ARLA/CLUSTER: Furacão Lorenzo está nos Açores e mantém-se na categoria 2. Período crítico até às 10h

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quarta-Feira, 2 de Outubro de 2019 - 06:55:14 WEST


Furacão Lorenzo chegou ao Grupo Ocidental e ainda não baixou de categoria.
Período crítico começou às 05h de Lisboa e vai até às 10h. Proteção Civil
não registou ocorrências importantes.
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Lorenzo ainda está em categoria 2 e já se está a fazer sentir no Grupo
Ocidental

Eumetsat

O furacão Lorenzo chegou ao Grupo Ocidental dos Açores (Flores e Corvo) e
permanece em categoria 2 — ainda não enfraqueceu para a categoria 1, como é
esperado. O ciclone chegou ao Grupo Central (Terceira, Graciosa, São Jorge,
Faial e Pico) a partir das três da manhã, quatro horas em Portugal
Continental. O aviso vermelho meteorológico para vento e agitação marítima
foi acionado.
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O período mais crítico da passagem do furacão Lorenzo pelos Açores
começou entre
as quatro da manhã e vai até às nove da manhã — horas locais —, disse ao
VOST o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O pico de atividade será
às seis da manhã locais, quando o ciclone passar a 100 quilómetros das
Flores, que será a máxima aproximação do olho do furacão às ilhas. Neste
momento está a 135 quilómetros das Flores; e no limiar entre as categorias
1 e 2.

Por enquanto, o presidente da Proteção Civil confirma que não há
ocorrências importantes a registar. A Proteção Civil está a cortar estradas
em todas as ilhas afetadas por Lorenzo, mas apenas por precaução.

Esta é a situação na ilha do Corvo.

Uma atualização do Centro Nacional de Furacões diz que os ventos sopram a
160 km/h e que Lorenzo se movimenta a 65 km/h. Esta é uma imagem do furacão
à 02h40 de Portugal Continental, menos uma hora nos Açores, captada pelo
satélite MSG4. Foi por volta desta hora que os ventos do furacão começaram
a sentir-no no arquipélago.

<https://twitter.com/VOSTPT>
VOST Portugal [image: 🇵🇹]@VOSTPT
<https://twitter.com/VOSTPT>
<https://twitter.com/VOSTPT/status/1179214594872676354>

[image: ℹï¸][image: 🌀] #FMA_Lorenzo
<https://twitter.com/hashtag/FMA_Lorenzo?src=hash>#Lorenzo
<https://twitter.com/hashtag/Lorenzo?src=hash> às 01:40h UTC, pelo satélite
GOES-EAST por @NOAASatellites <https://twitter.com/NOAASatellites>

[image: ℹï¸][image: 🌀]
[image: Imagem de satélite do Lorenzo por NOAA]
<https://twitter.com/VOSTPT/status/1179214594872676354/photo/1>
5 <https://twitter.com/intent/like?tweet_id=1179214594872676354>
03:00 - 2 de out de 2019
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Veja outros Tweets de VOST Portugal [image: 🇵🇹]
<https://twitter.com/VOSTPT>

Em Ponta Ruiva, na freguesia dos Cedros, Santa Cruz das Flores, este é o
cenário.

No Twitter, o Centro Nacional de Furacões — uma agência norte-americana que
monitoriza todos os furacões do Atlântico Norte, mesmo aqueles que não
atingem os Estados Unidos — indicou que os efeitos do furacão Lorenzo estão
a sentir-se não só na costa europeia, como também do outro lado do oceano,
nos EUA, na costa atlântica do Canadá, nas Bahamas e nas Antilhas.

O instituto pediu à população que não se aproxime da costa, já que Lorenzo
está a gerar ondulação que vai produzir “correntes marítimas ameaçadoras
para a vidaâ€.

<https://twitter.com/NHC_Atlantic>
National Hurricane Center
✔@NHC_Atlantic
<https://twitter.com/NHC_Atlantic>
<https://twitter.com/NHC_Atlantic/status/1179132388544274436>

Hurricane #Lorenzo <https://twitter.com/hashtag/Lorenzo?src=hash> Advisory
38: Now available on the NHC website. http://go.usa.gov/W3H
<https://t.co/VqHn0uj6EM>
71 <https://twitter.com/intent/like?tweet_id=1179132388544274436>
21:34 - 1 de out de 2019
<https://twitter.com/NHC_Atlantic/status/1179132388544274436>
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<https://twitter.com/NHC_Atlantic/status/1179132388544274436>

Apesar de perder intensidade, as ilhas estão a preparar-se para o pior e as
escolas e as creches serão encerradas na quarta-feira. Os meios militares
passaram a estar em alerta vermelho a partir da meia-noite desta
quarta-feira, horas locais. Há voos suspensos e os portos vão encerrar esta
noite.

