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<TABLE width=653 border=0>
<TBODY>
<TR>
<TD class=perfil width=458>
<DIV align=left><SPAN class=BigTitle><STRONG>Afinal, o que esse D-Star tem
de tão interessante?<BR></STRONG></SPAN>Por PY2JF - João Roberto S. G.
Ferreira</DIV></TD>
<TD vAlign=baseline width=44>
<DIV align=left> </DIV></TD></TR>
<TR>
<TD class=perfil colSpan=2>
<DIV align=left>18/07/2007</DIV></TD></TR>
<TR>
<TD colSpan=2>
<P class=BigTitle align=left> </P>
<P class=BigTitle align=left>Não há dúvida que D-Star é o assunto do
momento, pois tenho ouvido pelos diretos, por algumas repetidoras e até
mesmo recebi três ligações hoje de radioamadores que eu não tinha notícia
há tempos querendo saber mais sobre isso. Todos parecem demonstrar
interesse. Só para terem uma idéia, o <A
href="http://www.papotech.com.br/forumcram">Fórum do CRAM</A> tem apenas
24 horas de vida enquanto escrevo este, mas já são mais de 17
radioamadores registrados e mais de 37 mensagens trocadas. Adivinhem qual
tópico é o mais visto? Adivinhou! D-Star. Foram mais de 60 exibições desse
tópico em 24 horas de um fórum recém nascido! <BR><BR>Bom, já sabemos que
todos estão curiosos sobre o assunto. Mas afinal, o que esse tal de D-Star
tem de tão interessante assim? É o que vamos ver agora. Vou tentar mostrar
aqui o que ele nos oferece e vocês decidem no final se ele realmente
merece essa atenção toda. </P>
<P class=texto align=left>Até então eu só havia postado artigos sobre a
parte teórica, mas agora vamos falar da prática. Vamos começar pelo modo
de transmissão: </P>
<P class=MainTitle align=left><STRONG>Modo DV - Digital Voice - Voz
Digital </STRONG></P>
<P class=texto align=left>Um rádio D-Star pode tanto operar em modo
analógico (o FM que usamos hoje) como em modo DV, que é o modo digital.
Neste último, sua transmissão só será compreendida se recebida por outro
rádio que opere no sistema D-Star. Os rádios que temos hoje podem até
sintonizar uma transmissão DV, mas só ouviremos ruídos. Veja o exemplo:
</P>
<P class=texto align=left><A class="MainTitle style44"
href="http://www.papotech.com.br/cram/images/dstartx.wav"><FONT
color=#009900>Clique aqui para ouvir uma transmissão DV em um rádio não
D-Star</FONT></A> <FONT face=Arial>( <A
href="http://www.papotech.com.br/cram/images/dstartx.wav">http://www.papotech.com.br/cram/images/dstartx.wav</A> )
</FONT></P>
<P class=texto align=left>Todos sabem da excelente qualidade de áudio de
uma transmissão em modo FM quando o sinal é limpo e livre de ruídos. Pois
bem, uma transmissão em modo DV não é melhor que uma transmissão de FM
nestas condições, mas também não fica muito atrás. Ela lembra um pouco o
áudio de uma ligação de telefone celular melhorado. Isso se deve ao fato
de que a transmissão DV é resultado de uma conversão do áudio analógico
para o modo digital feita por um CODEC (circuito integrado conversor de
analógico/digital) numa taxa relativamente baixa. </P>
<P class=texto align=justify>Todos sabem que um CD é um áudio analógico
digitalizado e tem um som excelente. Então por que o DV do D-Star não pode
ter essa mesma qualidade de áudio? Simples. Por causa de algo chamado
largura de banda. Para termos uma qualidade de áudio alta, a transmissão
tem que ocupar um espaço maior no espectro de rádio freqüência. Uma
transmissão de FM estéreo de uma rádio broadcast ocupa 100 kHz, por essa
razão, tem excelente qualidade de áudio com respostas em freqüência de 30
Hz a 15 kHz. Já uma transmissão de rádio amador em FM ocupa apenas 10 kHz.
