ARLA/CLUSTER: Tudo o precisa saber sobre o 5G.

Jos Lus Proena ct1gzb gmail.com
Segunda-Feira, 11 de Novembro de 2019 - 15:16:41 WET


Entretanto, nem uma linha foi escrita sobre problemas de saúde que
eventualmente poderão ser causados por essa tecnologia, afinal, estamos a
falar de microondas.

Em relação à tecnologia 4G, na 5G serão precisas muitas antenas, já houve
cidades na Europa onde houve apareceu nas árvores uma doença repentina "que
se desconhece a origem" e houve um abate de árvores fora do comum (sério
obstáculo para a banda do 5G)...coincidências portanto.

73 de José Luís Proença, Operador do Posto Receptor/Emissor CT1GZB
ARVM #53, REP #1418, SKCC #8178, CT-QRP #058, NRA PN#077, ARRLx #054, GPCW
#007
http://ct1gzb.blogspot.com


João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com> escreveu no dia domingo, 10/11/2019
à(s) 20:32:

> 5G: A revolução digital que nasce no meio de suspeitas de espionagem
> noticiasaominuto.com | 10 de Novembro de 2019 13:50
> +++ O que é o 5G e como surge? +++
>
> O 5G é a quinta geração de rede móvel e vem suceder ao 1G (criado em
> 1980), ao 2G (de 1990), ao 3G (de 2000) e ao 4G (de 2010).
>
> Com o avanço da tecnologia, as infraestruturas de rede móvel têm também
> vindo a ser substituídas, já que as novas são sempre mais eficazes e
> potentes do que as anteriores.
>
> O 1G era apenas destinado a chamadas de voz e tinha uma velocidade de 2,4
> kilobytes (kbps) por segundo. O 2G passou a incluir também mensagens de
> texto e já era de 64 kbps por segundo.
>
> Com o 3G, no início do milénio, passou-se para uma velocidade 384 kbps por
> segundo, incluindo então, além das chamadas de voz e das mensagens
> escritas, a internet através de dados móveis.
>
> Foi com o 4G que se chegou à banda larga móvel, numa velocidade entre 100
> megabytes (kbps) a um gigabyte (Gbps) por segundo.
>
> O que se espera é que, com o 5G, se chegue a uma velocidade de, pelo
> menos, 10 Gbps por segundo, permitindo a conexão de dados ilimitados em
> qualquer lado, a qualquer altura e em qualquer formato.
>
> Neste novo padrão da banda larga sem fios haverá, então, mais velocidade,
> maior cobertura e mais recursos.
>
> A nova infraestrutura, ainda em desenvolvimento, será 100 vezes mais
> rápida do que a anterior, podendo chegar inclusive a 20 Gbps. Isto torna,
> por exemplo, as tarefas mais velozes, com o 'download' de um filme com um
> gigabyte a poder demorar menos de 10 segundos.
>
> +++ Para que serve o 5G? +++
>
> Além de ser aplicado às comunicações móveis, o 5G será crucial para áreas
> do quotidiano, mas também para promover outros avanços tecnológicos,
> nomeadamente nos carros autónomos.
>
> Isto porque a potência desta rede de quinta geração vai além da rapidez
> nos 'uploads' e 'downloads' e assenta, sobretudo, na redução da latência,
> ou seja, do tempo de resposta de um aparelho a partir do momento em que
> recebe a ordem até a executar.
>
> Quanto menor for a latência, mais rápida é a reação de um aparelho
> acionado à distância.
>
> Isto aplica-se aos eletrodomésticos e a outros aparelhos comuns, incluindo
> os que estão ligados à internet, que passarão a ser mais eficientes,
> podendo trazer benefícios nas áreas do entretenimento, agricultura,
> indústria, saúde, energia e na realidade virtual.
>
> Acresce que a rede 5G vai permitir que mais aparelhos estejam conectados
> ao mesmo tempo, multiplicando por 100 o número de dispositivos possíveis.
>
> A questão da latência também permitirá melhorar a tecnologia associada aos
> carros autónomos, tornando estes veículos mais rápidos na resposta -- até
> perante eventualidades -- e no processamento da informação.
>
> Em termos ambientais, também há uma redução na ordem dos 90% do consumo de
> energia.
>
> +++ Quais os principais desafios? +++
>
> Apesar dos benefícios, a rede 5G traz vários desafios, nomeadamente para
> as empresas de telecomunicações ou para as fabricantes de telemóveis.
>
> A primeira questão passa pela uniformização, já que se estabeleceram
> requisitos para o 5G aplicáveis em todo o mundo, que preveem que esta rede
> seja flexível o suficiente para permitir o surgimento de novos serviços ou
> modelos de negócios.
