ARLA/CLUSTER: Contingente da Proteção Civil mobilizado para figurar em novela da SIC

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Sexta-Feira, 24 de Maio de 2019 - 22:10:54 WEST


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De: Antonio Gregorio <ct5ghu.antoniogregorio  hotmail.com>
Date: sex, 24/05/2019, 21:42
Subject: Fwd: Contingente da Proteção Civil mobilizado para figurar em
novela da SIC "Flor de Sal"

-------- Mensagem reencaminhada --------
Assunto: Contingente da Proteção Civil mobilizado para figurar em novela da
SIC
Data: Fri, 24 May 2019 18:21:29 +0100
De: José Malheiro

Um forte contingente de meios de combate a incêndios e de emergência
estiveram mobilizados, nesta quarta-feira, em Leiria, para
participarem nas filmagens da ficção nacional. Em causa está a novela
'Flor de Sal', da SP Televisão, que pretendeu recriar os trágicos
acidentes de outubro de 2017.

A informação avançada pelo Jornal de Notícias dá ainda conta de que a
representação incluiu cenários de fuga em pânico de milhares de
banhistas das praias da região. Foi igualmente replicado o posto de
comando "exatamente onde esteve o verdadeiro há dois anos", conta
também o jornal.

Recorde-se que os incêndios de outubro de 2017 provocaram a morte a 49
pessoas e ferimentos a cerca de 70. Na sequência da tragédia que se
abateu sobre território nacional, 1.500 casas e mais de 500 empresas
ficaram destruídas, para além de grande parte do Pinhal de Leiria, que
foi igualmente devastado pelas chamas.

De salientar ainda que a tragédia motivou o pedido de demissão de
Constança Urbano de Sousa, ministra da Administração Interna à data, e
do secretário de Estado, Jorge Gomes.

Nesta encenação estiveram presentes as corporações de bombeiros de
Leiria - Maceira, Ortigosa e Voluntários -, o INEM, os militares do
Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), a Força Especial de
Bombeiros e o SIRESP.

Contactada pelo Notícias ao Minuto, fonte oficial da ANEPC assegura,
que "em nenhum momento esteve em causa o socorro à população" e "os
meios mobilizados, na sua maioria, meios de apoio e não de combate
direto, não foram retirados dos dispositivos de resposta operacional,
sendo meios de reserva".

Já Luís Ferreira, comandante dos Bombeiros de Maceira, corporação que
marcou presença na recriação da tragédia de 2017, explicou que o
pedido chegou à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil
(ANEPC) por parte da produção da novela, que avaliou "a possibilidade
de os meios serem utilizados para fazer cenário".

Questionado relativamente à utilização de meios que poderiam ser
necessários numa situação de efetiva necessidade, Luís Ferreira
garantiu que essa questão não esteve em causa, já que "não foram
utilizados meios operacionais nem tão pouco veículos de combate a
incêndios. Foi apenas para figuração", retorquiu.

Contactado pelo JN, o responsável pelo Comando Distrital de Operações
de Socorro (CDOS) de Leiria, Carlos Guerra, defendeu que as suas
ordens surgiram na sequência "das autorizações e das respetivas
orientações que vieram do comando nacional".

Ao Notícias ao Minuto, fonte oficial da SP Televisão garantiu que "ao
primeiro sinal de alerta, as gravações seriam canceladas".

[Notícia atualizada às 13h03]
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