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Caro Paulo:<br>
Porque será que todos (ou quase) temos as mesmas opiniões, sentimos
necessidade de união e depois na pratica a coisa vai ficando para
depois???<br>
O Colóquio de Almeirim foi há dois anos. As conclusões tiradas
continuam válidas porque será que se limitamos a constatar os factos??<br>
Assumo que tenho alguma responsabilidade no assunto. Ajudei a programar
e realizar esse encontro. Foram muitos dias de trabalho na sombra para
que tudo corresse bem. Sabe como foi difícil juntar quase todas as
Associações que conheço e são muito menos do que 260. Sabe tão bem ou
melhor do que eu como foi <small>difícil</small> levar a REP ao
colóquio. Faltou trabalho seguinte que não competindo só à ARR deveria
ter sido feito.<br>
Ainda estamos a tempo e desta discussão pode nascer a luz... <br>
Mais importante do que discutir se tenho mais ou menos sócios será
decerto saber se tenho mais ou menos vontade de fazer algo para mudar a
situação.<br>
Pela minha parte ofereço desde já o apoio logístico do Ribatejo para a
realização dum encontro Associativo.<br>
E quanto aos porcos, que assamos no Ribatejo, são duma produção
demasiado asseada para ser comparada a outras pecuárias....<br>
Cumprimentos,<br>
<br>
<br>
CT1BYK, Victor Gomes<br>
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Paulo Calvo escreveu:
<blockquote cite="mid:485FE0D2.6050504@arrl.net" type="cite">Boa tarde,
<br>
<br>
Agora que a discussão se tornou séria vou acrescentar mais algumas
ideias:
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- As Associações que funcionam geralmente:
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estão próximas dos sócios, tanto geográfica como socialmente.
<br>
as decisões são tomadas por consenso alargado.
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a transparência é lei.
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têm objectivos definidos.
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existem porque têm razões para existir.
<br>
o número de sócios cresce ou mantém-se estavel.
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<br>
- As associações que vegetam:
<br>
não envolvem os sócios nas decisões.
<br>
não têm objectivos definidos.
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são geridas por poucos nas costas de muitos.
<br>
o número de sócios decresce regularmente.
<br>
estão longe dos sócios.
<br>
<br>
Claro que me preocupa a situação actual especialmente a representação
da classe junto das organizações nacionais e estrangeiras.
<br>
Não podemos ignorar a decadência da Associação que pretensamente nos
representa a nível internacional e não podemos também ignorar a
pulverização de associações a nível nacional.
<br>
Se as associações locais existem é porque funcionam, caso contrário
desapareceriam.
<br>
Não acredito numa mega-associação que absorva as associações locais já
que os centros de decisão seriam deslocados.
<br>
O modelo espanhol poderia ser interessante, mas acho que já é tarde
para isso.
<br>
Resta o modelo federativo. Desta forma as associações manteriam os seus
objectivos, autonomia e vantagens. Todos ganharíamos com isso.
<br>
<br>
A análise feita no Congresso de Almeirim é válida e é cada vez mais
urgente agir.
<br>
<br>
Agora crucifiquem-me,
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73
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Paulo Calvo, CT1IDW
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Mariano Gonçalves escreveu:
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<blockquote type="cite">Caro Vítor Gomes, CT1BYK,
<br>
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Primeiro que tudo, gostei de o conhecer pessoalmente.
<br>
<br>
Em seguida, gostei da sua sátira, aflora questões estruturantes e de
princípio, brincando com tristes realidades, sem maldade. Uma censura
jocosa que brincou com assuntos preocupantes, e que nos deveriam
remeter a uma profunda reflexão colectiva, social e cívica também, caso
não existissem por detrás dessas outras realidades, outros interesses e
motivos obscuros que ao longo destes últimos 35 anos, nos jogaram para
as raias da indiferença e da mediocridade crescente, desacreditando o
próprio Radioamadorismo e o seu movimento associativo.
<br>
<br>
<br>
<br>
Como sabe daquilo que tivemos ocasião de conversar, defendo o
pluralismo associativo, como fonte de diversidade cívica e cultural.
Isso é a base de qualquer Estado de Direito e de uma Nação estruturada.
Só nas repúblicas de bananas existem a coisa do partido e governo
único. A nossa própria Constituição prova o contrário, nós é que não a
sabemos observar e fazer cumprir.
