ARLA/CLUSTER: para refletir

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Domingo, 24 de Junho de 2018 - 17:40:54 WEST


A dom, 24/06/2018, 14:37, António Silva <antena  aminharadio.com> escreveu:

>
> Caros colegas, permitam-me que adicione a esta interessante discussão o
> meu contributo.
> Os radioamadores estiveram, desde sempre, associados ao desenvolvimento
> das radiocomunicações.
> É inegável o seu contributo para a evolução da rádio.
> Quando, no início dos anos vinte do século passado, foi atribuída a banda
> dos 40 metros, foi quase por escárnio.
> Na época fazer um oscilado que funcionasse nestas frequências era tarefa
> muito difícil e mais difícil ainda fazer um emissor que não centelhasse por
> tudo que era sitio.
> As montagens eram básicas, sem solda, em tábuas de madeira, os suportes
> das válvulas com muito pouco isolamento, etc.
> Os amadores conseguiram ultrapassar tudo isto nas décadas seguintes, não
> só os 40 metros já estavam muito para trás, como se começou a emitir em
> frequências muito mais elevadas.
> O VHF e o UHF foram a consequência disso.
> Surgiram novos modos, sempre fruto de muita experiência, paciência e
> abnegação.
> A primeira transmissão de uma imagem foi feita por amadores.
> Aos poucos os amadores deixaram de queimar os dedos. Nos anos 70 já não se
> montavam emissores ou recetores. A própria legislação não permitia ou
> complicava o uso de emissores construídos em casa.
> Os modos digitais redirecionaram os interesses dos amadores para outra
> área.
> Ainda alguém se lembra dos tantos programas para o ZX Spectrum?
> Ainda antes da internet como a conhecemos hoje, os amadores já faziam
> Packet. Mandar uma mensagem para outro amador nos confins do mundo já era
> possível, muito antes dos SMS, e mesmo do e-mail.
> Lembro-me que, na altura, já se questionava o futuro e o sentido do
> amadorismo.
> É natural que os amadores atuais usem os recursos tecnológicos
> disponíveis. Foi assim em 1920, é assim agora.
> Deixamos de queimar os dedos no ferro de soldar, mas, agora, queimamos
> pestanas nos monitores de computador ou smartphone.
> O amadorismo atual não é melhor ou pior do de há 50 anos. Simplesmente é
> diferente, como será daqui a 50 anos.
> Motivar novos amadores, motivar os jovens, será exatamente como foi nestes
> tempos antigos. As competências serão outras, mas o objetivo será o mesmo,
> comunicar, partilhar conhecimentos, assegurar comunicações de emergência,
> etc.
>
> Uma boa referência para leitura:
> https://www.aminharadio.com/radio/amador_milenio
>
> No url abaixo um exemplo do que se disse.
> Trata-se da tese de mestrado do nosso colega cT2FUH, com o título:
>  Radioamadorismo escolar e o prazer de estar na escola: um estudo ...
> https://repositorio.ucp.pt/handle/10400.14/13640
>
> Conclusão, mudaram os modos, os equipamentos, a maneira de fazer, mas não
> mudou a essência do radioamadorismo, e o uso das novas tecnologias é,
> seguramente, um atrativo adicional para as novas gerações.
>
> Desculpem qualquer coisinha…
>
> 73’s de CT1FIY
>
> António Silva
> A rádio tem uma paixão assim:
> Visite http://www.aminharadio.com
> FaceBook: https://www.facebook.com/aminharadioAntónio
> iMessage: antena  aminharadio.com
> via  device, from my iMac 4K
>
>
> No dia 24/06/2018, às 12:49, Antonio Matias <ct1ffu  gmail.com> escreveu:
>
> mas ó  caríssimo colega Rui
>
> desculpe lá a sinceridade...
>
> Os rádio aparecem nas lojas para serem comprados, é certo, mas alguém os
> tem de fazer, não acha?
>
> Alguém tem de ter conhecimento para os construir. Não podemos deixar que
> as pessoas pensem que a comida nasce nos supermercados e que um frango
> assado sempre teve aquele aspecto. Caminhamos para isso.....