>
> Isto significa que o 5G deverá funcionar em várias faixas
> eletromagnéticas, como as de 3.4-3.8 giga-hertz (GHz), de 700 mega-hertz
> (MHz) ou ainda de 26 GHz, respetivamente, de média, baixa e alta.
>
> Deverá, também, funcionar de forma igual em áreas povoadas ou rurais e em
> aparelhos mais avançados (como os que estão a ser fabricados tendo por base
> esta quinta geração móvel) ou tradicionais.
>
> Este deverá ser o maior desafio técnico, já que hoje em dia, quase uma
> década depois da criação do 4G, ainda há zonas no interior dos países
> (incluindo em Portugal) que não são abrangidas por estas redes.
>
> Mas as discussões relativas a esta tecnologia têm ido muito além das
> questões técnicas e têm assentado, sobretudo, na questão da segurança
> cibernética.
>
> E nesta história, marcada por acusações mútuas pouco fundamentadas, estão
> duas potências mundiais e duas versões: Estados Unidos e China.
>
> O principal desafio para os governos, nomeadamente dos Estados-membros da
> União Europeia (UE), é então assegurar a plena segurança das redes 5G,
> garantindo que, quando estas estiverem em funcionamento, não existe uma
> maior probabilidade de roubo ou acesso indevido a dados ou de ataques
> cibernéticos.
>
> Quanto mais potente e abrangente é a tecnologia, mais danos pode causar se
> for utilizada indevidamente e é isso que cabe agora aos Estados evitar.
>
> +++ Quais as polémicas que envolvem o 5G?
>
> Washington e a Pequim estão numa guerra global por causa da cibersegurança
> e das infraestruturas a nível mundial, desde logo após a administração
> norte-americana ter lançado suspeitas de espionagem sobre a fabricante
> chinesa Huawei, acusando-a de ter instalado 'back doors' (portas traseiras
> de acesso) em equipamentos 5G, o que a tecnológica tem vindo a rejeitar,
> reiterando a falta de provas.
>
> Aludindo a motivos de segurança, os Estados Unidos criaram também
> limitações (ainda não totalmente em vigor) aos negócios da Huawei com
> empresas do país e baniram os seus equipamentos dos departamentos do Estado.
>
> A administração liderada por Donald Trump tem ainda tentado pressionar
> alguns países, nomeadamente da UE, para adotarem posições semelhantes.
> Portugal já desvalorizou esta polémica e recusou fazê-lo.
>
> +++ Qual a posição da UE? +++
>
> Assumida como uma prioridade europeia desde 2016, a aposta no 5G já
> motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão
> Europeia, em março deste ano, a fazer recomendações de atuação aos
> Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas 'arriscadas'
> dos seus mercados.
>
> Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos
> nacionais com o 5G, o que aconteceu até junho passado, seguindo-se agora a
> adoção de medidas comuns para mitigar estas ameaças, isto até final do ano.
>
> Nessa análise feita aos riscos nacionais, os Estados-membros detetaram a
> possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques
> vindos, nomeadamente, de países terceiros.
>
> Apesar de Bruxelas nunca ter mencionado o nome de nenhuma companhia ou
> visado algum país, foram já vários os críticos que já afirmaram que a UE
> tem agido por pressão norte-americana, o que a Comissão Europeia rejeita,
> assegurando estar a adotar medidas de cibersegurança com base nos seus
> próprios interesses.
>
> Numa declaração escrita enviada à agência Lusa, o comissário europeu para
> a União da Segurança, Julian King, admitiu que não existem "soluções
> milagrosas" para cibersegurança nas redes 5G, pelo que defendeu uma ação
> conjunta dos Estados-membros.
>
> "Já houve algum debate público [sobre a cibersegurança nas redes 5G] e
> algumas dessas discussões referem-se à [criação de] padrões técnicos para
> operadores e à diversificação de fornecedores, enquanto outras destacam a
> necessidade de medidas de monitorização e certificação", afirmou Julian
> King.
>
> Porém, continuou o responsável, "nenhumas dessas [medidas propostas] serão
> soluções milagrosas".
>
> De acordo com Julian King, "não só o 5G é uma tecnologia complexa, porque
> envolverá milhares de milhões de dispositivos conectados, como também
> representa o caminho para um novo ecossistema digital".
>
> E, "nos casos em que a segurança não pode ser assegurada pela estrutura,
> terá de ser por escolhas -- escolhas essas que, por vezes, terão de ser
> feitas pelos Estados-membros e não pela indústria", vincou o comissário
> europeu, numa alusão à permissão dada por Bruxelas a que os países possam,
> futuramente, excluir alguns fornecedores dos seus mercados por razões de
> segurança.