Por isso nosso áudio não é tão bom quanto o da rádio FM, mas é bom o
suficiente para nos comunicarmos com clareza e não ocupar muito um
espectro tão concorrido. </P>
<P class=texto align=justify>Os criadores do D-Star levaram em
consideração a escassez do espectro e resolveram usar uma taxa de
amostragem mais baixa para a conversão do áudio, perdendo um pouco em
qualidade, mas ganhando em eficiência. Uma transmissão em VHF deveria
ocupar apenas 10 kHz, mas na realidade usa mais que isso, pois tanto uma
freqüência acima quanto uma abaixo são comprometidas. O espaço de 20 kHz
necessários hoje para que uma repetidora analógica não interfira na outra
poderia acomodar três repetidoras D-Star. Uma transmissão D-Star ocupa tão
menos banda, que poderia ficar entre uma repetidora analógica e outra,
funcionando pacificamente com elas como mostra a ilustração abaixo: </P>
<P class=texto align=center><IMG height=112
src="http://www.papotech.com.br/cram/images/dstar_spectro.jpg" width=301
border=1></P>
<P class=texto align=center><IMG height=300
src="http://www.papotech.com.br/cram/images/dstarwidth.jpg" width=450
border=1><BR>Transmissão D-Star em UHF mostrada num analisador e espectro
(Foto NU5D) </P>
<P class=texto align=justify>Outra coisa interessante no modo DV é que ele
é livre de ruídos. Digital é assim, ou é tudo ou é nada. Ou tem sinal e é
perfeito ou não tem sinal. Se uma estação D-Star está à 500m da repetidora
e outra está a 50 km, o áudio é exatamente o mesmo. Você não saberá dizer
quem está perto e quem está longe, ambos serão claros e livres de ruídos.
Quando uma estação D-Star móvel está saindo da área de cobertura da
repetidora e está a ponto de não ser mais ouvida, o áudio começa a sofrer
cortes e soar meio metalizado, como uma ligação de celular ruim, mais
ainda assim livre de ruídos, até que finalmente ele desaparece. </P>
<P class=texto align=justify>Uma comparação feita com uma estação
transmitindo em modo digital já no limiar da cobertura da repetidora pode
ser ouvida claramente, isso graças ao algoritmo de correção de erros do
protocolo D-Star, mas ao mudar para o modo FM, percebemos que fica quase
incompreensível. Veja o exemplo: </P>
<P class=texto align=center><A class="MainTitle style44"
href="http://www.papotech.com.br/cram/images/dstarweak.mp3"><FONT
color=#009900>Clique aqui para ouvir uma transmissão DV no limiar do
ruído</FONT></A><FONT face=Arial>( <A
href="http://www.papotech.com.br/cram/images/dstarweak.mp3">http://www.papotech.com.br/cram/images/dstarweak.mp3</A> )</FONT></P>
<P class=texto align=justify>Incrível não mesmo? Segundo radioamadores
americanos, após alguns dias operando no sistema D-Star, você achará
inaceitável estações ruidosas do modo FM. A propósito, modo DV não tem
ruído de squelch fechando. </P>
<P class=MainTitle align=justify><STRONG>Área de cobertura do modo FM
comparado ao modo DV </STRONG></P>
<P class=texto align=justify>Há controvérsias sobre esse assunto ainda.
Segundo respostas que obtive de dois grupos de radioamadores americanos
que se utilizam do sistema, a cobertura fica assim: </P>
<P class=texto align=justify><STRONG>Grupo 1 </STRONG>) A cobertura é por
volta de 25% maior que a do modo analógico porque o digital, quando a
analógico já está no meio do ruído, ainda consegue passar com áudio
perfeito por causa da correção de erros do protocolo. O digital é sempre
com áudio limpo e sem ruídos, e quando não está mais na área de cobertura
desaparece de uma vez. <BR><BR><STRONG>Grupo 2) </STRONG>O digital oferece
uma cobertura próxima a 95% do analógico. Tomemos como exemplo uma
repetidora que cubra uma área de 100 km. No digital você vai perder
contato a 95 km dela, já no analógico você terá um áudio bem ruidoso por
mais uns 5 a 9 km. Você ainda consegue operar em D-Star com o S - meter em
modo analógico marcando entre S1 e apenas a luz do busy acesa, enquanto no
modo analógico vai d a luz de busy a ruído. Resumindo: A cobertura do
D-Star é um pouco menor, mas o áudio é 100% até o último km. </P>
<P class=texto align=justify>Bom, assim que nossa repetidora estiver no ar
e após algumas semanas de teste, descreverei o que descobrir sobre esse
aspecto. </P>
<P class=MainTitle align=justify><STRONG>Acesso a Repetidora </STRONG></P>
<P class=texto align=justify>Uma repetidora D-Star só retransmite um sinal
que tenha um endereço de origem e destino. Neste caso o endereço seria o
indicativo do radioamador. Portanto antes de acionar uma repetidora, você
precisa configurar algumas informações na memória de seu rádio para poder
transmitir. Nas repetidoras atuais, você só precisa saber a freqüência, o
offset e eventualmente o subtom. Já numa D-Star, além da freqüência e
