ARLA/CLUSTER: ESA recebe desenho revisto de primeiro satélite de uma universidade portuguesa

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 9 de Outubro de 2017 - 13:01:38 WEST


A equipa responsável pela construção do primeiro satélite de uma
universidade portuguesa entregou no domingo (17 de Setembro) à Agência
Espacial Europeia (ESA) o desenho final revisto do engenho, indicou à
Lusa um dos elementos da equipa, Diogo Henriques.

A construção do nanosatélite ISTnanosat-1 está a cargo do Instituto
Superior Técnico (IST), da Universidade de Lisboa, e o projeto com
caráter educativo foi um dos seis do género escolhidos em maio pela
ESA para enviar para o espaço.

Em dezembro, segundo Diogo Henriques, aluno de doutoramento, é
esperada a aprovação final por parte da ESA, depois de afinados
eventuais detalhes, para que a construção do satélite em miniatura
possa começar.

O lançamento na órbita terrestre é apontado para finais de 2018 ou
2019, juntamente com os outros cinco nanosatélites, após terminada a
fase de testes.

O satélite 'made in Portugal', o primeiro a ser concebido por uma
instituição de ensino superior, tem a forma de um cubo com dez
centímetros e permitirá captar sinais emitidos pelos aviões,
nomeadamente quando sobrevoam o oceano Atlântico, onde nem sempre é
possível recolher informação, e assim saber exatamente onde estão e,
em caso de acidente, localizar a aeronave e possíveis sobreviventes.

O ISTnanosat-1, que seguirá num voo de carga e será colocado em órbita
por astronautas da Estação Espacial Internacional, tem uma 'esperança
de vida' curta, de três meses a um ano, dado que é um projeto
educacional, esclareceu Diogo Henriques.

Da equipa nacional fazem parte professores e alunos do IST e
radioamadores da Associação Portuguesa de Amadores de Rádio para a
Investigação, Educação e Desenvolvimento, uma das entidades parceiras.

A construção do nanosatélite está orçada em mais de 300 mil euros, mas
a equipa procura parceiros privados para financiar os componentes do
engenho, no valor de 53 mil euros, e que incluem peças como baterias e
células solares.

A maior parte do custo do ISTnanosat-1, entre 500 mil euros e um
milhão de euros, é assegurada pela ESA, que faculta apoio técnico e é
responsável pelo lançamento do nanosatélite, precisa em comunicado
hoje divulgado o Instituto de Telecomunicações, unidade de
investigação agregada ao Instituto Superior Técnico e que participa no
projeto.

Fonte:  Associação Portuguesa de Amadores de Rádio  para a
Investigação Educação e Desenvolvimento



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