>
> "Para permanecermos resilientes num clima geopolítico em mudança, temos de
> agir em conjunto para identificar e mitigar potenciais fraquezas e
> vulnerabilidades que possam prejudicar a nossa segurança coletiva, podendo,
> inclusive, agir juntamente com parceiros internacionais que pensam da mesma
> forma", defendeu Julian King.
>
> O comissário europeu rejeitou ainda a existência "do conceito de total
> independência tecnológica numa economia global, aberta e interligada", como
> a da UE.
>
> +++ E o que diz a Huawei? +++
>
> A fabricante chinesa Huawei tem sido crítica da "pressão vinda do outro
> lado do Atlântico", dos Estados Unidos, para a UE relativamente ao 5G,
> afirmando esperar que Bruxelas seja "inteligente o suficiente".
>
> "Obviamente, há pressão política vinda do outro lado do Oceano Atlântico
> [...], está em todo o lado na Europa e é feita diretamente por líderes
> políticos de topo dos Estados Unidos", afirmou o representante chefe da
> Huawei para as instituições europeias, Abraham Liu, em entrevista recente à
> agência Lusa.
>
> Reagindo às suspeitas norte-americanas, Abraham Liu disse à Lusa que "a
> pressão está aí".
>
> Ainda assim, apontou que a Huawei tem um "historial de 20 anos" de
> presença na UE, e que tem demonstrado que "é um parceiro de confiança".
>
> Por isso, o responsável disse esperar que a Europa seja "capaz e
> inteligente o suficiente para tomar as suas decisões".
>
> "Acredito que a Europa deve ter a cibersegurança nas suas próprias mãos,
> independentemente do que os seus vizinhos sussurram aos seus ouvidos",
> insistiu.
>
> Para Abraham Liu, "a cibersegurança é mais uma questão técnica do que um
> assunto político", já que "os Estados Unidos, mesmo sem a Huawei, estão a
> enfrentar sérios riscos".
>
> "E a Europa, com a Huawei, que está presente em 170 países em todo o
> mundo, tem o melhor historial em termos de cibersegurança", realçou.
>
> Questionado pela Lusa se espera influência norte-americana nas medidas que
> serão adotadas pela UE para garantir a cibersegurança nas redes 5G, Abraham
> Liu notou que só aquando da sua divulgação "se verá".
>
> "Eu acredito em decisões que são favoráveis aos interesses europeus e
> creio que a Huawei é um parceiro para soluções, não uma parte do problema",
> vincou.
>
> O responsável argumentou também que "a Europa tem especialistas e
> operadoras de topo -- como a Vodafone, Orange, Telefónica -- e todos têm
> competências técnicas muito fortes e [...] sabem o que estão a fazer".
>
> A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50
> licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.
>
> +++ Quais os desenvolvimentos em curso na UE? +++
>
> Um relatório de setembro (o mais recente) do Observatório Europeu para o
> 5G, estrutura criada no ano passado pela Comissão Europeia, dá conta de
> que, nesse mês, existiam 165 projetos-pilotos (mais do que os 138
> realizados em março passado) em curso na UE, num total de 125 cidades nos
> Estados-membros consideradas como habilitadas para receber a tecnologia.
>
> O documento coloca também Portugal no 'top' dos 10 países UE com mais
> testes da tecnologia 5G, juntamente com Espanha, França, Itália, Alemanha,
> Reino Unido, Finlândia, Holanda, Estónia e Roménia.
>
> Segundo o relatório do Observatório Europeu para o 5G, em setembro, eram
> 125 as cidades nos Estados-membros da UE consideradas como habilitadas para
> receber a tecnologia 5G.
>
> Os países com mais cidades habilitadas para a tecnologia 5G eram, nesse
> mês, Espanha (24), França (15), Itália (13), Alemanha (nove) e Reino Unido
> (oito), ainda de acordo com o relatório.
>
> +++ E em Portugal? +++
>
> Em Portugal, essas cidades ditas como aptas para receber o 5G são Aveiro,
> Évora e Porto, de acordo com o relatório do Observatório Europeu para o 5G,
> que precisa que em causa estão testes relativos às infraestruturas, mas
> também a corredores tecnológicos, que são feitos por privados e também no
> âmbito de parcerias público-privadas.
>
> Ainda relativamente a Portugal, são apontadas no documento datas
> relativamente ao lançamento comercial do 5G pela Altice (segundo semestre
> de 2019), pela Vodafone (final de 2019) e pela NOS (em 2020), as três
> principais operadoras de telecomunicações no país.
