ARLA/CLUSTER: Autoprotecção em caso de incêndio Florestal
Salomao Fresco
sal.fresco gmail.com
Segunda-Feira, 16 de Outubro de 2017 - 11:03:56 WEST
Bom dia a todos os Colegas subscritores do ARLA-Cluster.
Permitam que partilhe convosco algumas das medidas de Autoprotecção em caso
de incêndio Florestal.
(fonte ANPC)
Não sendo um assunto directamente relacionado com o nosso Hobby, julgo ser
pertinente que todos saibamos como proceder em tais situações.
Medidas de Autoproteção
​Pessoas e Bens
Antes
- Aprenda e ensine as práticas de segurança contra incêndios;
- Tenha sempre um meio para extinguir de imediato e completamente o
inÃcio dum incêndio (exemplo: extintor, mangueiras, enxada, pás, etc);
- Utilize materiais resistentes ao fogo na construção ou renovação das
suas habitações;
- Plante árvores que possam contribuir para a contenção mais fácil da
linha de um incêndio;
- Crie uma zona de segurança, nunca inferior a 50 metros, entre a sua
habitação e os materiais combustÃveis;
- Sempre que possÃvel, deverá ser criada uma faixa pavimentada de 1 a 2
m de largura, circundando todo o edifÃcio;
- Armazene materiais combustÃveis em zonas seguras e fora da sua
habitação;
- Tenha em atenção a localização das linhas elétricas em relação à s
copas das árvores;
- Não se esqueça que as copas das árvores e dos arbustos deverão estar
distanciadas no mÃnimo 5 metros da edificação e nunca se poderão projectar
sobre o seu telhado;
- Elabore planos de evacuação da sua casa pedindo a colaboração dos
vizinhos;
- Planeie a utilização de estradas alternativas para fugir das zonas de
perigo.
Tenha o seguinte equipamento de reserva:
- Rádio e lanterna a pilhas, com pilhas de reserva;
- Caixa de primeiros socorros;
- Comida e bebidas em embalagens de conserva;
- Sapatos fortes e isolantes do calor (exemplo: couro);
- Um rádio de pilha;
- Para a eventualidade de a sua famÃlia poder ficar separada durante um
incêndio (quando os adultos estão a trabalhar e as crianças na escola)
elabore um plano para a reunir. Utilize um ponto de contacto entre os seus
familiares e amigos. Tenha a certeza que todos sabem o seu nome, morada e
telefone;
- Não faça fogo no interior das florestas;
- Não lance foguetes ou fogo de artifÃcio nos espaços rurais;
Nunca deixe que um pequeno foco de incêndio cresça e se transforme num
incêndio. Não se esqueça que no primeiro minuto qualquer fogo nascente se
apaga com um copo de água mas cinco minutos depois uma tonelada de água
poderá não chegar;
- Nunca deixe crianças sozinhas em casa fechadas à chave;
- Não deixe as crianças brincarem com fósforos ou isqueiros.
Durante
- Se for surpreendido pelo inÃcio dum incêndio florestal contate de
imediato os Bombeiros, Forças de Segurança (GNR ou PSP) utilizando para o
efeito o número 112;
- Ligue o seu rádio de pilhas para obter informação atualizada sobre a
situação de emergência;
- Tome em atenção a proteção da sua habitação, no caso do incêndio se
desenvolver nas proximidades;
- Retire os cortinados inflamáveis e feche todas as persianas, ou
coberturas, de janelas não combustÃveis, para tentar evitar a propagação do
incêndio para o interior da casa;
- Feche todas as janelas e portas para evitar fenómenos de sucção;
- Feche todas as válvulas do gás e regue os depósitos com água;
- Acenda uma luz em todas as divisões para ter visibilidade em caso de
presença de fumos;
- Ponha os objetos que não sejam danificados pela água no interior de
piscinas ou de tanques;
- Remova materiais combustÃveis do interior e das imediações da sua casa;
- Molhe abundantemente as paredes e toda a zona circundante da casa;
- As piscinas ou tanques são zonas potencialmente mais
seguras;
- Retire a sua viatura dos caminhos de acesso ao incêndio;
- Se estiver próximo do incêndio e não correr perigo tente extingui-lo
com pás, enxadas ou ramos, procurando sempre não prejudicar a acção dos
bombeiros e seguir as suas instruções;
- Se notar a presença de pessoas com comportamentos de risco, informe as
autoridades;
- Caso as autoridades aconselhem a sua evacuação, obedeça rapidamente
mas com calma;
- Caso o incêndio se aproxime da sua habitação, ou por ordem das
autoridades esteja preparado para evacuar todos os membros da sua famÃlia,
dando especial atenção às crianças, idosos e deficientes. Caso não seja
possÃvel por a salvo os seus animais atempadamente, solte-os, eles tratam
de si próprios;
- Não perca tempo a recolher objetos pessoais desnecessários;
- Não volte atrás por motivo algum.
