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<P><FONT face=Verdana>A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) 
foi convidade, pela Agência Espacial Europeia (ESA) a desenvolver um CubeSat - 
satélite de dimensões reduzidas e padronizadas. A primeira parte do trabalho já 
foi realizada e a proposta tecnológica aguarda, agora, a revisão dos 
especialistas da ESA para dar seguimento ao trabalho.<BR><BR>O desenvolvimento 
do CubeSat da FEUP, que já foi baptizado de VORSat, está nas mãos de um grupo de 
20 alunos de diversas áreas da engenharia, até porque, como afirmou Marinho 
Duarte, um dos elementos do grupo, a ciência aeroespacial reúne diversas 
ciências e diferentes áreas da engenharia.<BR><BR>Embora os CubeSat não sejam 
uma inovação, Portugal era dos poucos países que não tinha representação na ESA 
a esse nível. Mas essa situação será agora alterada e até poderá abrir novas 
portas A FEUP poderá vir a ser uma equipa da ESA e não ter apenas colaborações 
formais, salientou Mariana Sousa, outra das alunas envolvidas no 
projecto.<BR><BR>Os CubeSat são satélites de órbita baixa, de dimensões 
padronizadas de 10x10x10 centímetros e um quilo de peso. São lançados aquando os 
grandes satélites, com funções práticas específicas. Existem com diferentes 
valias científicas (payloads), desde seguir as aves migratórias, a tirar 
fotografias ou avaliar novos materiais no espaço, disse Marinho Duarte, outro 
elemento do grupo.<BR><BR>A nossa proposta é conseguir determinar a orientação 
do CubeSat em relação à terra. Partimos do sistema VOR, existente nos aviões e 
nos aeroportos, que lhes permite saber qual a sua posição relativa. Queremos 
fazer o mesmo, mas para perceber como se movimenta o satélite, numa primeira 
fase, porque depois poderá passar para algo mais vasto, que permita alterar e 
modificar os seus movimentos, daí o nome VORSat, adiantou Mariana 
Sousa.<BR><BR>Para conseguir essas informações, o satélite enviará sinais e a 
sua avaliação irá determinar a sua orientação. Para tal, é também necessária uma 
estação terrestre, que está a ser montada na FEUP. E para não limitar a 
avaliação do comportamento do satélite unicamente quando ele passar por cima da 
cidade do Porto, a futura estação da FEUP está já inscrita na GENSO, uma rede de 
estações de rastreamento de satélites.<BR><BR>Esta é a proposta inicial do grupo 
de trabalho, que quer acrescentar mais-valias científicas ao projecto, estando, 
por isso, "aberta a quem quiser efectuar testes científicos no espaço". Por 
enquanto, tem-se limitado à FEUP e a "um contacto com a TAP, que utiliza 
satélites grandes para orientação dos aviões, o que implica custos mais elevados 
do que utilização de um CubeSat", sublinhou Eduardo Sá. Dependendo dos 
lançamentos da ESA, o VORSat poderá ser colocado em órbita dentro de dois 
anos.<BR><BR>Fonte: Lusa </FONT></P></BODY></HTML>