offset, você precisa saber algumas configurações a mais como indicativo e
portas. Normalmente essas configurações serão divulgadas pelos
mantenedores da repetidora para que você consiga operá-la. </P>
<P class=texto align=justify>Veja que interessante. Imagine que eu, PY2JF,
queira chamar um colega pela repetidora. Escolhendo numa lista de
indicativos que eu tenha antecipadamente memorizado em meu rádio, eu
escolho o PULWR. Eu apenas aperto o PTT e um pacote de dados contendo como
destinatário o PU2LWR é enviado para a repetidora. Ela, por sua vez,
retransmite esse pacote até o rádio do destinatário. Se o rádio estiver
ligado, ele dará um alerta e o PU2LWR vai ver no display de seu rádio que
sou eu quem o está chamando. Daí ele simplesmente aperta o PTT e começamos
o contato através da repetidora. </P>
<P class=texto align=justify>Claro que eu poderia simplesmente selecionar
o prefixo dele e chamar como costumamos fazer nas repetidoras hoje, mas
para que ficar chamando e incomodando quem está na escuta com repetidas
chamadas, e às vezes em vão.</P>
<P class=texto align=justify>Espera aí! Se eu preciso colocar o indicativo
de destino, quer dizer que não poderei mais chamar qualquer um que esteja
na escuta para um bate papo? Claro que pode! Basta selecionar o indicativo
CQCQCQ, vai aparecer no rádio de todos os que estiverem na escuta, e
poderá falar com quem responder. E também se fizer a chamada por voz na
repetidora, todos ouvirão. Inclusive, qualquer comunicado que houver na
repetidora será ouvido por todos que estiverem sintonizados nela. O
indicativo só é necessário se você quiser utilizá-la. O monitoramento dos
comunicados na repetidora é livre, como nas atuais. </P>
<P class=texto align=justify>Veja outra coisa interessante. Imagine que
eu, PY2JF, estou batendo papo com o PU2LWR e com o PU2LAA. Este último me
pede o número do meu telefone. Eu, por razões próprias, não gostaria de
divulgá-lo na freqüência. Eu simplesmente escrevo uma mensagem de texto,
como se fosse um SMS no celular (torpedo), pelo teclado do meu rádio, e
envio com destino ao PU2LAA. Pronto! Ele recebe em seu display o número
diretamente e os outros que por ventura estejam ouvindo nem saberão que
isso ocorreu. O modo DV permite voz e dados simultaneamente. Não importa
que alguém está falando no momento, você pode trocar mensagens
simultaneamente com a voz. </P>
<P class=texto align=justify>Outra coisa interessante é que através destas
mensagens podemos controlar equipamentos em casa através da repetidora
apenas tendo o rádio conectado à uma interface para esse fim. Todo rádio
D-Star tem uma saída de dados que pode ser ligada a um PC ou qualquer
outro dispositivo. Já criaram uma interface que você liga um teclado de PC
para ficar trocando mensagem no modo DV. </P>
<P class=MainTitle align=justify><STRONG>Gateway D-Star </STRONG></P>
<P class=texto align=justify>Você já está gostando do sistema D-Star?
Espere até conhecer mais esse recurso. Uma repetidora D-Star pode
funcionar como uma repetidora normal ou como uma repetidora Gateway
(portal). A controladora da repetidora D-Star tem uma entrada Ethernet que
pode ser conectada a Internet (exige IP fixo). Uma vez conectada a
Internet, ela fará parte da rede mundial D-Star. </P>
<P class=texto align=justify>Imagine a seguinte situação: O PU2LWR quer
falar com o PU2LAA. Ele seleciona o indicativo dele e aperta o PTT para
enviar a chamada. Ocorre que o PU2LAA não está na cidade. Por acaso ele
está em outra cidade, mas dentro da área de cobertura de outra repetidora
D-Star que também é Gateway. Vai aparecer no display do PU2LAA que o
PU2LWR está chamando. Ele responde e pronto! Estarão se comunicando como
se estivessem na mesma repetidora e com a mesma qualidade de áudio! A
repetidora D-Star faz uma busca na rede D-Star e pergunta se aquele
indicativo está disponível em alguma delas. Ou seja, a repetidora D-Star
faz um tipo de <EM>roaming </EM>, como faz o celular para encontrar um
usuário fora de sua área. Não importa onde o PU2LAA estivesse, poderia ser
em Las Vegas nos EUA ou em Londres na Inglaterra. Trocar mensagens também
funciona entre repetidoras. </P>
<P class=texto align=justify>Vale lembrar que as repetidoras D-Star também
podem ser conectadas ao <A href="http://www.echolink.org/">Echolink</A> e
<A href="http://www.irlp.net/">IRLP</A>. </P>
<P class=texto align=justify>Ah! Quase estava me esquecendo! Se a
repetidora D-Star está conectada a Internet, e os rádios D-Star podem
transmitir dados, será que eu poderia usar um notebook conectado na saída
de dados do rádio e no móvel ou em local remoto acessar a Internet? Claro!
