ARLA/CLUSTER: Satélite português vai ser lançado no Espaço “à boleia” da ESA
João Costa > CT1FBF
ct1fbf gmail.com
Terça-Feira, 19 de Setembro de 2017 - 18:05:53 WEST
Satélite “biodegradável” pronto a lançar no Espaço. E tem tecnologia
portuguesa a bordo
O satélite 100% português está a ser desenvolvido no Instituto
Superior Técnico, em Lisboa, com o apoio do Instituto de
Telecomunicações.
Após uma intensa competição, a Agência Espacial Europeia selecionou o
satélite português ISTsat-1 para integrar o próximo lote de CubeSats a
enviar para o espaço, que será colocado em órbita pelos astronautas da
Estação Espacial Internacional.
A construção integral do satélite desenvolvido no Instituto Superior
Técnico, assim como a preparação para o seu lançamento e
monitorização, estão a cargo de uma equipa totalmente portuguesa,
constituída por seis coordenadores, dois colaboradores e 14 alunos.
Além de assegurar a maior percentagem do orçamento – entre 500 mil e
um milhão de euros – a ESA vai fornecer apoio técnico e é responsável
pelo lançamento do satélite. Tudo o resto é assegurado pela equipa
portuguesa, desde o design de todo o hardware (controladores, rádios,
sensores, fontes de alimentação e atuadores) ao desenvolvimento do
software, incluindo-se, aqui, os sistemas de processamento e
comunicação digital.
Segundo Gonçalo Tavares, coordenador dos sistemas de comunicação, “o
facto de ser a equipa portuguesa a fazer todos os subsistemas foi um
dos aspetos que a ESA valorizou”, refere-se numa nota enviada às
redações.
Lançado em 1993, o POSAT-1 – projeto liderado pelo cientista Fernando
Carvalho Rodrigues, com o apoio de várias empresas e universidades
portuguesas – é considerado o primeiro satélite português. No entanto,
“este é o primeiro satélite construído por uma universidade
portuguesa”, afirma Rui Rocha, investigador do IT e líder da equipa do
ISTsat-1.
Apesar de contar com a parceria da Associação Portuguesa de Amadores
de Rádio para Investigação, Educação e Desenvolvimento (AMRAD) e do
Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC), o projeto
necessita, ainda, de apoios – nomeadamente do setor privado – para que
o satélite, já em fase avançada, se torne realidade.
Fonte: Casa dos Bits
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