Re: ARLA/CLUSTER: A Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano vem por este meio manifestar a sua mais profunda preocupação e inquietação.

Luís Delgado luisdelgado00 gmail.com
Segunda-Feira, 24 de Junho de 2019 - 23:56:32 WEST


Em primeiro lugar, vou agradecer muito a associação de Radioamadores do
Litoral Alentejano, que já está a ajudar os Radioamadores!
Obrigado.
É , de facto uma grande tristeza a França se lembrar de tal coisa..
A banda está atribuída a nós, Radioamadores e até pagamos por ela, para a
utilização de uma faixa de frequências atribuída a nós!
Não faz sentido para ninguém, passar a ser de outro qualquer serviço de
comunicações...
Só espero que seja possível a gente se manter no mesma, como até
agora...pois a faixa é nossa! Ponto final...
Nós pagamos por o nosso serviço de comunicações...
Tenho dito...!
Um grande abraço de amizade a todos!

73 , CT7ADI
Luís Delgado Sesimbra Setúbal Portugal
O Ribatejano ðŸ‡ðŸ‡µðŸ‡¹ðŸ’šðŸ’›

A seg, 24/06/2019, 15:40, João Costa > CT1FBF <ct1fbf  gmail.com> escreveu:

> Boa Tarde Pedro,
>
> Obviamente que a ARLA nunca terá nada a opor a que outras associações
> reutilizem a argumentação usada (com que se identifiquem) na submissão de
> pedidos similares à ANACOM. Alias, foi por isso que tornamos a nossa
> posição publica.
>
> Acabamos de ser informados, que já na semana passada, pelo menos uma
> associação, tomou posição perante a ANACOM sobre o assunto.
>
>  É nossa convicção, que devem ser as associações reconhecidas
> internacionalmente como representantes dos radioamadores nacionais, tanto a
> nível da IARU como da EURAO, que devem tomar uma posição colectiva conjunta
> e se possível única. Pensamos, que não compete à ARLA, como pequena e
> modesta associação do litoral alentejano, coordenar as posições das
> associações nacionais com vista a uma tomada de posição o mais abrangente
> possível e desejável.
>
> Estamos dispostos, como já o referimos e reiteramos novamente, a
> subscrever todas as posições conjuntas com outras  associações congéneres,
> tanto a nível nacional como internacional.
>
> João Costa (CT1FBF)
> Vogal da Direcção da ARLA
>
>
> Pedro Ribeiro <ct7abp  gmail.com> escreveu no dia segunda, 24/06/2019 à(s)
> 15:05:
>
>> Boa tarde.
>>
>> Boa iniciativa, julgo que a ARLA não terá nada a opor a que outras
>> associações reutilizem a argumentação usada (com que se identifiquem) na
>> submissão de pedidos similares à ANACOM.
>>
>> Mas ... Cuidado ... cuidado ...
>>
>> Não nos podemos focar demasiado nesta banda e esquecer os 23cm (1,2GHz)
>> que também estão em risco. Apesar de em minha opinião não ter tão grande
>> impacto há diversas aplicações para que a mesma é o ideal pelo que
>> deveremos fazer o máximo esforço para que mantenhamos acesso à mesma de
>> forma razoável, mesmo tendo que cumprir algumas regras mais rígidas de
>> coexistência com outros serviços.
>>
>> 73!
>>
>> On 24/06/2019 11:54, Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano
>> wrote:
>>
>> Prezados Colegas,
>>
>> Da-mo-vos a conhecer e torna-mos publica a missiva que endereçamos à
>> ANACOM à poucos minutos.
>>
>> Este é o sentir da Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano -
>> ARLA e dos seus associados, independentemente de todas as posições que
>> cada cada um, pessoal e colectivamente, possa e deva exprimir perante
>> o regulador.
>>
>> Obviamente, que a ARLA está disposta, como sempre, a subscrever
>> posições conjuntas com outras  associações congéneres, tanto a nível
>> nacional como internacional.
>>
>> Com os nossos mais cordiais e amistosos cumprimentos,
>>
>> João Costa (CT1FBF)
>> Vogal da Direcção da Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano
>>
>> ******************************************************************************************************************
>>
>> Exmos. Senhores,
>>
>> Confrontados com a notícia de que na reunião CEPT da CPT/PTA que
>> terminou na passada Sexta-feira em Praga, e onde nenhuma administração
>> nacional se opôs frontalmente a uma proposta da delegação que
>> representou a França apresentou, para discutir no nível seguinte (na
>> "World Radiocommunications Conference de 2023"), a alocação da faixa
>> dos 2 metros (144 a 146 MHz) a futuras aplicações destinadas ao
>> serviço aeronáutico
>> (https://cept.org/ecc/groups/ecc/cpg/cpg-pt-a/client/meeting-documents/?flid=5624),
>> a Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano vem por este meio
>> manifestar a sua mais profunda preocupação e inquietação transmitida
>> por todos os seus associados, sobre este assunto.
>>
>> Custa-nos a acreditar que a representação de Portugal,
>> independentemente da forma como se manifestou sobre esta proposta,
>> possa carecer neste momento de informação relevante e necessária sobre
>> a histórica alocação daquela, que será provavelmente a mais popular e
>> utilizada faixa de frequências atribuída ao Serviço de Amador nos
>> últimos 50 anos.
>>