Se ficar preso por um incêndio:
•Procure não entrar em pânico;
•Saia na direcção contrária à do vento;
•Identifique uma zona com água na qual poderá defender-se de altas
temperaturas, e afaste-se de zonas com muita vegetação;
•Cubra a sua cabeça e a parte superior do seu corpo com roupas molhadas;
•Respire o ar junto ao chão através duma roupa molhada a fim de evitar a
inalação de fumos;
•Se não existe água nas proximidades, procure um abrigo numa área aberta ou
num afloramento de rochas.
•Mantenha-se deitado e SE POSSÃVEL cubra-se com a terra do próprio solo;
•Em caso de queimadura passe-a por água fria. Nunca use gorduras;
•Caso não consiga sair sozinho, aguarde a chegada das autoridades.
Depois
- Tome cuidado quando regressar a uma área recentemente ardida, podem
haver reacendimentos. Verifique se existem zonas em combustão na sua casa
ou à sua volta e extinga-os, caso existam;
- Se a sua casa for evacuada, regresse só quando as autoridades o
aconselharem;
- Assegure-se que a sua casa não está em risco de ruir. Tenha cuidado
com os fios eléctricos expostos e outros perigos;
- Impeça as crianças de brincarem no local do incêndio a seguir à sua
extinção. Lembre-se que há o perigo de reacendimento;
- Se as autoridades competentes solicitarem a sua ajuda nas operações de
rescaldo e vigilância, COLABORE!
Cuidados a ter com a florestais
Prevenção
Chave de Riqueza e de Vida.
O seu contributo para proteger a floresta do fogo baseia-se na adopção de
algumas Acções Preventivas, medidas de simples bom senso, sempre que haja
risco de incêndio e sobretudo durante os perÃodos mais quentes e secos.
Deve-se respeitar a legislação vigente, nomeadamente o DECRETO-LEI Nº
124/2006, de 28 de junho, alterado pelo DECRETO-LEI N.º 17/2009, de 14 de
janeiro, que estabelece as medidas e acções a desenvolver no âmbito do
Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios (SNDFCI) e ter
especial cuidado com:
Queimadas
É proibida a realização de queimadas durante o «perÃodo crÃtico», a definir
em Portaria especÃfica.
A realização de queimadas só é permitida após licenciamento na respectiva
Câmara Municipal, ou pela Junta de Freguesia se a esta for concedida
delegação de competências, na presença de técnico credenciado em fogo
controlado ou, na sua ausência, de equipa de bombeiros ou de equipa de
sapadores florestais.
As queimadas constituem um perigo para a floresta durante o Verão, mas não
só. Em especial na Primavera e no Outono mais secos e com temperaturas mais
elevadas do que o normal para a época, uma queimada mal conduzida poderá
ocasionar incêndios florestais de área considerável.
Lançamento de foguetes
Durante o "perÃodo crÃtico", nos espaços rurais, a utilização de fogo de
artifÃcio está sujeita a autorização prévia da respectiva Câmara Municipal.
Utilização de fósforos e cigarros
Durante o "perÃodo critico" é proibido fazer fogo de qualquer espécie,
incluindo fumar, nos espaços florestais, nas vias que os delimitam ou os
atravessam. Fora do "perÃodo critico" e desde que o Ãndice de risco
temporal de incêndio seja de nÃvel muito elevado e máximo, mantém-se as
restrições já referidas.
Fogueiras
É proibido, nos espaços rurais, durante o "perÃodo critico", fazer fogo de
qualquer espécie, incluindo a realização de fogueiras para lazer ou recreio
e para a confecção de alimentos, bem como a utilização de equipamentos de
queima e combustão destinados à iluminação e ou confecção de alimentos.
