ARLA/CLUSTER: Rede móvel 5G obriga a alterações na TDT em Portugal a partir do final 2019

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 10 de Setembro de 2018 - 12:00:56 WEST


A partir do final de 2019, as frequências utilizadas pela televisão digital
terrestre vão ser alteradas de forma a acomodar o 5G. Quem acede à TDT vai
ter de sintonizar canais de novo.
[image: TDT]

iStock

O arranque da 5.ª geração de rede móvel está previsto para 2020 e vai
obrigar a uma reestruturação da TDT (Televisão Digital Terrestre) na União
Europeia (UE). Esta 5.ª geração vai permitir ligações móveis mais rápidas e
a possibilidade de servir um número muito maior de dispositivos numa
determinada área. A sua implementação será gradual e estima-se que,  em
2025, cerca de 30% das ligações móveis serão feitas através da tecnologia
5G.

Foi decidido em maio de 2017 que esta tecnologia vai utilizar em toda a UE
a banda dos 700 MHz, norma definida no contexto dos acordos internacionais
e das determinações do Parlamento Europeu e respetivo Conselho. Uma vez que
em Portugal esta faixa é ocupada pela TDT, o serviço vai ter de passar a
utilizar outra faixa de frequências, de forma a libertar a banda dos 700
MHz. A mudança começa no último trimestre de 2019 e estende-se até ao final
de junho de 2020.
Os mesmos equipamentos, mas nova sintonização

O roteiro nacional de libertação da faixa dos 700 MHz, divulgado pela
Anacom a 3 de julho, prevê a adoção do cenário mais simples de migração:
mantém-se a tecnologia atual (DVB-T MPEG4) e não se estabeleceu qualquer
período de transmissão simultânea (*simulcast*). Isto significa que cada
estação emissora será desligada para que se possa proceder à alteração da
frequência e restantes ajustes necessários, para ser ligada logo de
seguida, já a emitir na nova frequência.

Vai implicar apenas uma sintonização da nova frequência. Na grande maioria
dos casos, não será necessário comprar equipamentos, nem reorientar as
antenas.

Apesar da simplicidade do processo, a Anacom compromete-se a apoiar todos
os utilizadores, estando a preparar um plano - do qual, não se conhecem
ainda detalhes - para esse efeito.

De acordo com a Anacom, esta mudança não põe em causa, nem inviabiliza
qualquer solução que se venha a adotar para o futuro alargamento da oferta
da TDT em Portugal. Neste cenário continua também a existir capacidade
disponível na rede para poderem ser criados dois novos canais em sinal
aberto, em definição* standard*, tal como acontece hoje - o que fará subir
a contagem de canais em sinal aberto para 9.
Roteiro nacional do processo de migração

A mudança vai ser feita por regiões, de acordo com o planeamento divulgado
pela Anacom.

[image: tdt]

Região 1: migração a partir do 4.º trimestre de 2019.
Região 2: início da migração no máximo 1 mês após a região 1.
Região 3: início da migração no máximo 1 mês após a região 2.
Região 4: início da migração no máximo 1 mês após a região 3
Região 5: início da migração no máximo 1 mês após a região 4.
Região 6: início da migração no máximo 1 mês após a região 5, com
finalização antes de maio de 2020.

Nos Açores e na Madeira, a migração vai ser feita entre janeiro e maio de
2020.



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