ARLA/CLUSTER: Off Topic: A vacina para o novo coronavírus, é já considerado o maior projeto científico da história da humanidade até hoje.

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Quarta-Feira, 13 de Maio de 2020 - 15:04:00 WEST


A corrida da vacina: De guerra fria á competição do bem

Tem espionagem, invasão cibernética, disputa entre Estados Unidos e
China, mas também uma torrente de dólares e de colaboração para mover
pesquisas sem precedentes.

Por Vilma Gryzinski - 12 maio 2020, 05h14


Nunca tantos dependeram tanto de tão poucos. Ou nem tão poucos assim:
a busca pela vacina para o novo coronavírus, única forma de sairmos
consistentemente do pesadelo, é o maior projeto científico da história
da humanidade.

Dos mais modestos aos mais exuberantes, todos os centros de pesquisa
do planeta estão na corrida.

Um número, entre tantos, dá uma ideia da mobilização. Está chegando a
catorze mil a quantidade de trabalhos científicos publicados desde o
começo do ano sobre todos os aspectos da pandemia. São quatro vezes
mais do que os demais estudos voltados para todas as doenças humanas.

A rede de colaboração não tem precedentes, mas o nível de disputa
entre Estados Unidos e China também está atingindo níveis
fervilhantes.

No round mais recente, os Estados Unidos acusam a China de mobilizar
seus “espiões e hackers mais capacitados para roubar” as pesquisas
americanas, segundo descreveu o New York Times.

É claro que as agências americanas de inteligência e guerra
cibernética não ficam de braços cruzados, só observando os ataques.

Nesse sentido, a corrida pela vacina, tão aberta entre os adeptos da
ciência colaborativa, também é travada no silêncio virtual da guerra
cibernética.

Na China, cujo regime tem interesse máximo em limpar a barra depois de
vários episódios suspeitos de ocultação no início da epidemia, o
comando das pesquisas sobre a vacina para o novo vírus é do exército.

Mais especificamente, o Exército de Libertação do Povo, designação que
remete à revolução comunista e abrange todas as forças armadas.
Verticalíssimo, portanto.

Para queimar etapas e dar um sentindo conjunto às pesquisas, o governo
americano criou um projeto com nome de filme, Operação Warp Speed.

É o nome do mesmo recurso usado, com liberdade ficcional, em Guerra
nas Estrelas para designar as viagens acima da velocidade da luz,
conhecidíssimo por nerds de todas as galáxias, embora impossível para
a física teórica.

Na atribulada vida real do momento, a ideia é acelerar e
horizontalizar não só as pesquisas, mas também os processos de
produção, permitindo o desenvolvimento simultâneo de vários projetos.

O que for dando certo, continua. O que não der, vai sendo descartado.

Já foram identificados 14 projetos considerados viáveis, entre os 93
iniciais tocados por 80 indústrias farmacêuticas.

Desses, seis ou oito estão passando em questão de semanas para a fase
seguinte, com a perspectiva de que três ou quatro cheguem à fase
final, no fim do ano ou em janeiro próximo.

Seria um feito completamente excepcional e contrário ao conhecimento
já adquirido sobre as pesquisas sobre vacinas.



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