<br>
<br>
<br>
<br>
Uma associação, tal como a generalidade das empresas, podem ter início
em «vão de escada» tudo tem um começo, um meio e um fim, e nesse
trajecto, com trabalho e competência, muitas coisas boas podem crescer
e evoluir. Infelizmente, muitos organismos e projectos associativos
ligados ao radioamadorismo, não se souberam actualizar nos últimos 85
anos (em Portugal, na Europa e resto do mundo), alguns estão colocados
no topo de uma escadaria, ali encalharam, e dali não conseguem
progredir, perdendo ano após ano, participação associativa e
representatividade, por mera incapacidade de adaptação e progresso.
<br>
<br>
<br>
<br>
Portugal, quer no continente quer nas regiões autónomas, necessita
imenso desse movimento cívico, da cidadania que só o movimento
associativo pode conferir, dos cidadãos para os cidadãos.
<br>
<br>
É tempo das comunidades manifestarem da sua capacidade criativa,
tornando-se mais activas e interventoras, orientadoras dos seus
próprios destinos comuns.
<br>
<br>
<br>
<br>
Fazia mais de 33 anos, que eu não me reunia com colegas amadores da
Rádio, revivi velhas amizades de mais de 40 anos, ali conheci novos
colegas, que me suscitaram interesse, talvez tenha feito novos amigos.
<br>
<br>
<br>
<br>
Se não fossem essas iniciativas de socialização e difusão cultural, que
nos comprovam da disciplinaridade e das competências do amador da
rádio, nada mais aconteceria para além do autismo daqueles que apenas
se motivam e fazem CQDX (a maioria dos quais, não está por direito
próprio e constitucional, sequer filiado em nenhum organismo), sendo o
radioamadorismo como ali se viu, bem mais plural e multidisciplinar do
que apenas isso, daquilo quem tem por fim (legítimo) uma actividade que
apenas resulta no acto individual da colecção de um troféu, da compra
de um diploma ou troca de um QSL.
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<br>
<br>
<br>
Mas a Rádio e as Radiocomunicações comportam em si mesmas essa eterna
dicotomia, os que apenas falam, e dos outros, que fazem e reparam esses
meios radioeléctricos.
<br>
<br>
Na radiodifusão existem os locutores e os técnicos, no serviço militar
(para quem foi das transmissões) existem dois ramos, os
rádio-operadores e os rádio-montadores, aqui é o mesmo, isso é salutar
e prova cada vez mais do imensa diversidade com que se reveste o
próprio Radioamadorismo, onde há lugar para todos.
<br>
<br>
<br>
<br>
Tudo isso, encontro de gerações, de culturas, temáticas e disciplinas
do Radioamadorismo, resultaram neste dia, graças ao esforço e empenho
dos directores da ARLA, que por acaso, virtude do trabalho desenvolvido
e sustentado, até detém uma imensa sede social.
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Um abraço,
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Mariano, CT1XI
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----- Original Message ----- From: <a class="moz-txt-link-rfc2396E" href="mailto:ct1byk@sapo.pt"><ct1byk@sapo.pt></a>
<br>
To: "Resumo Noticioso Electrónico ARLA"
<a class="moz-txt-link-rfc2396E" href="mailto:cluster@radio-amador.net"><cluster@radio-amador.net></a>
<br>
Sent: Monday, June 23, 2008 2:45 PM
<br>
Subject: Re: ARLA/CLUSTER: O Pão e aPromoção...
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Cheguei a estar preocupado.......
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Quando enviei o texto anterior ainda tive duvidas se ele seria bem
<br>
interpretado pelos "clientes" do cluster.
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Agora não tenho duvidas que antingi o objectivo queria... Brincando
<br>
com coisas serias podemos sempre indignar-nos com criticas infundadas
<br>
e fundamentalistas...
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Parabens ao CT1IDW que acrescentou mais uma serie de criticas a essas
<br>
desestabilizadoras da paz Radioamadoristica...
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73,
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CT1BYK, Victor Gomes - Secretario da ARR e quem sabe se candidatoa
Presidente
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CLUSTER mailing list
<br>
<a class="moz-txt-link-abbreviated" href="mailto:CLUSTER@radio-amador.net">CLUSTER@radio-amador.net</a>
<br>
<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster">http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster</a>
<br>
</blockquote>
<br>
<br>
<pre wrap="">
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_______________________________________________
CLUSTER mailing list
<a class="moz-txt-link-abbreviated" href="mailto:CLUSTER@radio-amador.net">CLUSTER@radio-amador.net</a>
<a class="moz-txt-link-freetext" href="http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster">http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster</a>
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