ARLA/CLUSTER: Afinal onde pára a Constante de Hubble; 67,4 / 70 / 72 / 74,3 km/seg/Mpc

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 25 de Julho de 2019 - 12:08:58 WEST


Inconstante de Hubble: Mistério da expansão do Universo se complica


Constante de Hubble

Os astrónomos consideram há quase um século que o Universo está se
expandindo, o que significa que a distância entre as galáxias está-se
tornando cada vez mais vasta a cada segundo.

Mas exactamente o quão rápido o espaço está se esticando, um valor
conhecido como "constante de Hubble", continua sendo um mistério - um dos
maiores entre os mistérios que a Física não consegue explicar
<https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cinco-misterios-fisica-nao-consegue-explicar&id=010130190705>
.

E uma nova medição, feita com o telescópio espacial Hubble, mas usando uma
técnica inédita, lançou ainda mais mistério à questão: Em lugar de decidir
qual das duas técnicas usadas anteriormente estava correta, o resultado
caiu bem no meio entre as duas.

Medição da expansão do Universo

O desafio central na medição da taxa de expansão do Universo é que é muito
difícil calcular com precisão as distâncias entre objetos muito distantes.

Em 2001, uma equipe liderada por Wendy Freedman, professora da Universidade
de Chicago, usou estrelas distantes, chamadas variáveis cefeidas
<https://www.inovacaotecnologica.com.br/pesquisar.php?keyword=vari%E1veis%20cefeidas>,
como marcadores de distância. A medição concluiu que o valor da constante
de Hubble para o nosso Universo seria de 72 quilômetros por segundo por
megaparsec (km/seg/Mpc) - um parsec é equivalente a 3,26 anos-luz de
distância. A medição mais precisa feita com a técnica das cefeidas
<https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=taxa-de-expansao-universo&id=020130121005>,
realizada em 2012, chegou a um valor de 74,3 km/seg/Mpc.

Mas outros astrónomos sugeriram uma abordagem bem diferente, usando um
modelo baseado na estrutura ondulante da luz que restou do Big Bang,
conhecida como radiação de fundo de micro-ondas. As medições, usando o
telescópio espacial Planck, chegaram a um valor de 67,4 km/seg/Mpc, um
desacordo significativo (9%) com a medição baseada nas ceifadas.

Teorias incompletas

Agora, a mesma equipe da professora Freedman idealizou uma nova técnica de
medição, usando uma espécie de estrela conhecida como gigante vermelha.
Conforme envelhecem, todas as gigantes vermelhas parecem atingir um mesmo
patamar, passando a brilhar de forma similar. Então, comparando o brilho de
cada uma com o brilho padrão dessas estrelas é possível dizer a que
distância cada uma se encontra.

As novas observações, feitas também usando o telescópio Hubble, indicam que
a taxa de expansão para o Universo próximo é de pouco menos de 70
km/seg/Mpc (69,8 +/- 0,8 km/seg/Mpc).

Com um resultado bem no meio entre as duas medições anteriores, a técnica
não apenas não conseguiu elucidar a questão, como a tornou ainda mais
confusa.

A única conclusão a que isso leva pode soar um tanto óbvia: Não sabemos
tudo sobre o Universo. Em outras palavras, as teorias e modelos que usamos
para explicar o Universo podem estar erradas ou incompletas.

Mas não é muito fácil fazer os cientistas desapegarem-se de teorias com as
quais trabalharam a vida toda. "A discrepância que vimos antes não
desapareceu, mas essa nova evidência sugere que ainda não se sabe se há uma
razão imediata e convincente para acreditar que há algo fundamentalmente
defeituoso em nosso atual modelo do Universo," ponderou a professora
Freedman.

Fonte: Inovação Tecnológica
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