>
> Faz-me lembrar um amigo meu, que há dias me disse: " Se voltasse ao
> passado eu ficaria rico, pois inventaria o computador e o telemóvel."
>
> E eu perguntei-lhe: " mas tu sabes construir um computador e um telemóvel?"
>
> Ele disse: " Não "
>
> Eu sorri.
>
> PS: Eu se voltasse ao Sec 18, talvez conseguisse, na melhor das hipóteses,
> (se tivesse um ferreiro amigo e habilidoso)  fazer uma bicicleta ( sem
> pneus ) jamais iria ser possível fazer sequer um transistor, talvez nem
> mesmo no sec 19.
>
>
>
> Antonio Matias <ct1ffu  gmail.com> escreveu no dia domingo, 24/06/2018
> à(s) 12:36:
>
>> Pois é.
>>
>> Na verdade, já fui mais contestatário em relação ao desinteresse dos
>> jovens por estas coisas, não digo só radioamadorismo, mas dos trabalhos
>> manuais em geral.
>>
>> Sinceramente, eu creio que a culpa não é dos jovens, mas sim, de uma ou
>> duas gerações que de algum modo, fizeram bypass a esta coisas.
>>
>> Sem se perceber porquê, a certa altura o grande tema e objectivo
>> nacional de educação passou-se todo para o mundo virtual e criou-se a ideia
>> que tudo se produz com algumas linhas de código em C++
>>
>> Quando mudei a minha empresa para o Parque Tecnológico de Óbidos,
>> instituição que é semi-publica e que tem forte relação com as escolas
>> locais, reparei que todas a empresas "tecnológicas e criativas"
>>
>> trabalhavam essencialmente com um teclado à frente. Em quase 60 empresas,
>> eu era, e creio que ainda seja, a única onda existe um ferro de soldar.
>>
>> Fui convidado para participar em varias actividades empresariais e
>> escolares, mas como tudo não passava de imagens em power-point, nunca me
>> interessei muito, mas sempre deixei o convite e o apoio
>>
>> a uma eventual acção mais material com os miúdos.
>>
>> Convidaram-me a visitar a escola secundária, que por acaso também eu
>> tinha frequentado há 20 e tal anos, e todos os professores ficaram
>> admirados quando lhes contei, que no meu tempo, ali mesmo, havia varias
>> oficinas:
>>
>> Havia salas de cerâmica com rodas de oleiro e fornos, havia oficinas de
>> electrónica e electricidade, bancadas com tornos e ferramentas para
>> trabalhos em metais, oficinais, etc.
>>
>> Toda a gente ficou incrédula quando lhes disse, que qualquer rapariga de
>> então, sabia ligar um interruptor, campainha ou uma caixa de derivação e
>> qualquer rapaz sabia fazer um tear, ponto cruz e Arraiolos.
>>
>> Parece que acabaram com tudo isso nos finais dos anos 90.
>>
>> O resultado?  está á vista. se perguntarmos a um rapaz ou rapariga com 30
>> anos ou menos, para que lado desaperta uma porca, se acertarem é por sorte.
>>
>> Bom, lá fiz as minhas propostas, mostrando disponibilidade para realizar
>> algumas actividades que envolvessem as agora chamadas áreas STEM.
>>
>> A primeira proposta passou por se seleccionar alguns garotos de varias
>> idades e propor-lhes a construção de um pequeno rádio ( PIXIE) apenas de
>> Morse e consequente teste no local com antenas e tal...
>>
>> Nem queiram saber.
>>
>> Foi muito evidente o interesse e empenho dos miúdos pelo trabalho. Muito
>> motivados e concentrados, todos construíram o seu rádio com grande
>> entusiasmo. Notou-se bem a fascínio pela magia que há  no ruído estático
>> dum rádio
>>
>> e nas interrupções causadas pelas portadoras CW resultando o tal apito:
>> Morse.