>
> Porém, estes prazos podem não se manter, já que Portugal falhou a data
> prevista para apresentação de uma estratégia nacional para esta tecnologia,
> que era o verão passado.
>
> Por essa razão, Portugal não figura entre os 11 Estados-membros apontados
> no relatório com planos e roteiros já divulgados, que são Espanha, França,
> Áustria, Luxemburgo, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Reino Unido, Suécia,
> Finlândia e Estónia.
>
> Já cumprido por Portugal foi o prazo de realizar, no ano passado, uma
> consulta pública ao mercado sobre o espetro a utilizar no 5G.
>
> Nessa auscultação, feita pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom)
> entre março e maio de 2018, chegou-se à conclusão de que a faixa que reunia
> mais interessados era a dos 700 mega-hertz (MHz), implicando uma migração
> da Televisão Digital Terrestre (TDT), embora tenham sido assinaladas outras
> como a dos 3,6 giga-hertz (GHz).
>
> Já mais recentemente, no final de outubro deste ano, a Anacom divulgou o
> projeto de decisão para a atribuição de frequências no 5G, indicando que
> esta alocação será feita através de leilão até agosto de 2020.
>
> De acordo com o calendário indicativo proposto pela Anacom, o início do
> leilão de atribuição das licenças para o 5G decorrerá em abril do próximo
> ano, estando o seu encerramento previsto para junho, pelo que a conclusão
> dos procedimentos de atribuição de direitos de utilização de frequência
> (DUF) será entre junho e agosto.
>
> O relatório do Observatório Europeu para o 5G dá também conta destes
> leilões de espetro programados para 2020 em Portugal, referindo que em
> causa está a faixa dos 700 MHz.
>
> O documento precisa que, em setembro deste ano, estavam disponíveis no
> país as frequências 703-733 e 758-788 MHz.
>
> No relatório, Portugal surge ainda associado a dois dos 11 corredores
> transfronteiriços para o 5G, que ligarão, respetivamente, as cidades de
> Porto e de Évora às localidades espanholas de Vigo e Mérida, no seguimento
> de compromissos assumidos no ano passado.
>
> O corredor entre Porto e Vigo será construído no âmbito de um programa de
> apoio financeiro para parcerias público-privadas no 5G. Juntamente com
> outros dois projetos (entre França, Luxemburgo e Alemanha e entre Itália e
> Alemanha), representa um montante total de 63 milhões de euros (50 milhões
> de euros dos quais suportados por verbas comunitárias).
>
> +++ E a nível mundial? +++
>
> A rede 5G está a ser desenvolvida em vários países do mundo, estando os
> asiáticos e os Estados Unidos mais posicionados para vencer a 'corrida'
> tecnológica.
>
> Apesar de nesta corrida estar também a UE, os avanços são maiores fora da
> União, já que os Estados Unidos, o Japão, a Coreia do Sul e a China são os
> principais países em termos de desenvolvimento desta tecnologia.
>
> De facto, é entre estes países que se discute o título de 'primeiro' a
> comercializar redes 5G.
>
> Um quadro síntese feito pelo Observatório Europeu para o 5G e datado de
> setembro dá conta de que, entre o final do ano passado e início deste, esta
> tecnologia tornou-se uma realidade na Coreia do Sul e nos Estados Unidos,
> mas neste último caso apenas para os telemóveis aptos da companhia
> norte-americana de telecomunicações AT&T.
>
> Há quem diga, então, que o vencedor da corrida tecnológica foi a Coreia do
> Sul, onde o 5G começou logo a ser disponibilizado por três operadoras
> nacionais, que estimavam mais de três milhões de clientes sul-coreanos até
> final de 2019.
>
> Entretanto, entre abril e maio passados, os Estados Unidos passaram a
> disponibilizar 5G para os clientes das operadoras Verizon e Sprint, mas
> novamente apenas em telemóveis específicos.
>
> A UE está também nesta 'corrida' tecnológica, com os Estados-membros a
> darem passos para cumprir a meta da Comissão Europeia, que estipula que o
> 5G seja disponibilizado, de forma comercial, em pelo menos uma cidade por
> país até 2020, prevendo ainda uma cobertura mais abrangente até 2025.
>
> De acordo com o Observatório Europeu para o 5G, esta tecnologia já está a
> ser comercializada em Estados-membros como Áustria, Reino Unido, Espanha,
> Itália, Roménia, Alemanha e Irlanda.
>
> No estrangeiro, prevê-se para 2020 o lançamento comercial do 5G na China
> (onde está agora a ser pré-comercializada) e no Japão, país que acolhe no
> próximo ano os Jogos Olímpicos de Verão.
> ______________________________________________________________
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