ARLA/CLUSTER: Brasil é excluído do maior consórcio de astronomia do mundo

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 15 de Março de 2018 - 09:12:00 WET


O Observatório Europeu do Sul rescindiu o contrato com o governo
brasileiro, que nunca pagou o acordo de 270 milhões de euros, mas era
tratado como membro

Por Estadão

A organização internacional esperou sete anos pela ratificação do
acordo por parte do Brasil, que nunca aconteceu. Durante esse tempo,
pesquisadores brasileiros tinham prioridade para utilizar os recursos
do observatório, assim como os outros países membros (Miguel
Claro/ESO/Divulgação)

O Observatório Europeu do Sul (ESO), maior consórcio de pesquisa em
astronomia do mundo, se cansou de esperar pelo Brasil. Sete anos após
assinar acordo para admitir o país como o primeiro membro não europeu,
o Conselho do ESO rescindiu o contrato com o governo brasileiro – que
nunca pagou nem ratificou o acordo.

Segundo o Conselho, o ESO seguirá aberto para acolher o Brasil a
“qualquer momento”. O valor do acordo era de 270 milhões de euros
(cerca de 1 bilhão de reais), que deveriam ser pagos até 2021. O ESO,
nesse período, tratou o país como membro interino. Projetos de
astrônomos brasileiros eram avaliados como se o Brasil fosse membro, o
que dá vantagens competitivas.

Agora, com a rescisão do contrato, cientistas brasileiros que quiserem
usar os observatórios do ESO terão de concorrer como representantes de
um país não membro, com critérios muito mais rígidos de seleção.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações disse
defender a participação do país no ESO e fazer “gestões junto ao
governo federal” pela adesão.



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