“À partida, o sistema não está habituado a esta escala, mas hoje em dia os
sistemas regionais e nacionais de Proteção Civil são muitíssimos mais
organizadosâ€, explica ao Observador o presidente do IPMA. Jorge Miguel
Miranda tinha referido ao The New York Times
<https://www.nytimes.com/2019/09/30/world/europe/hurricane-lorenzo-path.html?fbclid=IwAR1TYdgRcWG1S8gh3mqNtQ-z_jVZYyBHSOKbTmttKVB8AOpOF-O2IrmNjIg>que
“a maioria das infraestruturas não está preparada para estas condiçõesâ€,
uma vez que este furacão “não é normalâ€. No entanto, acrescenta, a frase
foi mal interpretada e não se trata de preparação das infraestruturas
físicas, mas sim do facto de os Açores — “a ilha, a sua topografia†— não
estarem habituados a este tipo de condições mais extremas.

Entretanto, o primeiro-ministro cancelou as ações da campanha para
acompanhar a situação e determinou que os “serviços desconcentrados da
administração direta e indireta do Estado, situados nos grupos central e
ocidental da Região Autónoma dos Açores†vão ser encerrados durante o dia 2
de outubroâ€.

*[Pode acompanhar a evolução metereológica nos Açores no mapa abaixo]*

Apenas alguns serviços públicos de segurança e defesa, nomeadamente as
Forças Armadas e as forças e serviços de segurança, vão estar operacionais
com escalas a definir pelos ministros de Administração Interna e Defesa, em
colaboração com o Governo Regional dos Açores.

Costa autorizou também “a interrupção da licença de férias e/ou suspensão
de folgas e períodos de descanso†durante o período de ameaça, além de
dispensar os trabalhadores públicos que exerçam a função de bombeiro
voluntário ou prestem cuidados de serviço em situação de emergência como
enfermeiros do INEM e das forças de segurança.

O que está a acontecer e a ser feito?

Os efeitos do furacão estão a ser sentidos em todo o arquipélago, mas com
maior intensidade no grupo Ocidental, que compreende as ilhas das Flores e
do Corvo.

O IPMA previu para o grupo Ocidental “vento sueste rodando para noroeste
com rajadas na ordem dos 190 quilómetros por hora (com uma probabilidade de
40% de a rajada máxima ser superior a 200 quilómetros por hora), chuva por
vezes forte e ondas de sul, passando a sudoeste com altura significativa
entre 10 a 15 metros, podendo a altura máxima de onda atingir os 25
metrosâ€. Ao longo dos próximos dias será feito um reforço de operacionais
da Direção Regional dos Recursos Florestais nas várias ilhas, além de
forças médicas e de segurança.

Jorge Miguel Miranda refere que este furacão, “de acordo com as previsões,
está a apontar para valores que são extremos, ou seja, que são recordesâ€,
mas assegura que as medidas definidas pela Proteção Civil Regional “são
estritasâ€, “adequadas†e vão ajudar a que “os efeitos sejam muito
minimizadosâ€. “Ãrvores em situação de fragilidade perto de cair, telhas
soltas, todo esse tipo de situações vão ser solicitadas por uma velocidade
de vento que não é normalâ€, indicou o presidente do IPMA.

Os Açores têm uma grande experiência de tempestades tropicais e todas as
ilhas já passaram por situações complicadas do ponto de vista do excesso de
chuva e excesso de vento. Obviamente que o sistema, tanto o sistema
natural, como o sistema construído, já estão adaptados a essas situações.
Temos é de estar preparados para alguma coisa que não vimos antes e as
medidas que estão a ser tomadas parecem-me adequadasâ€, disse ainda ao
Observador o presidente do IPMA.

Para este grupo Ocidental, vigora aviso amarelo a partir das 18h (mais uma
hora em Lisboa) de terça-feira, que passou a laranja às 21h, tendo sido
emitido aviso vermelho entre as 00h e as 12h de quarta-feira, referente a
vento e agitação marítima.

No grupo Central, previu-se “vento sudoeste com rajadas até 150 quilómetros
por hora e ondas de sudoeste, passando a oeste, com altura significativa
entre nove a 12 metros, podendo a altura máxima de onda atingir os 22
metrosâ€. As ilhas do Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa, deste
grupo, estiveram sob aviso amarelo a partir das 21h de terça-feira,
passando a laranja a partir das 00h de quarta-feira, e a vermelho entre as
3h e as 12h, devido ao vento, e entre as 6h e as 15h, por causa da agitação
marítima.

Já para o grupo Oriental (São Miguel e Santa Maria) a previsão foi de
“vento sul rodando para oeste com rajadas até 100 km/h e ondas de sudoeste
com altura significativa 7 a 9 metrosâ€. Para estas ilhas, foi emitido aviso
amarelo a partir das 9h de quarta-feira, que passou a laranja entre as 12h
e as 18h, devido à forte ondulação. O comunicado, assinado pela
meteorologista Vanda Costa, ressalva que “existe ainda alguma incerteza
relativamente à trajetória exata do furacãoâ€.

