ARLA/CLUSTER: Off Topic: Há massa negativa no Universo.?Até quando Einstein disse que cometeu um “grande erro” pode ter acertado.

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 6 de Dezembro de 2018 - 18:04:10 WET


Um simples sinal negativo pode explicar por que 95% do Universo está a
desaparecer
Por
 SA <https://zap.aeiou.pt/author/sa>
 -
6 Dezembro, 2018

ESA / XMM-Newton / J-T. Li (Universidade de Michigan) / SDSS
<http://www.esa.int/var/esa/storage/images/esa_multimedia/images/2018/04/searching_galactic_haloes_for_missing_matter/17457442-1-eng-GB/Searching_galactic_haloes_for_missing_matter.png>


*Uma equipa de cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, pode
ter resolvido um dos maiores mistérios da Física moderna ao unificar a
matéria escura com a energia escura num só fenómeno – um fluido de “massa
negativa†-, que pode explicar por que motivo está o Universo a
desaparecer.*

No modelo atual e mais aceite da Cosmologia (LambdaCDM), a matéria escura e
a energia escura constituem, no total, mais de 95% do Universo. No entanto,
e apesar da sua forte presença no Universo, nada se sabe sobre as suas
propriedades físicas. A matéria escura só interage gravitacionalmente, ou
seja, tudo o que sabemos sobre este fenómeno é fruto dos seus efeitos
gravitacionais com a matéria observável, como as estrelas ou galáxias.

A nova teoria, que reconhece desde logo que nenhum dos conceitos de massa
negativa ou de criação de massa são novos, *oferece uma nova
explicação *baseada
na sua combinação, sugerindo que se empurramos uma massa negativa, esta
acelera na nossa direção (ou seja, no sentido inverso) – hipótese que pode
ainda validar um teoria traçadas por Einstein há um século.

De acordo com o artigo, recentemente publicado
<https://www.aanda.org/articles/aa/abs/2018/12/aa32898-18/aa32898-18.html> na
revista científica Astronomy *Astrophysics*, estes conceitos não conseguem,
individualmente, explicar as observações astrofísicas modernas contudo, a *sua
combinação pode ser uma solução*.

“Agora acreditamos que tanto a matéria escura como a energia escura podem
ser unificadas num fluido que tem uma espécie de ‘gravidade negativa’,
repelindo assim todo o material à sua volta. Embora esta seja uma questão
peculiar para nós, sugere que o nosso cosmo é simétrico, tanto em
qualidades positivas como negativasâ€, explicou Jamie Farnes, do Centro de
Investigação Eletrónica do Departamento de Ciências da Engenharia de
Oxfort, citado pela agência *Europa Press*
<https://www.europapress.es/ciencia/astronomia/noticia-nueva-teoria-explicar-95-cosmos-desaparecido-20181205104257.html>
.

Anteriormente, a existência de matéria negativa havia sido descartada, uma
vez que se acreditava que este material se tornava menos denso
<https://zap.aeiou.pt/universo-esta-desaparecer-216385> à medida que o
Universo se expandia, o que vai em sentido oposto às observações que
demonstram que a *energia* *escura não é diluída* com o passar do tempo.

Porém, o novo estudo de Farnes adiciona uma nova variável, aplicando o
“tensor de criaçãoâ€, tal como é descrito no artigo, que permite a criação
contínua de massas negativas. Com isto, o cientista argumenta que quando
mais e mais massas negativas se formam continuamente, esta massa negativa
não se dissolve durante a expansão do cosmos. De facto, o fluido parece
assemelhar-se à energia escura.

A nova teoria fornece ainda as *primeiras previsões corretas *sobre o
comportamento dos halos de matéria escura. A maioria das galáxias gira tão
rapidamente que deviam dilacerar-se com esse movimento, sugerindo que
existe um halo invisível de matéria escura que as mantém juntas, de acordo
com Farnes.

A investigação recorreu a simulações computorizadas das propriedades de
massa negativa, prevendo a formação de halos de matéria escura, tal como já
tinha sido inferido pelas observações que recorrem a radiotelescópios
modernos.
O “grande erro†de Einstein pode ter previsto a matéria negativa

Há 100 anos, Albert Einstein deu o primeiro sinal de que poderia existir um
Universo “sombrioâ€, quando descobriu um parâmetro nas suas equações – a
“constante cosmológica†– que agora sabemos ser sinónimo de energia escura.

Observações astrofísicas modernas mostram que a constante de Einstein, que
o próprio considerou ser o seu “grande erroâ€, é, na verdade, *um fenómeno
real*. Em anotações datadas de 1918, o físico postulou ser necessária uma
modificação na teoria “para que o espaço vazio assuma o papel da gravidade
das massas negativas que estão distribuídas por todo o espaço interestelarâ€.

Apesar de não se mostrar muito satisfeito com a constante, é muito provável
que Einstein tivesse já previsto um Universo repleto de massas negativas.

“As abordagens anteriores para combinar a energia escura e a matéria escura
têm tentado modificar a teoria da Relatividade Geral de Einstein, o que é
incrivelmente desafiador. A *nova abordagem pega em duas ideias antigas* que
são conhecidas por serem compatíveis com a teoria de Einstein – massas
negativas e criação de matéria – e combina-asâ€, explicou o cientista.

“O resultado pode ser muito bonito: a energia escura e a matéria escura
podem unificar-se numa só substância, e ambos os efeitos podem explicar-se
simplesmente como uma massa de matéria positiva a *navegar num mar de
massas negativas*“, sustentou.

A prova teoria de Farnes surgirá a partir de testes que são futuramente
realizados com o radiotelescópio *Square Kilometer Array* (SKA), projeto
internacional que visa construir o maior telescópio do mundo, no qual a
Universidade de Oxford participa.

Apesar de reconhecer que há ainda problemas teóricos e simulações
computacionais que precisam de trabalho, e tendo também em conta que o
modelo do LambdaCDM tem uma vantagem de quase 30 anos, *Farnes está
“ansiosoâ€* para ver se esta versão estendida do LambdaCDM *pode coincidir
com outros testes *observacionais do nosso Universo.

“Se for real, sugiro que os 95% perdidos do cosmos tivessem uma solução
estética: *esquecemo-nos de incluir um simples sinal negativo*“, rematou o
cientista.

Fontes: SA, ZAP // Europa Press
<https://www.europapress.es/ciencia/astronomia/noticia-nueva-teoria-explicar-95-cosmos-desaparecido-20181205104257.html>
; Phys.org
<https://phys.org/news/2018-12-universe-theory-percent-cosmos.html>
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