Existem indicações sobre o modo, ocasião e local correctos para realização
de fogueiras.
Piqueniques
É proibida a realização de piqueniques com uso do fogo para confecção ou
aquecimento de alimentos. Deverão ser utilizados os espaços próprios para o
efeito, construÃdos pelas autarquias ou outras instituições, locais estes
onde deverão ser disciplinados todos as actos relacionados com o uso do
fogo e rejeição de dejetos, onde deverá ser dada ênfase especial à limpeza
dos combustÃveis vegetais por forma a quebrar a continuidade horizontal com
os povoamentos contÃguos.
Apicultura
A actividade apÃcola, vulgarmente exercida no interior ou nos limites de
povoamentos florestais, está vulgarmente associada à utilização do fogo.
Este meio é utilizado não só para acender os fumigadores como também para
realizar limpezas de matos adjacentes ao apiário. Durante o "perÃodo
crÃtico", as acções de fumigação ou desinfestação em apiários não são
permitidas, excepto se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos
de retenção de faúlhas.
Linhas eléctricas
As linhas eléctricas que atravessam espaços florestais deverão providenciar
a gestão do combustÃvel numa faixa que abranja a área da projeção vertical
das linhas e mais uma faixa adjacente de cada lado, de largura não inferior
a 10 metros.
Vias férreas
Os incêndios florestais relacionados com a passagem de comboios podem ter
várias causas: projeção de faÃscas devido à frenagem, projeção de materiais
incandescentes pelos passageiros dos comboios (fósforos, beatas) e faúlhas
provenientes dos tubos de escape das máquinas que funcionam com motores de
combustão. À semelhança do caso anterior, as entidades responsáveis pelas
vias ferroviárias deverão salvaguardar uma faixa de 10 metros, contada a
partir da aresta exterior dos carris externos das vias.
Rede viária
À semelhança do caso das vias férreas, as entidades responsáveis pela rede
viária deverão providenciar a gestão de combustÃvel numa faixa lateral de
terreno confinante numa largura não inferior a 10 metros.
Máquinas ou equipamentos de motor de combustão
De acordo com a legislação, é obrigatório que as máquinas de combustão
interna ou externa, utilizadas em áreas florestais, estejam equipadas com
dispositivos de retenção de faÃscas ou faúlhas e dispositivos tapa chamas
nos tubos de escape. É necessário ter muito cuidado e estar constantemente
vigilante quando se utilizam máquinas agrÃcolas, máquinas florestais,
veÃculos todo o terreno, locomotivas, etc. em zonas florestais.
É obrigatório que as máquinas que desenvolvem actividades nos espaços
rurais estejam equipadas com um ou dois extintores de 6 kg de acordo com a
sua massa máxima.
Medidas de segurança com vista a diminuir o potencial perigo de incêndio
florestal pela utilização destas máquinas:
- Utilização de dispositivos de segurança para evitar o risco de
incêndio por projecção de faúlhas ou faÃscas e por sobre-aquecimento de
alguns componentes da máquina;
- Boa acessibilidade a extintores nos locais de trabalho florestal ou
agrÃcola;
- Evitar o contacto entre combustÃveis florestais finos e mortos e as
componentes sobre aquecidas da maquinaria;
- O abastecimento de combustÃvel deverá ser feito a frio, em lugares
isentos de focos de ignição.
Chaminés
As chaminés de residências ou de fábricas poderão ser responsáveis pela
emissão de material incandescente, que poderá provocar focos de ignição
caso encontrem na sua trajectória combustÃveis vegetais finos e muito
secos. Para evitar tais acontecimentos sugere-se a instalação de
dispositivos de retenção de faúlhas, como uma simples rede de malha
adequada.
Realização de queimadas/fogueiras
O momento ideal para a realização de queimadas nem sempre é de fácil
decisão.
Alguns meses primaveris e invernais poderão também apresentar alturas pouco
favoráveis à realização de queimadas.
Ao realizar uma queimada deverão ser observadas as seguintes precauções:
Humidade do ar - quanto maior a humidade do material vegetal, menor a
facilidade que este tem de entrar em combustão. A realização de queimadas
em dias húmidos dificulta uma eventual propagação da queimada para
combustÃveis contÃguos ou próximos. As queimadas deverão ser realizadas em
dias com humidade do ar elevada.
