ARLA/CLUSTER: Jovem astrônomo amador brasileiro ganha bolsa da Planetary Society para caçar asteroides perigosos

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 6 de Janeiro de 2020 - 22:47:02 WET


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Observatório Campo dos Amarais, em Bilac (SP), receberá nova montagem para
seu telescópio com recursos da ONG americana. (Crédito: Leonardo Amaral)
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Salvador Nogueira

Enquanto na astronomia profissional os pesquisadores seguem lutando contra
a crise de financiamento da ciência brasileira, dos EUA vêm boas notícias
para a astronomia amadora nacional. Dentre os seis selecionados  para a
bolsa Shoemaker NEO de 2019, gerenciada pela ONG Planetary Society, um é
brasileiro.

O astrônomo amador Leonardo Amaral receberá US$ 8.443 (aproximadamente R$
34,2 mil) para investir em uma nova montagem para seu telescópio X74, no
Observatório Campo dos Amarais (OCA), em Bilac (SP).

As bolsas são voltadas para a pesquisa de objetos próximos à Terra (NEOs,
na sigla inglesa), asteroides ou cometas que podem em algum momento futuro
ser uma ameaça ao nosso planeta. No caso de Amaral, o novo investimento
permitirá maior estabilidade do telescópio, o que viabilizará maior tempo
de exposição de câmera (que permite detectar objetos menos brilhantes),
além de melhoria na capacidade de acompanhamento.

“A localização do OCA torna-o particularmente importante por sua visão do
céu do hemisfério Sul onde poucos telescópios estão posicionados para
buscar regularmente observações de asteroides próximos à Terraâ€, disse em
nota a Planetary Society, destacando o trabalho de Amaral. “O OCA até mesmo
descobriu três NEOs – todos no extremo sul celeste – que não foram
encontrados pelos maiores telescópios focados na busca por asteroides.
O astrônomo amador Leonardo Amaral. (Crédito: Leonardo Amaral)

Amaral, que também é um dos membros da Bramon (rede brasileira que estuda e
monitora chuvas de meteoros), tem se dedicado à busca e ao acompanhamento
de objetos próximos à Terra, produzindo resultados de destaque. No Brasil,
há também de se mencionar o trabalho realizado pelo Sonear, em Oliveira
(MG), coordenado por Cristóvão Jacques, João Ribeiro de Barros e Eduardo
Pimentel.

Por sinal, Jacques foi o segundo brasileiro a conquistar a bolsa NEO
Shoemaker, em 2000. O primeiro havia sido Paulo Holvorcem, em 1998. Amaral
é o terceiro, em 2019.

“O X74 é meu observatório de busca de NEOs, que está terminando o ano
dentro dos top 10 do mundoâ€, disse Amaral ao Mensageiro Sideral. “Receber a
bolsa é um ótimo reconhecimento de que estamos fazendo um bom trabalho.â€

Não é moleza conduzir essas pesquisas com recursos próprios, o que dá à
palavra “amador†um significado muito profundo; a qualidade do trabalho é
profissional, mas tudo é feito por amor, sem compensação financeira.

“A pesquisa amadora é muito difícil. Além de consumir muito tempo e
esforço, adquirir e manter com recursos próprios os equipamentos
necessários é uma tarefa árduaâ€, diz Amaral. “Um prêmio como a bolsa
Shoemaker NEO possibilita que astrônomos amadores tenham acesso a esses
equipamentos e possam assim contribuir com a busca, o acompanhamento e
caracterização de asteroides.â€

Graças à dedicação de pesquisadores apaixonados e determinados como esses,
o Brasil vai se tornando uma referência importante na descoberta e no
acompanhamento de asteroides ameaçadores à Terra. O que é uma boa notícia
para o mundo inteiro, já que o hemisfério Sul ainda carece muito de
projetos de observação sistemática em busca desses perigosos objetos.

A bolsa Shoemaker NEO, da Planetary Society, existe desde 1997 e já
selecionou 62 projetos, com investimento total de US$ 440 mil, destinados a
todas as partes do mundo. A ONG, fundada em 1980 por Carl Sagan, Louis
Friedman e Bruce Murray, é mantida com recursos dos associados, sem verbas
governamentais.

Fonte: Mensageiro Sideral no Facebook
<http://www.facebook.com/mensageirosideral>, no Twitter
<http://twitter.com/salnog> e no YouTube
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