ARLA/CLUSTER: Pela primeira vez, uma nave espacial “ressuscitou” um satélite morto em órbita geoestacionária.

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 22 de Abril de 2020 - 15:02:57 WEST


Por
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*Pela primeira vez, uma nave espacial conseguiu “ressuscitar†um satélite
de comunicações antigo que tinha deixado de funcionar em órbita
geoestacionária.*

Na sexta-feira passada, a *Northrop Grumman*, uma multinacional
norte-americana que atua no ramo da indústria aeroespacial e defesa,
anunciou, em comunicado
<https://news.northropgrumman.com/news/releases/intelsat-901-satellite-returns-to-service-using-northrop-grummans-mission-extension-vehicle>,
que o seu *Mission Extension Vehicle-1* (MEV1) *restaurou o satélite
Intelsat 901* e fez com que este retomasse as operações.

Após o lançamento num foguete Proton em outubro de 2019, o veículo de
manutenção da *Northrop Grumman* usou o seu sistema de acoplamento mecânico
para se juntar ao *Intelsat* 901 a 25 de fevereiro, a uma altitude de 36
mil quilómetros acima da Terra.

O MEV-1 reduziu a inclinação do satélite em 1,6 graus e *realocou-o para um
novo local *orbital, a 332,5° leste. O *Intelsat* transferiu cerca de 30
dos seus clientes comerciais e governamentais para o satélite há duas
semanas. A transição do serviço demorou aproximadamente seis horas e foi
bem-sucedida.

Esta foi a *primeira vez* que duas naves espaciais comerciais atracaram
juntas sem sair da órbita.

Nos próximos cinco anos, a sonda vai continuar a garantir que o satélite
permanece no lugar certo *antes de enviá-lo para a “órbita cemitérioâ€*, que
está localizada tão longe da Terra que qualquer satélite “morto†não
interferirá com os que ainda estão operacionais.

O MEV-1 estará disponível para fornecer serviços adicionais de extensão de
missão, de acordo com a *Northrop*, incluindo elevação de órbita, correções
de inclinação e inspeções.

A *Northrop* já está a *construir um segundo MEV* para atender outro
satélite *Intelsat*, 1002, ainda este ano.

Este marco no serviço de satélites acontece quando tanto a órbita baixa da
Terra como o espaço geoestacionário – onde satélites de comunicação grandes
e caros costumam ser colocados para manter a sua posição no solo – se estão
a tornar mais lotados, explicou a Ars Technica
<https://arstechnica.com/science/2020/04/mission-extension-vehicle-succeeds-returns-aging-satellite-into-service/>
.

A disponibilidade de um serviço como o oferecido pelo MEV-1 permite que os
provedores de satélites *prolonguem a vida útil dos ativos antigos*, mas
também removam aqueles com os quais já perderam o controlo.

Ao encontrar uma nova forma de restaurar e, eventualmente, aposentar
satélites, a técnica poderá ser usada para prevenir e limpar a perigosa
nuvem de lixo espacial em redor da Terra.

Este tipo de serviço é visto na comunidade espacial como importante para
manter a órbita* o mais organizada possível* nas próximas décadas.

Fonte: ZAP //
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