RE: ARLA/CLUSTER: WSPR nos 160 metros? Para quê?

CT1COU - Pedro Martins ct1cou sapo.pt
Domingo, 6 de Janeiro de 2019 - 16:01:38 WET


Boa tarde Caro Colega 

Que rádio geringonça é essa?!
 ALC em RX ?! 
Ganho de recepção ?!

73, Votos de Bom Ano 
CT1COU
Pedro Martins


-----Mensagem original-----
De: cluster-bounces  radio-amador.net
[mailto:cluster-bounces  radio-amador.net] Em nome de Miguel Andrade (CT1ETL)
Enviada: domingo, 6 de janeiro de 2019 14:10
Para: 'Resumo Noticioso ARLA/CLUSTER'
Assunto: ARLA/CLUSTER: WSPR nos 160 metros? Para quê?

Caro colegas,

Durante uma pausa de 3 dias, que ocorreu nesta última época festiva, aprendi
uma lição (mais uma) - nunca nos convençamos que sabemos o suficiente sobre
o que quer que seja, inclusivamente sobre como utilizar o nosso próprio
equipamento, companheiro de vários anos de aventuras.
A ausência de tráfego de comunicações em telefonia acabou por me levar a
"brincar" com a "vecchia signora" e testar vários "menus", que simplesmente
haviam ficado ajustados desde os primeiros dias de testes... há uns anos
atrás.
Em anexo seguem resultados de 3 testes consecutivos em WSPR, sim, porque
este modo não serve só para aferir o ganho das antenas ou para nos gabarmos
da cobertura do nosso sinal num determinado momento.
Para ser um teste convenientemente suportado por conclusões "científicas"
faltam-lhe vários dados importantes, a começar por uma permanência das
mesmas estações ao longo dos 3 dias, o que não aconteceu... para além de
termos que lidar com variações da propagação, a qual influencia (e de que
maneira) os resultados finais, como se pode aferir nos documentos anexos,
pela forma como a minha estação foi recebida, uma vez que as condições de
emissão se mantiveram inalteradas.
Ainda assim, os testes aplicaram-se sobretudo à tentativa de melhorar a
péssima recepção nos 160 metros mas, como admito, todos nós temos um fundo
de vaidade, porque não emitir também?
Se bem que o pensei, melhor o fiz.
Essa decisão ajudou bastante a aferir as tais condições de propagação, pois
como podem ler, houve uma notória diferença ao longo dos 2 dias.
Não vou comentar os resultados, pois os mesmos estão à vista, ou melhor à
leitura.
No primeiro dia os sinais foram recebidos com o ALC e o ganho de recepção
(amplificador incorporado de origem) ligados.
No segundo dia os sinais foram recebidos sem ALC mas com ganho de recepção.
No último dia forma desligados ambos os sistemas (ALC e ganho de recepção).

Em conclusão:
a) Mesmo não estando por perto do nosso equipamento podemos aprender alguma
coisa com o mesmo ligado (nem que seja só em recepção).
b) Os meios que funcionam muito bem numa determinada faixa de frequências
podem não funcionar noutras.
c) Nem sempre os conselhos que recebemos, nomeadamente por parte de alguns
colegas, são as melhores práticas em determinadas circunstâncias (ou vêm-se
a revelar mais tarde como menos eficazes).
d) O saber não ocupa espaço.
e) Testar a máquina e aprender com a experiência pode dar tanto prazer como
as vantagens e benefícios que tiramos para o seu rendimento com as novas
descobertas.
f) Dá vontade de repetir este teste com bases mais "científicas" e partilhar
o resultado convosco :) E por último (aqui entra um misto de vaidade e de
espanto):
Ser recebido a 6.008 quilómetros de distância com 10 watts, nos 160
metros... dá vontade de construir uma antena como deve de ser :) A antena em
causa, tal como descrevi noutro tópico recente, faz vários cotovelos com
ângulos agudos de 45º a na maior parte do seu cumprimento está suspensa a
escassos 2 metros do solo. É caso para escrever: «quem não tem cão caça com
gato». 

P.S. o que teria dado mesmo muito jeito era ter tido uma estação nacional,
ao alcance da chamada "onda de superfície", mais imune aos efeitos da
propagação.
Pode ser que algum de vós se interesse em repetir o teste comigo, após a
leitura deste testemunho.


Um abraço e...

73 de Miguel Andrade ( CT1ETL )
IM58js - 38º44'57" N/009º11'26" W
CQ Zone 14 ********* ITU Zone 37
endereço em/adress in www.qrz.com/db/CT1ETL
 





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