Re: Re.: ARLA/CLUSTER: SIRESP: Não à possibilidade de multar a empresa que detém o sistema de comunicações de segurança, o contrato permitia que houvesse uma indisponibilidade de 69.456 horas..
Pedro Ribeiro
ct7abp gmail.com
Quarta-Feira, 10 de Abril de 2019 - 18:58:11 WEST
Deduzo que as horas sejam a soma da indisponibilidade em vários pontos
(torres??) da infraestrutura.
Se 10 torres estiverem simultaneamente inativas durante 1h contarão 10h
na contabilização (ou algo do género ...)
73!
On 2019/04/10 14:03, Jorge Santos wrote:
> Não entendo o raio deste relatório. Se as horas que o SIRESP pode
> falhar são 69.456, que se a calculadora não está errada dá 2894 dias,
> e se um ano não bissexto tem 365 quer dizer que temos um sistema de
> segurança nacional que pode estar parado quase *8 anos*, boa...
> Ou as 69.456 horas de downtime são para dividir pelo tempo de
> contrato?? nesse caso o contrato é de quantos anos, será que é de 8?.
> Com base nas informações procurei pelo contrato SIRESP disponÃvel em:
> http://www.utap.pt/Contratos/seguranca/SIRESP.pdf e depois de o
> "lamber" todo concluà que precisava dos anexos,
> http://www.utap.pt/PPP%20Seguranca/SIRESP/Contrato%20em%20vigor/Anexos/Siresp_contrato_anexos.htm,
> são 47, estranhamento o
> Anexo 29
>
> Procedimento de aferição das deduções por Falhas de Disponibilidade e
> por Falhas de Desempenho^(1)
>
> que define as responsabilidades é um dos não possÃveis de visualização
> suponho que por ter lá aquele (1) (hehehehe).
> Com toda a transparência, existem coisas que não podem ser
> transparentes..., mas não me lixem *69.456* H de downtime.
>
>
> Ai mãezinha.....
>
> On Wed, 10 Apr 2019 at 12:44, ct1hix <ct1hix sapo.pt
> <mailto:ct1hix sapo.pt>> wrote:
>
> Politiquices!!!! :(
>
> 73 de Gomes op: CT1HIX
> https://ct1hix.net/
>
>
> -------- Mensagem original --------
> Assunto: ARLA/CLUSTER: SIRESP: Não à possibilidade de multar a
> empresa que detém o sistema de comunicações de segurança, o
> contrato permitia que houvesse uma indisponibilidade de 69.456 horas..
> De: "João Costa > CT1FBF"
> Para: Cluster-ARLA
> CC:
>
>
> Autor: Rui Pedro Antunes in Observador
>
> O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, prometeu e
> minutos depois o documento estava no portal do Governo: mais um
> relatório sobre as falhas da rede SIRESP em 2017, ano em que os
> incêndios florestais provocaram a morte de 115 pessoas. O
> relatório de
> onze páginas deixa claro que — ao contrário do que chegou a
> sugerir o
> ministro no Parlamento a 4 de abril de 2018 — “não existe qualquer
> margem†para aplicar sanções à empresa que gere a rede SIRESP
> pelas
> falhas durante os incêndios de 2017.
>
> O ministro tinha dito em abril de 2018 que “o levantamento que foi
> feito aponta para 9.000 horas de indisponibilidade da rede
> SIRESP em
> 2017, e daà tiremos sem demagogias as responsabilidades
> necessáriasâ€.
> Depois disso, o ministério chegou a garantir ao Público que ia
> aplicar
> multas. No entanto, meses depois foi noticiado que não havia
> condições
> para multar a empresa. O relatório-sÃntese divulgado esta
> terça-feira
> — que o ministro pediu à secretaria-geral do Ministério da
> Administração Interna (SGMAI) — conclui que “não existe qualquer
> margem para a entidade gestora (SGAI) aplicar penalidades Ã
> entidade
> operadora (SIRESP), SA) relativamente ao ano de 2017 com base no
> critério contratual de disponibilidade da redeâ€.
>
> As falhas existiram mas o contrato está feito de uma forma
> bastante
> favorável para a empresa. Assim, diz a mesma conclusão, o SIRESP
> esteve disponÃvel em 2017 “dentro dos intervalos contratualmente
> permitidos“. O relatório tem os valores referidos pelo ministro no
> Parlamento, mas também tem os valores que a SIRESP estava
> autorizada a
> falhar, que são bastante superiores.
>
> Segundo o relatório, a rede SIRESP falhou durante 8.960 horas (o
> número dado pelo ministro no Parlamento) e que corresponde a 6.779
> horas de indisponibilidade global e 2.189 horas de
> indisponibilidade
> operacional. Mas este total de 8.960 horas de
> indisponibilidade não é
> um problema para a empresa, já que o contrato permitia que
> houvesse
> uma indisponibilidade de 69.456 horas.
>
> Ainda assim, na disponibilidade operacional (onde estão as
> falhas de
> mais gravidade — de NÃvel 1) a indisponibilidade verificada ficou
> muito mais perto do limite: 2189 horas de indisponibilidade
> verificada
> para 5298 horas de indisponibilidade permitida (41,31%).
>
> A avaliação do contrato é feita de forma quantitativa, não
> qualitativa. Aquelas nove mil horas podem ter sido altamente
> prejudiciais para o sistema de Proteção Civil, mas o que conta
> para
> efeitos de contrato é o número de horas por ano que a rede pode
> falhar. Estas falhas podem ocorrer em diferentes dias e zonas
> do paÃs
> e são acumulativas.
>
> Na introdução deste relatório é explicado que, na base do estudo,
> estiveram dados cedidos pela própria SIRESP, SA, após terem sido
> cruzados com a aplicação TeMIP pela SGAI, uma aplicação que,
> segundo a
> SGMAI, “é inviolável e armazena todos os eventos que poderão
> impactar
> a disponibilidade da rede SIRESP“. É neste último ponto que estará
> garantida a independência da análise.
>
> O relatório explica que o cálculo da “disponibilidade
> operacional e
> global†é de “elevada complexidade†e que, por isso, foram
> tidos em
> conta “todos os perÃodos de indisponibilidade dos elementos que em
> 2017 registaram avaria ou indisponibilidade, sem aplicar
> nenhuma das
> deduções contratualmente previstas.â€
>
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