ARLA/CLUSTER: Incêndios em Portugal e na Galiza: as diferenças, segundo o El País

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Sexta-Feira, 20 de Outubro de 2017 - 17:47:52 WEST


O El País comparou os fogos na Galiza e em Portugal. O investimento feito
na prevenção, as políticas e a profissionalização dos bombeiros são algumas
das diferenças destacadas pelo jornal espanhol.
Partilhe
<https://www.facebook.com/sharer/sharer.php?t=Inc%C3%AAndios%20em%20Portugal%20e%20na%20Galiza%3A%20as%20diferen%C3%A7as%2C%20segundo%20o%20El%20Pa%C3%ADs&u=http%3A%2F%2Fobservador.pt%2F2017%2F10%2F20%2Fincendios-em-portugal-e-na-galiza-as-diferencas-segundo-o-el-pais%2F>
<https://twitter.com/intent/tweet?original_referer=http%3A%2F%2Fobservador.pt%2F2017%2F10%2F20%2Fincendios-em-portugal-e-na-galiza-as-diferencas-segundo-o-el-pais%2F&text=Inc%C3%AAndios%20em%20Portugal%20e%20na%20Galiza%3A%20as%20diferen%C3%A7as%2C%20segundo%20o%20El%20Pa%C3%ADs:%20http%3A%2F%2Fobservador.pt%2F2017%2F10%2F20%2Fincendios-em-portugal-e-na-galiza-as-diferencas-segundo-o-el-pais%2F&via=observadorpt>
<https://plus.google.com/share?url=http%3A%2F%2Fobservador.pt%2F2017%2F10%2F20%2Fincendios-em-portugal-e-na-galiza-as-diferencas-segundo-o-el-pais%2F>
<http://www.linkedin.com/shareArticle?mini=true&url=http%3A%2F%2Fobservador.pt%2F2017%2F10%2F20%2Fincendios-em-portugal-e-na-galiza-as-diferencas-segundo-o-el-pais%2F&title=Inc%C3%AAndios%20em%20Portugal%20e%20na%20Galiza%3A%20as%20diferen%C3%A7as%2C%20segundo%20o%20El%20Pa%C3%ADs>
<?subject=Inc%C3%AAndios%20em%20Portugal%20e%20na%20Galiza%3A%20as%20diferen%C3%A7as%2C%20segundo%20o%20El%20Pa%C3%ADs&body=Acabei%20de%20ler%20este%20artigo%20no%20Observador:%20http%3A%2F%2Fobservador.pt%2F2017%2F10%2F20%2Fincendios-em-portugal-e-na-galiza-as-diferencas-segundo-o-el-pais%2F>

Marcelo Rebelo de Sousa consola uma idosa afetada pelos incêndios do
passado fim de semana

JOÃO PORFÃRIO/OBSERVADOR
Autor

   - Rita Porto <http://observador.pt/perfil/rporto/>
   -  Email <rporto  observador.pt>

Mais sobre

   - GALIZA <http://observador.pt/seccao/mundo/europa/espanha/galiza/>
   - INCÊNDIOS
   <http://observador.pt/seccao/sociedade/acidentes-e-desastres/incendios-acidentes-e-desastres/>
   - ESPANHA <http://observador.pt/seccao/mundo/europa/espanha/>
   - EUROPA <http://observador.pt/seccao/mundo/europa/>
   - MUNDO <http://observador.pt/seccao/mundo/>
   - ACIDENTES E DESASTRES
   <http://observador.pt/seccao/sociedade/acidentes-e-desastres/>
   - SOCIEDADE <http://observador.pt/seccao/sociedade/>

Os incêndios na Galiza e em Portugal, do passado fim de semana, podem ter
começado na mesma altura, mas tiveram resultados bem diferentes. Os
espanhóis contabilizaram quatro mortos e 35.500 hectares de área ardida,
enquanto os fogos em Portugal — o país europeu com maior número de
incêndios e de área queimada — fizeram até agora 43 mortos e 150 mil
hectares de área ardida.

