ARLA/CLUSTER: “Galinha dos ovos de ouro” de 400€ para 20 000€. Especulação imobiliária já chegou às Aldeias do Xisto
João Costa > CT1FBF
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Terça-Feira, 3 de Março de 2020 - 17:03:08 WET
“Galinha dos ovos de ouro”. Especulação imobiliária já chegou às
Aldeias do Xisto
Por ZAP -2 Março, 2020
As Aldeias do Xisto, localizadas na região centro, já foram atingidas
pela especulação imobiliária, revela uma reportagem do semanário
Expresso.
Ao todo, a Rede das Aldeias do Xisto integra 27 aldeias de 16
concelhos distribuídos entre Castelo Branco e Coimbra, cujos
territórios são essencialmente constituídos por xisto.
De acordo com o jornal, esta zona da região centro, que abriga uma
série de casas e aldeias esquecidas, está também a sofrer com a
especulação imobiliária que se vai sentido um pouco por todo o país.
Uma casa de uma única assoalhada e a precisar de recuperação, em
Martim Branco, pode atingir os 69 mil euros.
Esta aldeia, integrada na Rede das Aldeias de Xisto, pertence ao
concelho de Castelo Branco, que tem já em curso uma bolsa imobiliária
que tem como objetivo travar a escalada de preços e conseguir novos
moradores para a região.
Mas o semanário Expresso apresenta outros casos, dando conta que a
subida de preço atinge as próprias ruínas: na aldeia de Casal de
Simão, “duas ruínas de pedra de xisto estão à venda por 31 mil euros”;
ao lado, em Ferraria de São João, uma casa de duas assoalhadas custa
82 mil euros e em Proença-a-Nova, em Alvito da Beira, há quem peça
“122 mil euros por uma casa rural em pedra de xisto”.
Na Lousã, outro exemplo elencado, há uma moradia a rondar os 300 mil euros.
“Muitos dos moradores nas Aldeias do Xisto convenceram-se de que ter
um monte de ruínas pode ser uma galinha dos ovos de ouro e o que
antes custava 300 ou 400 euros hoje pode facilmente chegar aos 20 mil,
e é apenas um amontoado de pedras”, disse ao jornal Joana Pereira,
empresária de turismo em Figueira, no concelho de Proença-a-Nova.
Joana Pereira dirige também a Agência para o Desenvolvimento das
Aldeias do Xisto (ADXTUR), que espera que o programa “permita colocar
no mercado os imóveis pelo valor certo, controlando a escalada dos
preços e promovendo uma efetiva reabilitação”.
ZAP //
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