25 watts chegam muito longe se o emissor estiver bem colocado. Lembro-me da minha experiencia no ramo, quando colaborei da fundação de uma radio local em Castelo Branco, e que começou a transmitir com 20 watts e um dipolo vertical num tubo galvanizado de 6m, numa casota no castelo de castelo Branco. e em dias de boa propagação cheguei a escuta-la na 2ª circular em Lisboa.
<br><br>73 CT4RK<br><br><div><span class="gmail_quote">Em 06/11/07, <b class="gmail_sendername">João Gonçalves Costa</b> &lt;<a href="mailto:joao.a.costa@ctt.pt">joao.a.costa@ctt.pt</a>&gt; escreveu:</span><blockquote class="gmail_quote" style="border-left: 1px solid rgb(204, 204, 204); margin: 0pt 0pt 0pt 0.8ex; padding-left: 1ex;">
Prezados Colegas,<br><br>Muitos de nós estivemos na década de 80 e 90 do século passado ligados directa ou indirectamente á criação e principalmente, instalação técnica e manutenção, de diversas emissoras locais, isto é, totalmente clandestinas e &quot;piratas&quot;. Relembro a minha revolta quando a emissora local da AFRTS - American Forces Rádio and Television Service em Oeiras na frequência de 88,4 MHz foi a primeira a ser licenciada em Portugal como estação local.
<br><br>Com a liberalização do espectro e a atribuição de licenças ás rádios locais este movimento desapareceu, ou talvez não.<br><br>Bem, o ponto crucial é que a maioria das actuais estações locais são de caris comercial ou então ligadas a movimentos religiosos, quando não indirectamente a forças económicas e politicas ao nível autárquico.
<br><br>Nesta área, poderíamos citar inúmeros maus exemplos, mas a verdade é que muitos de nós já nos apercebemos que existe um grande deficit democrático, onde muitos não nos sentimos minimamente representados, quando não marginalizadas neste Mundo comercial ou semi-comercial onde ao que parece prevalece um pensamento único e formatado.
<br><br>Assim, as chamadas rádios livres, alternativas e comunitárias estão a renascer um pouco por todo o Mundo reivindicando um espaço e uma voz que não se sente minimamente representada no panorama actual massificado.<br>
<br>Historicamente, o conceito de rádio pirata nasceu na Inglaterra. No final da década de 50 algumas emissoras foram montadas e transmitiam a partir de barcos ancorados no alto mar para &quot;furar&quot; a legislação. Uma das emissoras mais emblemáticas dessa época foi a Rádio Caroline, criada para combater o monopólio da estatal BBC e veicular o emergente &quot;rock and roll&quot;. Alias, as circunstancias politicas do seu encerramento, apreensão e desmantelamento é ainda um tema bastante polémico.
<br><br>Na Itália, esse tipo de rádio teve um outro perfil, mais politizado. É nesse país que nasce o conceito de rádio livre. Faziam muito jornalismo, veiculavam programas de debates. Eram ligadas a grupos de base, minorias e marginalizados. Também na Itália, as rádios livres foram criadas para combater outro monopólio, desta feita o da RAI.
<br><br>Mesmo nos EUA, que aparentemente possui a legislação mais liberal no sector de comunicações, rádios livres ocupam espaços no ar desde a década de 20 e tem um pequeno segmento onde podem operar na Banda.<br><br>As actuais Rádios Livres funcionam em sistema de autogestão, em que não há hierarquia entre os participantes. As decisões a serem tomadas precisam ser discutidas pelo colectivo e ninguém pode falar pelo grupo. A programação é heterogénea, reflectindo as características do colectivo gestor. Só existem restrições à difusão de propagandas. De resto, tudo o que se quiser falar ao microfone pôde ser dito. Economicamente sobrevivem dos donativos colectivos e é estritamente proibido a publicidade e qualquer das forma de carácter comercial. Não pagam qualquer licença ou concessão. Tecnicamente caracterizam-se por um raio de acção muito pequeno entre 1 a 12 km e uma potência máxima inferior a 25 Watts.
<br><br>Actualmente, em todo o Mundo, este movimento está a expandir-se, apoiadas por algumas recomendações politicas dos Fóruns Sociais Mundiais, sendo no entanto na maioria dos países, totalmente ilegais. Na Europa já tem alguma consistência, no entanto, a nível politico e social tem uma grande força na América Latina. Em Espanha existem cerca de 150 estações deste género, emitindo diariamente ou ao fim-de-semana, sendo minimamente toleradas desde que não provoquem interferências ás concessionadas ou a outros serviços radioeléctricos. Em Portugal, começam a aparecer, principalmente em Lisboa e Porto mas ainda são muito reduzidas em numero e com emissões muito esporadicas no tempo.
<br><br>João Costa<br>CT1FBF<br><br>Bibiografia: &quot;Rádios Livres, O Outro Lado da Voz do Brasil&quot;&nbsp;&nbsp;e programa Radio-Enlace da Radio Nederland dedicado ao tema das Radios Livres, Alternativas e Comunitárias e ao seu renascimento na Europa.
<br><br>_______________________________________________<br>CLUSTER mailing list<br><a href="mailto:CLUSTER@radio-amador.net">CLUSTER@radio-amador.net</a><br><a href="http://radio-amador.net/cgi-bin/mailman/listinfo/cluster">
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<br><br>-----------------------------------------------------------<br>Este e-mail destina-se a fornecer informações de utilidade para os destinatarios referidos, e não poderá ser considerado SPAM.<br>Se não desejar receber mais informações deste emissor, responda a este mail com -REMOVER- no campo &quot;ASSUNTO&quot;, ou bloqueando o emissor deste mail, nas suas configurações de privacidade.
<br>Esta mensagem está de acordo com a legislação Europeia sobre o envio<br>de mensagens (Directiva 2000/31/CE do Parlamento Europeu; Relatório<br>A5-0270/2001 do Parlamento Europeu).