>>
>>  Vindo duma lata de atum, com alguns componente salteados ( e mal
>> soldados) e ainda quentinhos, pousada nas frágeis mãozitas dos garotos, de
>> olhos arregalados para o interior: " é fantástico" diziam...
>>
>> Claro, que não havendo já professores a leccionar com conhecimentos
>> destas coisas, tivemos que recorrer a alguns radioamadores para ajudar nas
>> montagens. Foram magníficos. Muitíssimo prestáveis.
>>
>> Notei que afinal, os miúdos não têm culpa, nem desinteresse. Tudo é
>> derivado a um novo sistema  que anda um pouco desnorteado no que toca a
>> matéria de ensino.
>>
>> isto é naturalmente uma preocupação nacional, pois o país não avança só
>> com código C++.
>>
>> No que toca ao radioamadorismo em particular, o que afasta mais gente,
>> são os 2 anos em águas-de-bacalhau à espera para poder  exercer. É uma
>> aberração legal e isto afasta muita gente. Tenho muitos exemplos de jovens
>> que se desinteressaram.
>>
>> O propósito talvez fosse afastar os maus, mas parece que o efeito é
>> perverso e afasta mas é os bons.
>>
>> Há tempos fui tirar a carta de caçador. Alguma vez eu iria, se tivesse de
>> ficar em casa 2 anos com a arma no cofre à espera para por fim, lá me
>> deixarem ir tentar caçar uma perdiz? Surreal...
>>
>> Ainda sobre o FT8. Muito se tem falado hoje em dia. A popularidade é
>> tanta, que começa a ser um caso de estudo. Parece que as pessoas
>> efectivamente gostam de tudo feito com o menor esforço possível.
>>
>> Tudo o que seja facilitismo é sempre um sucesso; a cultura de apreciar o
>> destino e não o caminho durante viajem. Talvez por isso o avião seja também
>> um sucesso. hehe
>>
>> Há ainda alguns resistentes que vão proclamando a pouca veracidade dos
>> QSO´s pois o programa tem uma base de dados com os indicativos habituais e
>> o programa apanha dois ou três caracteres e apresenta o
>>
>> indicativo completo como sugestão ( normalmente acerta e isto traduzido
>> em dBs não é honesto. Para além de que, os reports são virtuais e pouco
>> ortodoxos.
>>
>>  Enfim, tem havido por aí muita tinta ( 0 e 1 binários) a escorrer sobre
>> isso nos fóruns temáticos.
>>
>> Melhores dias virão.
>>
>> Oxalá, seja uma fase.
>>
>> <image.png>
>>
>> <image.png>
>>
>> <image.png>
>>
>> <image.png>
>>
>>
>> Antonio A. S. Magalhaes <asmagal  fc.up.pt> escreveu no dia domingo,
>> 24/06/2018 à(s) 05:01:
>>
>>> Bom dia, para todos.
>>>
>>> De facto ( o fato deixou de ser terno porque já ninguém usa colete ) o
>>> CW é
>>>
>>> assim um parente pobre das radiocomunicações, uma espécie de linguagem
>>>
>>> de baixo nível, apenas ligeiramente superior ao binário puro, tal como o
>>> assembly
>>>
>>> da Intel; um pouco melhor do que o tambor africano, a fumaça do índio,
>>>
>>> ou o apito dos cadetes colombianos.
>>>
>>> Mas,"enquanto houver portugueses, não se fuma provisórios"- dizia um tio
>>> meu,
>>>
>>> anti-clerical convicto e tão suave heresiarca como o Teodorico da tia
>>> Patrocínio.
>>>
>>> Pois bem: enquanto houver ( cuidado com a conjugação deste verbo
>>> manhoso...)
>>>
>>> uns carolas que teimam em cansar o ante-braço moendo latão numa chave
>>> morse,
>>>
>>> o CW continuará a desfilar perene e glorioso, tal qual Rei Momo,neste
>>> grande carnaval
>>>
>>> em que se transformou o nosso querido passatempo.
