ARLA/CLUSTER: Para professor de Harvard, sinais captados no Canadá podem ser de alienígenas.

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 13 de Fevereiro de 2020 - 22:10:29 WET


Por Juliana Blume, hypescience.com

Desde o dia 16 de setembro de 2018 pesquisadores do Experimento Canadense
de Mapeamento de Intensidade do Hidrogênio (CHIME) têm captado sinais
periódicos de Rajadas Rápidas de Rádio (em inglês: FRB), sinais brilhantes
com milissegundos de duração e origem extragaláctica.

Até então essas explosões FRB eram captadas esporadicamente e sem padrão
regular, mas desde 2018 uma periodicidade de 16,3 dias tem sido detectada,
sendo que cada sinal tem fase de quatro dias.

Detalhes dessas captações foram publicadas no arXiv, arquivo para preprints
eletrônicos de artigos científicos.

28 sinais de 500 milhões de anos-luz

O radiotelescópio canadense, localizado na província de British Columbia,
captou 28 explosões em 13 meses, e o sinal parece vir de uma galáxia
chamada SDSS J015800.28+654253.0, que fica a meio bilhão de anos-luz da
Terra.

O que os pesquisadores ainda não sabem é o que está gerando esses sinais. É
possível que a fonte do FRB esteja orbitando um objeto compacto como um
buraco negro, mas ela também pode ser integrante de um sistema binário que
contém uma estrela massiva e uma estrela de nêutron.

Outro cenário é que o ritmo da FRB não esteja sofrendo interferência de
outro objeto, mas que esteja enviando pulsos diretamente da fonte.

Tentativa de comunicação?

O coordenador do departamento de astronomia da Universidade de Harvard, Avi
Loeb, acredita que esses sinais podem ter sido gerados por estrelas de
nêutrons chamadas magnetars, mas que ainda não podemos descartar a
possibilidade de que isso seja uma tentativa de comunicação.

“No momento não temos evidência que indica claramente a natureza dos FRBs.
Então todas as possibilidades devem ser consideradas, incluindo uma origem
artificialâ€, afirmou ele em e-mail para o portal Futurism.

Caso isso realmente seja um sinal enviado propositalmente, seria necessário
um gigantesco projeto de engenharia, muito mais avançado do que temos
atualmente. “O maior desafio técnico é a grande energia que o raio de rádio
precisa carregar.

Os FRB têm intrigado cientistas há mais de uma década, e novas estruturas
como do CHIME estão trazendo maiores detalhes sobre esses fenômenos
estranhos. A periodicidade dos sinais é uma pista valiosa para ser seguida
pelos cientistas.

Fontes: [arXiv, Vice, Futurism]
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