ARLA/CLUSTER: Avião da Força Aérea apanhou início de fogos e pessoas a fazer queimadas no passado fim de semana

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 30 de Outubro de 2017 - 17:46:07 WET


Por
 ZAP <https://zap.aeiou.pt/author/zap>
 -
30 Outubro, 2017

(dr) EMFA <http://www.emfa.pt/www/aeronave-19>
Aeronave de reconhecimento EADS C295-M da Força Aérea Portuguesa

*A aeronave EADS C-295M da Esquadra 502 realizou missões em vários locais
do país, alertando os bombeiros para situações irregulares e evitando focos
de incêndio.*

De acordo com o Diário de Notícias
<https://www.dn.pt/sociedade/interior/aviao-da-forca-aerea-detetou-inicio-de-fogos-e-pessoas---a-fazer-queimadas-8881520.html>,
a Força Aérea foi, neste fim de semana, capaz de *evitar que vários focos
de incêndio ganhassem dimensões* complicadas para os bombeiros.

Portugal continuava sob a ameaça de temperaturas altas e o o patrulhamento
efetuado pela aeronave EADS C-295M <http://www.emfa.pt/www/aeronave-19> detetou
queimadas e outras atividades consideradas de risco – que estão proibidas.

O avião da Esquadra 502 fez, durante 48 horas, *missões de reconhecimento e
aviação*por todo o país, numa ação de prevenção que tinha como objetivo
evitar que surgissem focos de incêndio que pudessem resultar em fogos como
os de junho e deste mês.

A Força Aérea conseguiu então identificar “locais com elevado potencial de
reacendimento, o que permitiu a realização de ações preventivas, *evitando-se
situações complexas* e a identificação de novos focos de incêndio com
imediato acionamento de equipas de combateâ€, segundo fonte do Ministério da
Administração Interna.

As ações preventiva registaram “queimas e atividades de risco proibidas†–
atividades proibidas até dia 31 de outubro, devido ao risco de incêndio -,
através do uso de equipamentos que permitem a deteção de pontos quentes com
recurso a imagem térmica, que tanto pode ser utilizada de dia como de
noite, e a sua localização.
Comissão Técnica Independente quer estudar incêndios de 15 de outubro

A TSF
<https://www.tsf.pt/sociedade/interior/novos-incendios-enormes-e-rapidos-fogos-exigem-investigacao-defendem-peritos-8882059.html>
avança
que três peritos da Comissão Técnica Independente criada para investigar o
que se passou em Pedrógão Grande defendem que *é preciso estudar muito
bem* como
foi possível Portugal ter vários fogos ainda mais devastadores que o
incêndio de 17 de junho no Pinhal Interior, progredindo a uma velocidade
nunca vista, no dia 15 de outubro.

A 15 de outubro, sublinha Carlos Fonseca, um dos peritos, a área
ardida foi *incomparavelmente
superior e foram vários os fogos* em diferentes zonas do país, com dois
deles a queimarem, cada um, mais de 60 mil hectares.

O especialista da Universidade de Aveiro recorda que as chamas andaram a
uma velocidade que mesmo para o próprio, que conhece outras realidades
internacionais, parecia impossível: *100 quilómetros em apenas 6 horas*.

Carlos Fonseca diz que a “anormalidade de incêndios tão grandes†revela que
a *prevenção*já *é insuficiente* para proteger os territórios e é preciso
aprender lições para o futuro.

Apesar de ser uma “boa baseâ€, o relatório sobre Pedrógão tem de ser
atualizado e revisto para evitar consequências em fogos que podem passar a
ser comuns, assim como para perceber “as novas dinâmicas destes grandes
incêndiosâ€, defende Carlos Fonseca.
EDP rejeita responsabilidades sobre Pedrógão

A EDP rejeita as conclusões do relatório técnico elaborado pela
Universidade de Coimbra, segundo o Negócios
<http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/edp-rejeita-teoria-do-relatorio-tecnico-sobre-pedrogao>.
A empresa diz que, após “analisar o relatório, reitera a sua convicção
desde o primeiro momento. *Não é possível sustentar a tese* de que na
origem do incêndio possa ter estado o contacto entre a vegetação e a linha
elétricaâ€.

O relatório
<https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/documento#o-complexo-de-incendios-de-pedrogao-grande-e-concelhos-limitrofes-iniciado-a-17-de-junho-de-2017>,
de quase 250 páginas, encomendado pelo Ministério da Administração Interna
à Universidade de Coimbra, no rescaldo do incêndio de Pedrógão Grande,
afasta
<https://zap.aeiou.pt/linha-da-edp-causou-incendio-pedrogao-grande-um-segundo-fogo-nunca-registado-177156>
causas
naturais, como raios ou mão criminosa, e aponta “a convicção fundamentadaâ€
de que o incêndio terá sido causado “por *contactos entre a vegetação e a
linha elétrica* de média tensão†da EDP.

A companhia elétrica, por sua vez, explica que as linhas elétricas “dispõem
de sistemas que monitorizam e *registam em permanência*, todos os eventos
relativos à exploração e operação das mesmasâ€.

Analisando o dia do incêndio de Pedrógão Grande, 17 de Junho, a EDP
Distribuição explica que teve lugar um “evento de *corte e religação
automática*, sem que tenha havido passagem da corrente ao soloâ€.

De acordo com a empresa, este evento terá tido lugar “*alguns minutos após* a
hora dos primeiros alertas referidos nos relatórios (quer o da Comissão
Independente, quer no relatório elaborado pela Universidade de Coimbra)â€, o
que garante que o “evento foi uma consequência e nunca uma causa do
incêndioâ€.

Além do mais, a EDP Distribuição assegura que a “linha em questão foi
objeto de inspeção visual dois meses antes do incêndio, não tendo sido
detetada qualquer situação de riscoâ€.

No relatório do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da
Universidade de Coimbra, os peritos apontam a “*deficiente gestão de
combustíveis* na faixa de proteção da linha, por parte da entidade gestoraâ€.

“As árvores nas imediações do suposto local de origem quase que tocam nos
cabos elétricos, sendo possível que, em períodos de vento, como a altura em
que se deu a ignição, os seus *ramos embatam nas linhas elétricas*. Há
vários indícios de que as árvores terão tocado nestes cabos várias vezes
porque apresentam várias zonas queimadasâ€, constatam ainda os peritos do
CEIF.

ZAP //
-------------- próxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: http://radio-amador.net/pipermail/cluster/attachments/20171030/130c57b4/attachment.html


Mais informações acerca da lista CLUSTER