>>>
>>> Saudações tropicais e
>>>
>>> os melhores 73
>>>
>>> António/CT1TE
>>> ---
>>>
>>> A 2018-06-24 02:43, ct1cpp  gmail.com escreveu:
>>>
>>> Ilustres colegas, boa noite!
>>>
>>> O colega Carlos Mourato não é perito em futebolez, olhe que já somos
>>> dois.
>>> Não percebo como pode estar um jogador fora de jogo se está dentro das 4
>>> linhas. Fora de jogo está o público, o treinador e os suplentes, entre
>>> outros.
>>> Depois, existem os jogadores especialistas em aproveitar bem as segundas
>>> bolas (pensava eu que só era permitido uma em jogo). E já agora, parece que
>>> o nosso CR7 marcou um golo histórico, de bicicleta, nunca vi nenhuma
>>> bicicleta dento do campo, enfim...
>>> Brincadeiras à parte, quanto ao tema deste tópico, creio que tem a ver
>>> com a pseudo revolução que o FT8 está a fazer no radioamadorismo, não é
>>> verdade? É isso não é?
>>> Este novo modo dito digital, *(não sei ao certo se é mesmo digital,
>>> essa explicação técnica fica para os especialistas, o que não é o meu
>>> caso),* tal como todos os seus antecedentes e os vindouros, a meu ver,
>>> padecem de um mal congénito logo à nascença.
>>> A curto ou médio prazo, todos acabam por serem vítimas da chamada
>>> OBSOLESCÊNCIA TECNOLÓGICA, por maior obra prima que nos pareçam ser em dado
>>> momento temporal. Foi assim com o Packet Radio, o APRS, o SSTV e com tantos
>>> outros modos ditos digitais, os quais, excluindo o PSK 31, não tiveram nem
>>> têm uma expressão assim tão relevante no radioamadorismo mundial ao ponto
>>> de se falar em êxodo, revolução, fim do SSB e do CW, etc etc...
>>> Não contesto a importância e relevo técnico-científico do FT8 *(o qual
>>> ainda não experimentei mas quero vir a conhecer em breve)*, antes pelo
>>> contrário, sei que é uma ótima ferramenta para estudos de propagação,
>>> otimização das baixas potências, concentração de muitas comunicações num
>>> curto espectro de frequências, etc etc...
>>> O SSB e o CW, foram, são e continuarão a ser resistentes a todos estes*
>>> "ataques"*. digitais. Sobrevivem há muitas e muitas décadas e irão
>>> continuar a andar por aí como dizia um velho e conhecido político da nossa
>>> praça.
>>> Do meu ponto de vista, as comunicações em FT8 e de um modo geral nos
>>> restantes modos digitais, também está ferida de morte no que diz respeito à
>>> quase total ausência de interação humana e muito especialmente por não
>>> despertarem a magia/adrenalina que o colega João e Mourato tão bem
>>> descreveram ter vivido com as suas construções e QSOs. O radioamador
>>> necessita de sentir essa adrenalina do contacto que traduz a sua
>>> proficiência enquanto operador e estratega da otimização e desenvolvimento
>>> da sua estação. Será que o FT8 dá respostas a estas "necessidades"? Eu acho
>>> que não e por isso mesmo, está condenado, é uma questão de tempo.
>>> A meu ver, o sucesso do FT8 não é alheio à inexistência de uma
>>> propagação mínima necessária para se fazerem QSOs em fonia e CW com baixas
>>> potências e antenas ditas de "carregar pela boca". Os tubarões ainda
>>> continuam a fazer os seus QSOs, o cardume de peixe miúdo, no qual eu me
>>> encontro, vai-se vendo à rasca para fazer qualquer coisa que se veja.
>>> Logo que a novidade passe e as condições de propagação melhorem, o
>>> panorama irá ser bem diferente, pese embora por vezes existir algumas
>>> aberturas de propagação e mesmo assim, não se escutar ninguém. A raia miúda
>>> quase nem chega a aperceber-se desses *"bolos aos pobres"*,  penso eu
>>> de que....
>>>
>>> 73 de CT1CPP - Duarte.