>> Entre os 144,000 MHz e os 146,000 MHz há uma utilização significativa
>> e diária nas mais diversas aplicações, desde as radiocomunicações
>> ponto-a-ponto, até experiências do mais alto nível de exigência
>> tecnológica como, entre outras, as comunicações por reflexão lunar ou
>> experiências de considerável nível científico sobre propagação das
>> ondas radioelétricas. Chamamos ainda a atenção para feitos recentes,
>> como o primeiro contacto transatlântico entre o continente africano e
>> o continente americano na faixa dos 2 metros.
>>
>> As características únicas da banda para a realização de contactos de
>> longa distância (meteorscatter, tropoductos, esporádica E, reflexão
>> lunar, ISS, satélites) e cuja indisponibilidade total ou parcial (caso
>> a banda passe a estatuto secundário para o Serviço de Amador e Serviço
>> de Amador por Satélite - SAAS) tornaria o contacto com estes fenómenos
>> muito menos provável, frequente ou viável face as restrições a que a
>> utilização secundaria obrigaria.
>>
>> É contraproducente face à estratégia mundial da motivação dos jovens
>> para as áreas STEM (Ciência, Tecnologias, Engenharias e Matemáticas).
>> Mesmo sendo atualmente um contributo mínimo face ás dificuldades de
>> acesso e motivação dos jovens para o SAAS, identificam-se na
>> comunidade muitos casos de sucesso de pessoas relevantes a nível
>> nacional (e internacional) e que tendo começado como radioamadores
>> terão certamente tido motivação para uma opção de carreira.
>>
>> Se as características da banda são importantes para a aplicação
>> pretendida, dada a libertação de espectro nas imediações ocorrida nos
>> últimos anos com a conversão de muitos serviços para digital (ex. TDT)
>> e/ou de canal partilhado (ex. TDMA, CTCSS). Existirão certamente
>> segmentos de espectro próximos de muito menor utilização ou impacto em
>> serviços estabelecidos.
>>
>> É profundamente injusta a usurpação do esforço mundial de muitos anos,
>> de muitos radioamadores, associações e federações na harmonização da
>> banda e a aplicação noutro fim incompatível. Se a aplicação pretendida
>> é necessária e com motivação suficiente, então  acreditamos que a
>> indústria aeronáutica com todo o seu poder e recursos conseguirá muito
>> facilmente acelerar o processo de harmonização mundial de qualquer
>> outro segmento de espectro nas imediações da banda dos 2m ou noutro
>> segmento ainda mais favorável para a aplicação.
>>
>> Relembramos igualmente e mais uma vez, que esta faixa de frequências é
>> de atribuição primária ao Serviço de Amador e Serviço de Amador por
>> Satélite ao nível da três regiões, pelo que a respectiva reconversão
>> para outro serviço terá
>> como consequências os enormes prejuízos para os actuais utilizadores
>> que equiparam, ao longo das últimas décadas, as respectivas estações
>> com meios tecnológicos por vezes muito dispendiosos, assim como para
>> as respectivas associações que investiram em estações repetidoras
>> analógicas e digitais.
>>
>> Estamos ainda conscientes que os representantes de Portugal necessitam
>> de reflectir e ponderar sobre as consequências de tal hipotética
>> alteração, nomeadamente por efeitos colaterais imprevisíveis e
>> difíceis de controlar, como os decorrentes da quantidade de
>> equipamentos que actualmente proliferam por todo o mundo e que em
>> certos países que têm permitido uma cada vez mais frequente
>> utilização não autorizada desta faixa por parte de estações não
>> licenciadas, como tem vindo a acontecer, inclusivamente em Portugal,
>> dado que são pouco dispendiosos e fáceis de adquirir no mercado,
>> tornando dessa forma a faixa pouco segura para aplicações como as
>> aeronáuticas e de difícil controlo em certas regiões do mundo ainda
>> que permanecendo atribuída ao Serviço de Amador e Serviço de Amador
>> por Satélite.
>>
>> Apelamos, pois, para uma reflexão muito cuidada sobre o assunto,
>> oferecendo de imediato a nossa modesta contribuição para o que fôr
>>
>> considerado útil em termos de consciencialização para tudo o que foi
>> referido anteriormente, ou inclusivamente para uma descrição de todas
>> as actuais utilizações da faixa dos 2 metros por parte das estações do
>> Serviço de Amador e Serviço de Amador por Satélite, nomeadamente no
>> nosso país.
>>
>> Com estima e consideração aqui deixamos igualmente os nossos votos de
>> continuação de bom trabalho para os representantes nacionais nos
>> grupos de trabalho da CEPT, nomeadamente àqueles que nos representarão
>> na "World Radiocommunications Conference de 2019 (WRC-19)".
>>
>> Com os nossos melhores cumprimentos,
>>
>> Em nome da Direcção da Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano,
>>
>> João Costa (CT1FBF)
>> Vogal da Direcção da Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano
>>
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>> A.R.L.A. | Associação de Radioamadores do Litoral Alentejano
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