Em declarações à Rádio Observador, Carlos Neves, presidente do Serviço
Regional da Proteção Civil e Bombeiros dos Açores indicou que foram tomadas
todas as medidas para que os efeitos do Lorenzo fossem minimizados ao
máximo. “Tomamos todas as medidas que estavam ao nosso alcance para
estarmos preparadosâ€, referiu, acrescentando que nesta altura a maior
preocupação é a intensidade do vendo, especialmente no grupo Ocidental, e
também as ondas de grandes dimensões.

Fizemos uma análise de risco que foi passada a todas as câmaras municipais
e autoridades marítima para que as pessoas pudessem recolher as suas
embarcações. Algumas estradas foram fechadas, dissemos às pessoas que
medidas devem tomar, reforçamos todas as ilhas do grupo Central e Ocidental
e aumentamos a nossa capacidade de emergência pré-hospitalarâ€, informou
Carlos Neves à Rádio Observador.

O responsável disse ainda que “a população está consciente e acatou as
recomendações†que foram dadas.
Militares passam a alerta vermelho a partir da meia noite

Os meios militares sediados nos Açores estiveram desde as 16h00 desta
terça-feira em “estado de alerta laranjaâ€, mas já passaram a “estado de
alerta vermelho†à meia-noite até às 16h de quarta-feira devido à passagem
do furação.

Em comunicado, o Comando Operacional dos Açores informa que, na sequência
da ativação do Plano Regional de Emergência de Proteção Civil do
arquipélago, o estado de alerta dos meios militares sediados na região
autónoma foi aumentado a partir das 16h para “laranja†(prontidão de duas
horas).

A prontidão destes meios passará a imediata (estado de alerta vermelho)
entre a meia-noite e as dezasseis horas de amanhã [quarta-feira], dia 02 de
outubro de 2019″, é referido na nota.

O Comando Regional dos Açores indica ainda que, como medidas preventivas
adicionais, o navio “Setúbal†foi posicionado na ilha Terceira, no grupo
Central, “a fim de garantir uma resposta mais rápida a uma eventual
necessidade e o dispositivo da Base Aérea n.º 4 foi reforçado com uma
tripulação de EH101â€.

Numa nota da Força Aérea é referido que, na segunda-feira, foram
transportados a bordo de uma aeronave C-295M uma equipa de nove bombeiros e
quatro operacionais do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos
Açores (SRPCBA), entre a ilha Terceira e as Flores, “para reforço do
efetivo de apoio à população nesta localidade, face à passagem do furacão
Lourenzoâ€.

“Este apoio foi realizado no seguimento de um pedido do SRPCBA às Forças
Armadas. Neste voo foi ainda transportado diverso material de apoio às
operaçõesâ€, adianta a Força Aérea. A transportadora aérea SATA entretanto o
cancelamento de uma ligação Lisboa-Horta-Lisboa e de mais de 20 voos
interilhas açorianas previstos para quarta-feira devido à passagem pelo
arquipélago do furacão “Lorenzoâ€.

Em virtude da passagem do furacão, “que afetará particularmente as ilhas
dos grupos Central e Ocidentalâ€, a SATA Air Açores – que opera no
arquipélago – e a Azores Airlines – que faz as ligações para fora dos
Açores – informam em nota enviada à imprensa “que irão proceder ao
cancelamento†de alguns voos programados para quarta-feira.

No total, diz a empresa, serão afetados 670 passageiros nos voos da SATA
Air Açores e 193 passageiros nos voos da Azores Airlines, sendo que “todos
os passageiros afetados irão ser reacomodados em voos†entre quarta-feira e
sexta-feira.
População preocupada, mas precavida

Deolinda Reis, do café “Os Irmãos Metralhaâ€, na ilha do Corvo, explica que
a situação está calma, mas a população está muito atenta. “Por enquanto
está tudo bem. Claro que as pessoas estão apreensivas e o piquete de
bombeiros também está de serviçoâ€, descreveu à Rádio Observador. Já Mauro
Ferreira, do restaurante “Caldeirãoâ€, refere que está “tudo tranquilo†e
“preparado para o que aí vemâ€.

“Isto não é nada que os Açores ainda não tenham tido. O restaurante vai
abrir às 7h, no horário normal, e vai fechar um pouco mais cedo. Temos
noção que isto pode ser grave e poderá ter consequências, mas também não há
ninguém que esteja altamente preocupado com istoâ€, acrescentou Mauro
Ferreira.

Já na ilha das Flores, Sandra Amaral, dona do café “A Barraca que Abanaâ€,
demonstrou alguma preocupação, mas também referiu que a população “está
habituada a tempestadesâ€.
-------------- próxima parte ----------
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