>>>
>>> PS. *Desculpem o tamanho da letra mas já vou tendo as minhas
>>> dificuldades visuais, mesmo com um monitor grande.*
>>>
>>>
>>> sábado, 23 de Junho de 2018 às 18:01:50 UTC+1, Carlos Mourato CT4RK
>>> escreveu:
>>>>
>>>> Gomes boa tarde
>>>> Escrevi em "Anglo Brasileiro" tavez para seguir a linha do "Anglo
>>>> futebol"...É lá que se usa muito aquelas expressões esquisitas que eu não
>>>> entendo (porque sou um português de segunda, um burro inculto, que não
>>>> entendo nada de futebol) como "hattrick", off side, "fire play", "meeting
>>>> com os jogadores", e outras englesadas saloias que agora não me lembro!
>>>> Quanto ao tempo da "minha mãe cozinha melhor que a tua", aí é porque
>>>> somos todos saudosistas dos tempos em que nos divertia-mos a sério com as
>>>> coisas simples da vida! Lembro-me tão bem da primeira vez que o meu AM de
>>>> construção caseira foi escutado fora de Castelo Branco (onde morava na
>>>> altura) ! Uma coisa tão banal aquele QSO que fiz com o CT1EH em Bragança,
>>>> tinha eu 13 anos e como "piratainha" tive que usar o indicativo de um OM
>>>> qualquer assim à pressa! Tão importante QSO em AM entre CB e Bragança, foi
>>>> bem mais importante e marcante que hoje fazer reflexão lunar em SSB. Tão
>>>> importnte que ainda hoje me lembro de cabeça das palavras do colega ao
>>>> transmitir os seus dados (nessa altura não havia ANPD) QRA; Nuno Augusto
>>>> Lopes Vicente, QTH Alto do Sapato, nº 60 Bragança!...E olha que sei isto de
>>>> cór e salteado à 47 anos!...Nunca escrevi em lado algum e nunca me esqueci!
>>>> Foi tanta a emoção desse primeiro contacto com uma coisa feita por mim, que
>>>> me ficou gravado até na alma!...talvez por isso nós seres humanos sentimos
>>>> saudade de muitas coisas. Por outro lado, o avanço tecnológico, não tem de
>>>> ser forçosamente a bem ou para o bem da sociedade humana! Se por um lado
>>>> temos a vida facilitada em muitas coisas, por outro lado perderam-se muitos
>>>> valores sociais e até humanos. Hoje em dia as crianças não constroem
>>>> brinquedos, e como tal nunca saberão a felicidade de ver uma obra de
>>>> construção propria ter vida! Não era tão bonito os carrinhos de rolamentos
>>>> que fazia-mos?, Eu quando tinha uns 6 ou 7 anos,  montei um pequeno lagar
>>>> de azeite à escala numa pequena queda de agua numa horta de meus pais! Era
>>>> feliz a olhar para aquelas rodinhas todas a rodar movidas apenas pela
>>>> agua!, depois com 9 anis montei um receptor de galena com um pequeno calhau
>>>> de pirite e uns auscultadores que me deram! Dormia com o auscultador
>>>> debaixo da almofada a escutar a galena! Era feliz assim, e tenho saudades
>>>> desses tempos! Claro que quem nunca passou por isso não pode comparar com
>>>> os smartfone de hoje, e nem sequer consegue imaginar os "atrasadinhos"
>>>> desse tempo, que nem tinham telemóvel nem computador, nem video jogos, nem
>>>> nada dessas maravilhas modernas!...Mas nós os "cotas", os velhos de
>>>> restelo, podemos comparar a duas coisas, porque vivemos em ambas as épocas!
>>>> Daí a legitimidade que os mais jovens não têm em comparar duas coisas
>>>> vividas! Os mais jovens nunca terão essa capacidade de comparação porque
>>>> não viveram essa felicidade!...E os anos correm, e os nossos filhos daqui a
>>>> 30 ou 40 anos, estão a dizer o mesmo que nós, algures num mundo virtual do
>>>> futuro!