Se o mantenedor da repetidora liberar o uso, você vai poder ler e-mails e
muito mais utilizando seu rádio. O único inconveniente é que para VHF e
UHF, a velocidade de transferência é de apenas 1200 bps. Embora suficiente
para e-mails de textos e troca de mensagens, não será eficiente para
navegação na web. Já a repetidora de 1.2GHz, que por acaso adquirimos
também, tem capacidade para transmissão de banda larga a 128kbs. Nada mal
para navegar do carro heim! Mas isso fica para outro artigo. </P>
<P class=MainTitle align=justify>Monitoramento (Log) </P>
<P class=texto align=justify>O sistema D-Star, através da controladora da
repetidora, permite que um PC rodando Linux seja conectado a ela para
rodar aplicativos variados. Um deles, que já temos em mãos, faz todo o log
de utilização da repetidora. O mantenedor pode disponibilizar na web um
endereço onde qualquer um poderá ver quem, quando e de onde, esta
utilizando a repetidora. Com esse aplicativo e mais alguns que por questão
de segurança não divulgaremos, garantiremos um ambiente cordial e
respeitoso, que um dia já foi marca registrada do radioamador.</P>
<P class=texto align=center><A class="MainTitle style44"
href="http://www.d-starusers.org/index.php?option=com_wrapper&Itemid=2"
target=_blank><FONT color=#009900>Veja exemplo de log de
uso</FONT></A></P>
<P class=texto align=center><FONT face=Arial>( <A
href="http://www.d-starusers.org/index.php?option=com_wrapper&Itemid=2">http://www.d-starusers.org/index.php?option=com_wrapper&Itemid=2</A> )</FONT></P>
<P class=texto align=justify>Para finalizar, eu estou testando o <A
href="http://www.papotech.com.br/cram/dstar_ic91a_ic91ad.htm"
target=_blank>HT D-Star IC-91AD da Icom</A>. Ainda não tive tempo de ver
tudo que ele faz, mas sei que se alguém me chamar e eu não estiver por
perto, ele tem caixa postal (voice mail) para gravar recados. Claro que só
no modo DV. Bacana não? </P>
<P class=texto align=justify>Bom, acho que já deu para dar uma idéia de
quão interessante é essa nova modalidade. Tem muito mais! Eu ainda não sei
nem 30% do que pode-se fazer com esse D-Star. Mas prometo que assim que
descobrir mais compartilharei com todos. </P>
<P class=texto align=justify>E aí? O tal D-Star merece mesmo toda essa
atenção? Entre no <A href="http://www.papotech.com.br/forumcram">Fórum do
CRAM</A> e compartilhe sua opinião conosco. Poste suas perguntas sobre o
sistema que eu e os outros integrantes da equipe de implantação do sistema
teremos a maior prazer em responder.</P>
<P class=texto align=justify><FONT face=Arial>Veja também os seguintes
tópicos:</FONT></P>
<P class=texto align=justify><FONT color=#009900><FONT
color=#000000><STRONG>- Como tudo começou</STRONG></FONT> ( <A
href="http://www.papotech.com.br/cram/dstar_inicio.htm"><FONT
color=#0000ff>http://www.papotech.com.br/cram/dstar_inicio.htm</FONT></A> )</FONT></P>
<P class=texto align=justify><FONT color=#009900><FONT
color=#000000><STRONG>- Agenda do Projeto</STRONG></FONT> ( <A
href="http://www.papotech.com.br/cram/dstar_agenda.htm"><FONT
color=#0000ff>http://www.papotech.com.br/cram/dstar_agenda.htm</FONT></A> )</FONT></P>
<P class=texto align=justify><STRONG>Mais informações de muito Interesse
sobre o D-Star </STRONG> <STRONG>no site do CRAM - Clube dos
Radioamadores de Americana em <A
href="http://www.papotech.com.br/cram/dstar.htm"><FONT
color=#0000ff>http://www.papotech.com.br/cram/dstar.htm</FONT></A></STRONG></P></TD></TR></TBODY></TABLE></BODY></HTML>