ARLA/CLUSTER: NASA repara remotamente a sonda Voyager 2 a 18,5 bilhões de quilômetros de distância da Terra.
João Costa > CT1FBF
ct1fbf gmail.com
Terça-Feira, 11 de Fevereiro de 2020 - 07:00:10 WET
Por Liliane Jochelavicius, hypescience.com
A NASA restaurou a Voyager 2 com o uso de engenharia de forma remota.
Atualmente ela está a, aproximadamente, 18,5 bilhões de quilômetros de
distância da Terra. A sonda ficou on-line novamente e retoma a missão de
coletar dados cientÃficos no sistema solar e espaço interestelar. O anúncio
da volta às atividades foi feito também na conta do Twitter da Voyager.
As sondas Voyager 1 e 2 foram lançadas em 1977. Elas colaboraram para mudar
nosso entendimento do Sistema Solar e mais recentemente do espaço além
dele. De acordo com declaração da NASA, atualizada no dia 5 deste mês, a
sonda voltou a coletar informações e a equipe de cientistas avaliava o
estado dos instrumentos.
O reparo da Voyager é complexo, uma vez que são necessárias 17 horas para
fazer a comunicação entre Terra e Voyager 2. Por isso, uma confirmação de
comando enviado à sonda leva 34 horas. A sonda é o objeto mais distante no
espaço, feito por seres humanos.
Falha
No dia 25 de janeiro a NASA informou que a sonda havia desligado de forma
inesperada. A situação ocorreu pouco antes de uma manobra agendada, na qual
a nave gira 360 graus para calibrar um dos instrumentos de bordo.
A demora na execução da manobra deixou dois sistemas, que consomem muita
energia, em execução simultaneamente. Provavelmente, foi ativado um
software de proteção porque a sonda estava consumindo muita energia. Quando
ocorreu excessivo uso de energia, aparentemente, o software da Voyager
desligou os instrumentos cientÃficos para economizar seu suprimento.
No entanto, a NASA não confirmou que tenha, de fato, sido essa a causa do
problema. Ela falou que as rotinas de proteção contra falhas foram
acionadas. De acordo com a agência, as sondas Voyager 1 e 2 contam com
diversas dessas rotinas, para tomar ações automáticas de proteção em casos
nos quais há risco de danos. A expectativa é de que a Voyager permaneça em
operação por mais cinco anos.
Os cientistas haviam desligado um dos sistemas de grande consumo de energia
e religado os instrumentos cientÃficos no dia 28 de janeiro, mas eles ainda
não tinham voltado a coletar dados.
Fontes: [NASA, Inverse, Twitter]
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