>>>>
>>>> 73 de CT4RK e viva o radioamadorismo humano e interactivo! Fazer
>>>> meninos sem quecas é que não entra comigo!
>>>>
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> Cumprimentos:  Carlos Mourato
>>>> Sines - Portugal
>>>>
>>>> REP member nº2155
>>>> ARLA member nº 34
>>>> SAQ Grimeton member nº 1340
>>>>
>>>> Best regards from:  Carlos Mourato
>>>> Sines - Portugal
>>>>
>>>> Op. CT4RK    https://www.qrz.com/db/ct4rk
>>>>
>>>>
>>>> *Visite o meu canal Youtube em:*
>>>> http://www.youtube.com/user/CT4RK?feature=guide
>>>>
>>>> *Visit my youtube channel at:*
>>>> http://www.youtube.com/user/CT4RK?feature=guide
>>>>
>>>> Aos meus e-mails não se aplica o acordo ortográfico.
>>>>
>>>>
>>>> Gomes <ct1...  sapo.pt> escreveu no dia sábado, 23/06/2018 à(s) 15:45:
>>>>
>>>>> Oh Mourato, porque escreveu "Pai Natal" em Anglo brasileiro???? :-D
>>>>> Desculpe a bricadeira mas não resisti.
>>>>> Adorei o texto, quando pela lei da vida as coisas forem acontecendo eu
>>>>> direi, "no meu tempo é que era, mas haviam uns mais velhos...
>>>>> Bom fim de semana!
>>>>> 73, Gomes op: CT1HIX
>>>>> *https://radio-amador.wixsite.com/ct1hix
>>>>> <https://radio-amador.wixsite.com/ct1hix>*
>>>>> Às 15:31 de 23-06-2018, Carlos Mourato escreveu:
>>>>>
>>>>> Muito bem colega Caria. Gostei tanto do seu texto como da fotografia.
>>>>> Belos tempos áureos do radioamadorismo. Concordo plenamentte consigo quanto
>>>>> às ciências. Tem sido a bitola deste povo com o aplauso dos governantes,
>>>>> desprezar tudo o que nao for relativo ao "Desígnio Nacional" do futebol.
>>>>> Aliás bem à maneira do Salazar ( morreu um, mas nasceram muitos mais)
>>>>> convém manter este povinho, distraido e estupificado com  bola, para desta
>>>>> forma manipularem as mentes mais convencidas de que o Papai Noel existe.
>>>>>
>>>>> A Sáb, 23 de jun de 2018, 13:27, João Caria <jo...  caria.com.pt>
>>>>> escreveu:
>>>>>
>>>>>> Olá pessoal,
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Tenho seguido com interesse este tópico mas só agora me dispus a
>>>>>> comentar. Estou reformado e não tenho tempo livre.
>>>>>>
>>>>>> Possivelmente deveria começar por dizer que não quero ofender ninguém
>>>>>> mas seria uma falsidade, o que eu quero mesmo é ofender. Desculpem por ir
>>>>>> tocar a minha viola por um bocado, é só para mostrar aos que  não me
>>>>>> conhecem que gosto das novas técnicas e que estou sempre pronto para as pôr
>>>>>> em prática e que nem todas as coisas que parecem ser muito modernas  o são.
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> No "meu tempo", quando eu ainda era vivo, muitas vezes andei na onda
>>>>>> da frente e com muito orgulho. Fui dos primeiros a ter uma estação de SSB
>>>>>> feito em casa quando o SSB ainda não era comum (anos 50), dos primeiros com
>>>>>> RTTY, o primeiro em território nacional com estação automática em RTTY.
>>>>>> Automática sim senhor. O equipamento ficava ligado 24 horas e atendia
>>>>>> automaticamente quando chamavam por mim e podia ler as mensagens quando
>>>>>> chegava a casa, uma espécie de FACE BOOK. E tudo com transístores e ICs.
