ARLA/CLUSTER: Bruxelas quer aumentar vida útil dos eletrodomésticos, a partir de 2021.

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 2 de Outubro de 2019 - 16:42:20 WEST


Por ZAP -1 Outubro, 2019


A Comissão Europeia adotou terça-feira regras para tornar os
eletrodomésticos mais fáceis de reparar, reciclar, com menos consumo
de energia para prolongar a sua vida útil, apontando poupanças nas
emissões de gases poluentes.

Frigoríficos, máquinas de lavar louça e roupa, televisões e monitores,
fontes de alimentação, motores elétricos, frigoríficos de venda ao
público, transformadores e máquinas de soldar são os produtos que, a
partir de 2021, terão que estar no mercado com as novas regras.

Entre elas, a garantia de haver peças de substituição durante prazos
mínimos de sete a dez anos após a compra, de poderem ser entregues com
rapidez e de poderem ser montadas sem a necessidade de ferramentas
especiais ou sem o risco de danificar o equipamento durante a
reparação.

Os fabricantes terão também que garantir manuais de reparação para
profissionais e para consumidores. No caso de máquinas de lavar e
secar roupa, deverão consumir menos 711 milhões de metros cúbicos por
ano até 2030.

Monique Goyens, diretora da Associação de Consumidores Europeia,
comentou que é essencial abandonar a “cultura do deitar fora”, que
acaba com os recursos naturais e esvazia os bolsos dos consumidores”.

O responsável pela pasta do Emprego, Crescimento, Investimento e
Competitividade europeu, Jyrki Katainen, afirmou que as medidas “podem
poupar aos lares europeus uma média de 150 euros por ano e contribuir
para uma poupança de energia equivalente ao consumo total anual da
Dinamarca em 2030”.

Essa poupança evitará a emissão para atmosfera de 46 milhões de
toneladas de gases como dióxido de carbono, um contributo para “uma
União Europeia completamente descarbonizada em 2050”.

O diretor da associação europeia da indústria dos eletrodomésticos,
Paolo Falcioni, destacou que é preciso que “as autoridades
supervisoras do mercado tenham recursos suficientes e coordenação para
enfrentar novas dificuldades em verificar o cumprimento da lei”.

Estas medidas vêm juntar-se às novas regras adotadas em março deste
ano para as etiquetas de eficiência energética dos produtos, que se
espera consigam até 2020 uma poupança de 150 milhões de toneladas de
petróleo – o equivalente ao consumo de energia primário de Itália – e
de 285 euros por ano aos consumidores.

ZAP // Lusa



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