RE: ARLA/CLUSTER: Baterias de lítio flexíveis e virtualmente indescritíveis, mas ainda com reduzidos ciclos de carga e descarga
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amarques guiatel.net
Segunda-Feira, 20 de Janeiro de 2020 - 14:34:35 WET
…virtualmente indescritÃveis por serem virtualmente … indestrutÃveis …
Et voilÃ
73
CT1RH-Afonso Marques
De: cluster-bounces radio-amador.net <cluster-bounces radio-amador.net> Em Nome De João Costa > CT1FBF
Enviada: 20 de janeiro de 2020 13:59
Para: Cluster-ARLA <cluster radio-amador.net>
Assunto: ARLA/CLUSTER: Baterias de lÃtio flexÃveis e virtualmente indescritÃveis, mas ainda com reduzidos ciclos de carga e descarga
António Gregório <ct5ghu> domingo, 19/01/2020 à (s) 20:37:
Temos assistido a uma evolução tÃmida das tecnologias das baterias de
lÃtio. As atuais baterias deste tipo têm a sua densidade energética
cada vez mais elevada, assim como os custos cada vez mais
competitivos. Contudo, há um aspeto que ainda não foi totalmente
resolvido e que está relacionado com a segurança. Desse modo, alguns
setores, como a aviação, têm vindo a atrasar a aplicação deste tipo de
baterias.
O calcanhar de Aquiles das baterias de lÃtio poderá ter sido
resolvido. A novidade chega-nos pela mão de um grupo de investigadores
da prestigiada Universidade Johns Hopkins.
O grupo de cientistas da JHUAPL tem vindo a trabalhar numa nova célula
de lÃtio. Então, as investigações feitas nos últimos 5 anos têm
demonstrado uma resistência aos diferentes testes a que esta célula
tem sido submetida.
O resultado, que foi mostrado pela primeira vez em 2017, revela uma
bateria que pode ser cortada, dobrada e molhado sem afetar o seu
desempenho.
No final de 2019, os últimos avanços permitiram mesmo um maior
desenvolvimento, tornando estas baterias imunes ao fogo. Assim, com a
melhoria de fatores como a tensão para os nÃveis das baterias
comerciais, permitiu-lhes dar um enorme salto em frente na sua
comercialização.
O segredo para fazer uma bateria indestrutÃvel resume-se ao
eletrólito, o componente quÃmico que separa as pontas positivas e
negativas de uma bateria. A maioria dos eletrólitos de lÃtio
comerciais são uma mistura de sais de lÃtio inflamáveis e lÃquidos.
Uma combinação perigosa. Se a barreira permeável que separa o cátodo
do ânodo falhar, é produzido um curto-circuito e muito calor. Quando
todo este calor atinge um material altamente inflamável como o
eletrólito de lÃtio e o cátodo rico em oxigénio, o risco de incêndio
aumenta.
Explicaram os responsáveis do projeto, apresentado pela equipa.
Para a equipa da Johns Hopkins, o seu novo desenvolvimento evita estes
problemas através da utilização de um eletrólito à base de água, e
portanto, não inflamável e não tóxico. Apesar de ser uma tecnologia
que existe há 25 anos, até agora tinha limitado as suas aplicações
devido à sua baixa tensão.
Para resolver esta limitação, a equipa descobriu que, aumentando a
concentração de sais de lÃtio e misturando o eletrólito com um
polÃmero, poderiam aumentar a tensão elétrica dos apenas 1,2 volts
atuais para 4 volts, o que é comparável aos números de uma célula de
lÃtio comercial.
Assim que a equipa montou um ânodo e um cátodo comercialmente
disponÃveis com este novo eletrólito aquoso, foram capazes de criar
uma bateria de lÃtio diferente de qualquer coisa jamais vista antes. É
transparente e flexÃvel como uma lente de contacto, não tóxica e não
inflamável, e pode ser fabricada e operada no exterior sem caixa.
O mais interessante de tudo é que esta bateria pode suportar
praticamente qualquer situação, seja impacto, quebra, incêndio… algo
que lhe dá um enorme potencial para uso em veÃculos terrestres, bem
como aplicações mais extremas, como navios ou aviões. Foram mesmo
realizados testes em vÃdeo para demonstrar o enorme potencial do seu
desenvolvimento.
Os testes mostraram que esta bateria pode agora adotar outras formas.
Isto porque estas são células podem até ser dobradas. Nesse sentido,
ao nÃvel comercial permitirá tirar o máximo proveito das baterias.
Além disso, o preço pode ser mais baixo, já que com esta
revolucionária descoberta, ficam dispensados alguns dos elementos de
segurança que protegem a embalagem em caso de impacto. Como resultado,
iremos ter baterias mais leves, menos volumosas, com outras formas e
mais baratas.
O melhor de tudo, a equipa indicou que este não é um projeto futuro.
Estão já a trabalhar com alguns dos principais fabricantes para testar
estas células em condições reais. Além das enormes vantagens do
produto em si, é referido que para entrar em produção, as unidades de
fabrico existentes não precisarão ser alteradas. Algo que permitirá a
aceleração de uma produção que eles esperam iniciar em dois anos.
Assim, o espaço temporal até o produto aparecer no mercado dará tempo
para de resolver os últimos desafios que esta tecnologia enfrenta, que
tem nos ciclos de carga e descarga a sua limitação atual. O facto é
que uma bateria média pode manter o seu desempenho sem muita variação
por pelo menos 1000 ciclos, enquanto estas ainda não conseguem ir além
de 100 ciclos. Uma limitação que tem de ser resolvida nestes dois
próximos anos.
-------------- próxima parte ----------
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