>>>>>> Verdade! Com ICs analógicos e digitais DTL e TTL. As mensagens fixas eram
>>>>>> feitas com matrizes de díodos e as variáveis em fita perfurada. Pois é,
>>>>>> esta coisa de estações automáticas já não é assim tão moderna. Ainda tentei
>>>>>> encontrar um artigo que acho ter vindo no QST, isto anos 50 onde se via uma
>>>>>> estação altamente equipada e ao meio do "shack" um "rack" de 19" do chão
>>>>>> até ao tecto cheio de coisinhas de última geração, estando o operador em
>>>>>> frente, com uma dúvida que ainda hoje muitos terão. A dúvida era: devo
>>>>>> deixar a máquina fazer mais um QSO ou desligar o "big switch"?
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Tudo isto para chegar ao ponto em questão; como aliciar novos
>>>>>> amadores já que os que estão, mais tarde ou mais cedo vão ter o prazo de
>>>>>> validade avaliado. O que se pode oferecer a um miúdo para o interessar?
>>>>>> Podemos dizer-lhe para comprar um rádio feito na China, uma antena, ligar a
>>>>>> ficha A na tomada B, ligar o interruptor C, carregar uma "app" no
>>>>>> computador e deixar a poderosa máquina fazer pontos enviando 599 para todo
>>>>>> o lado, receber 599 de volta e registar o contacto num "LOG" electrónico
>>>>>> (mais verde que em papel).
>>>>>>
>>>>>> Ora parece-me que isto não é maneira de competir com um "iphone" que
>>>>>> dá muito menos chatice. Aliás ainda não entendi porque continuam a teclar
>>>>>> as mensagens quando podem ditar as mesmas. Acho que só a próxima geração
>>>>>> dará o salto. Eu por mim, vou esperar que os chineses façam um implante
>>>>>> cerebral barato para dar um salto qualitativo em frente. Melhor ainda, se
>>>>>> tiver memória extra que eu possa usar para me lembrar onde deixei a chave
>>>>>> de CW.
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> Eu acho que tem de haver algo de misterioso, algo de fazer com as
>>>>>> mãos e até usar o "bestunto". Para mim, não é o mesmo falar para a Mongólia
>>>>>> do Sul com um rádio feito na China, ou falar da sala para a cozinha com uns
>>>>>> transístores e um emaranhado de fios soldados por mim. Acho que o Matias
>>>>>> bateu na tecla certa mas é preciso mais. Não se queixem, como ouvi na TV,
>>>>>> que metade dos miúdos não sabe saltar à corda (e a culpa é dos
>>>>>> professores). Temos que ter gente, muita gente, que saiba fazer coisas.  E
>>>>>> não é só rádio, as ciências em geral são muito mal tratadas. Comparem o
>>>>>> tempo dedicado às ciências na TV ou rádio com o tempo dedicado ao desígnio
>>>>>> nacional, o futebol.
>>>>>>
>>>>>>
>>>>>> 73
>>>>>>
>>>>>> João
>>>>>>
>>>>>> CT1FGW
>>>>>>
>>>>>> P.S. encontrei uma das poucas fotos do "meu tempo". Esquerda cima:
>>>>>> estação de TVA, estação de vhf para o Oscar 6, estação RTTY. Em baixo:
>>>>>> leitor de fita perfurada, estação HF. Frente: máquina RTTY e o meu ajudante.
>>>>>>
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>> http://www.ct1ffu.com
>>
>>
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>> *Parque Tecnológico de ÓbidosEdifícios Centrais, Rua da
>> Criatividade2510-216 Óbidos *
>> *Portugal*
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>> *POBOX-38*
>> *2504-909*
>> *Caldas da Rainha*
>> *Portugal*
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>> *Coordenadas GPS:*
>> Latitude= 39.38144
>> Longitude= -9.14494
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> António Matias
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> *Parque Tecnológico de ÓbidosEdifícios Centrais, Rua da
> Criatividade2510-216 Óbidos *
> *Portugal*
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> *POBOX-38*
> *2504-909*
> *Caldas da Rainha*
> *Portugal*
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> Latitude= 39.38144
> Longitude= -9.14494
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