Temperatura do ar - temperaturas elevadas tornam os combustÃveis mais secos
e susceptÃveis de entrarem em combustão. Nesses dias, uma eventual
“escapadela†da queimada poderá originar um incêndio de consequências
desastrosas. Evitar realizar queimadas em dias quentes.
Vento - é o responsável pela oxigenação da combustão e arrastamento de
faúlhas que poderão provocar focos de incêndio a distâncias consideráveis e
pela inclinação das chamas sobre outros combustÃveis que não interessem
queimar. Evitar realizar a queimada num dia de vento, sobretudo se este for
de direcção variável. O vento não deverá soprar no sentido de zonas de
grande acumulação de combustÃveis florestais.
CombustÃveis - como combustÃveis mais comuns na realização de queimadas
podem-se citar todos aqueles materiais vegetais resÃduos de actividades
agrÃcolas ou florestais, tais como, erva, ramos de árvores, rama da batata,
etc..
O combustÃvel, conjuntamente com o calor e o oxigénio, é uma das
componentes essenciais para que a queimada se realize. Deverá ser evitado
qualquer contacto entre a fogueira e os combustÃveis que não se desejem
destruir. Para tal, ao redor da fogueira, deverá ser limpa uma faixa de
pelo menos 2 metros de largura e com uma profundidade suficiente para que
se atinja a camada mineral, ou seja, um nÃvel em que o solo não apresente
material combustÃvel.
Esta limpeza evitará que o fogo escape de controle por contacto com os
combustÃveis adjacentes.
Declive - evitar a realização de queimadas em locais onde o declive seja
acentuado. Material incandescente pode libertar-se da fogueira e rolar
encosta abaixo provocando focos de incêndio.
Alimentação gradual - a fogueira onde se pretende destruir o material
vegetal agrÃcola deverá ser alimentada gradualmente para evitar a produção
de muito calor e uma elevada emissão de faúlhas. O material a queimar
deverá ser adicionado gradualmente, em pequenas quantidades, diminuindo
assim a probabilidade de descontrolo da queima.
Vigilância - uma vigilância permanente e cuidada é essencial para a
realização adequada de uma queimada. O responsável pela queimada deverá ter
em atenção as formas mais prováveis de evasão do fogo dos limites da
fogueira. Esta poderá ser por emissão de faúlhas (via aérea), por
aquecimento de combustÃveis adjacentes ao lume ou por condução de calor em
terrenos com muita matéria combustÃvel enterrada. A vigilância deverá ser
sempre prolongada várias horas para além da extinção total da fogueira.
Ãgua - para precaver qualquer emergência durante a realização da queimada é
necessário que água esteja sempre acessÃvel, seja através de recipientes,
ou através de mangueiras ligadas à rede publica, a poços ou nascentes. A
água servirá também para tornar mais eficiente o rescaldo final.
UtensÃlios - utensÃlios de uso agrÃcola tais como ancinhos, pás e enxadas
poderão ser utilizados para criar o espaço adequado para realizar a queima,
para mais facilmente controlar a fogueira e para auxiliar na extinção final
da combustão.
Rescaldo - um grande número de queimadas originam incêndios muito tempo
após terem sido presumivelmente apagadas. Um rescaldo adequado é tão
importante como uma boa condução do lume. Além da extinção das chamas vivas
da queimada, o rescaldo também deve contemplar a supressão de qualquer
combustão lenta que se desenvolva em nÃveis interiores, não directamente
observáveis, nomeadamente no interior das cinzas e na camada orgânica do
solo.
Os utensÃlios devem ser utilizados para remexer a zona da queimada,
apagando qualquer réstia de materiais em combustão. A cinza quente não deve
ser espalhada sobre material fino e seco. Deve ser utilizada água para uma
extinção final mais eficiente.
Informação - quaisquer esclarecimentos ou dúvidas relativos à execução da
queimada podem ser devidamente clarificados junto da Câmara Municipal da
área de residência ou junto das dependências regionais do Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas.
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Última modificação
2016.06.15 15:21
Evite os incêndios florestais
Salomão Fresco
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