O jornal espanhol El País
<https://elpais.com/internacional/2017/10/19/actualidad/1508410409_311317.html>comparou
os fogos e destacou como diferenças o investimento feito na prevenção, nas
políticas e na profissionalização dos bombeiros.

A questão da distribuição do território também é destacada no artigo. Em
Portugal, 85% da floresta é propriedade privada, sendo que o Estado só tem
2%, e o resto são áreas públicas. A percentagem de área privada noutros
países europeus é mais baixa: em França são 75%, em Espanha 70%, em Itália
66% e na Grécia 22%.

“Sabe-se que quase todos os montes são privados, mas pouco mais se sabe.
(…) Não se sabe de quem é a floresta, quem lá vive e quem lá morreâ€,
escreve o jornalista Javier Martín del Barrio.

No que toca à profissionalização dos bombeiros, Portugal conta com dois mil
bombeiros profissionais e em Espanha há 20 mil. “Portugal combate os
incêndios com bombeiros voluntários; Espanha com profissionalismo e
conhecimentosâ€, disse ao jornal Paulo Fernandes, engenheiro florestal
português, acrescentando que 90% dos bombeiros que combatem os fogos são
voluntários.

Nos fogos do fim de semana passado, havia o mesmo número de operacionais no
terreno em Portugal e na Galiza: cinco mil. A diferença era que em Espanha
os incêndios estavam a ser combatidos por militares e bombeiros
profissionais e em Portugal a maior parte eram bombeiros voluntários.

O especialista em fogo destaca ainda outra diferença: as políticas de
prevenção e o combate aos incêndios.

Na sequência dos incêndios de 1989 na Galiza, que fizeram quatro mortos e
200 mil hectares de área ardida — “o ano de 1989 foi para a Galiza aquilo
que 2017 foi para Portugalâ€, lê-se no El País –, em 1990, foi criada uma
direção que coordena a prevenção e combate aos incêndios. Essa direção
inclui, desde 2005, uma unidade de intervenção militar urgente (UME), que
no incêndio do fim de semana passado só precisou de algumas horas para
entrar em ação — em Pedrógao Grande foram precisos três dias para os
militares começarem a intervir.

Recorde-se que em Portugal, as responsabilidades estão repartidas entre a
GNR, a Proteção Civil e os Ministérios do Ambiente e Administração Interna.
A Comissão Técnica Independente, que elaborou o relatório sobre o que se
passou em Pedrógão Grande, recomendou precisamente a criação de um
organismo único e que centralizasse as funções de vigilância, prevenção e
combate.

“Nos anos 90, a Espanha e a Galiza mudaram o plano de extinção; fizeram-no
com mais eficiência, mais baseado no conhecimento, é mais profissional e
combate-se [o fogo] com técnicas florestaisâ€, acrescentou Paulo Fernandes
ao jornal espanhol. A Galiza, aliás, foi a primeira a usar hidroaviões,
técnicas de fogo controlado, centros de coordenação e na criação câmaras
automáticas de vigilância, destaca ainda o jornal.

O valor do orçamento para as florestas e o seu destino também é bem
diferente: “Na Galiza, dois terços do orçamento destina-se à prevenção [dos
fogos] e apenas um terço ao combate. Em Portugal é o contrárioâ€, explicou
Paulo Fernandes. “Apenas 5% do orçamento da floresta é para os trabalhos de
prevenção, como limpeza das florestas ou criação de contra-fogos, cerca de
15% é para vigilância e o resto para o combate.â€

Portugal investe 100 milhões de euros na extinção dos incêndio enquanto
Espanha investe dois mil milhões, refere ainda o El País.

“Se 4% do orçamento para a extinção fosse dado à prevenção, haveria uma
resposta efetiva ao problemaâ€, defendeu Domingos Lopes, diretor do
Departamento de Ciências Florestais da Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro (UTAD)
-------------- próxima parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: http://radio-amador.net/pipermail/cluster/attachments/20171020/60aac43c/attachment.htm


Mais informações acerca da lista CLUSTER