionais de emergência e catástrofe, porém apesar destes 
serem reconhecidos internacionalmente, e como tal e outros países aproveitarem o 
seu saber, a ANPC ou o Governo nunca os chamou a dar a sua opinião sobre 
sistemas de comunicação, em minha convicção porque o que está em causa são 
outros valores que não os da eficiência dos sistemas e defesa dos interesses do 
povo português.</SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></SPAN>&nbsp;</P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Senhor Presidente da 
ANPC, Senhoras e Senhores Governantes: De nada adianta a um país da nossa 
dimensão possuir uma rede digital multiplexada que aumenta o número de vias de 
comunicação, quando a capacidade de recursos humanos para receção nas centrais 
de emergência e despacho ficam aquém das vias de comunicação possíveis de 
disponibilizar numa rede convencional, reforçada com aplicações de transmissão 
de dados. Temos hoje equipamentos capazes de assegurar simultaneamente a fonia 
em modo convencional e a transmissão de dados (grafia) em modo digital. TETRA 
não é solução é negociata, ter o TETRA ou o Telemóvel no SIRESP é o mesmo e no 
caso do segundo a rede garante melhor qualidade de áudio e melhor cobertura 
podendo semente servir de rede auxiliar de recurso.</SPAN></P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana"></SPAN>&nbsp;</P>
<P 
style="TEXT-JUSTIFY: inter-ideograph; MARGIN: 0cm 0cm 0pt; TEXT-ALIGN: justify"><SPAN 
style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Verdana">Texto de acordo com 
o novo acordo ortográfico.</SPAN></P></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Melhores cumprimentos, </FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>João Paulo Saraiva Amaral 
Encarnação&nbsp;&nbsp;&nbsp; 
<BR>_____________________________________________<BR>Grupo de Resgate e 
Emergência da:<BR>SUSF-SOCORRISTAS UNIDOS SEM FRONTEIRAS<BR>Associação de 
Proteção Civil</FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>&nbsp;</FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Rua Mouzinho de Albuquerque nº 1 - Tercena<BR>Fixo 
934 802 919<BR>Fax 214 160 602<BR>Mobile 92 666 999 3<BR><A 
href="http://www.susf.pt">www.susf.pt</A></FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>&nbsp;</FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>Para mudar o futuro, só é preciso mudar o presente. 
Invista na Segurança do Planeta. Reduza o consumo de papel. </FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=Arial size=2>&nbsp;</FONT></DIV>
<DIV>&nbsp;</DIV>
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<BR></FONT></DIV></BODY></HTML>