Re: ARLA/CLUSTER: Fenda do icebergue gigante da Antárctida dividiu-se em duas, com cinco mil quilómetros quadrados, vai soltar-se da plataforma. E depois?
João Costa > CT1FBF
ct1fbf gmail.com
Quinta-Feira, 4 de Maio de 2017 - 13:15:35 WEST
Tenho a nÃtida sensação, e Deus queira que esteja enganado, que nos
próximos 67 anos a temperatura media vai aumentar mais que 3º graus
Celsius, que entre 1950 e 2017.
Por outro lado existe um ponto de quebra abrupta em que a partir dali as
coisas passam-se muito mais depressa que anteriormente, esse acontecimento
é facilmente perceptivo quando no verão estamos a beber algo refrigerado
com gelo.
João Costa (CT1FBF)
Em 4 de maio de 2017 12:16, Salomao Fresco <sal.fresco gmail.com> escreveu:
> Sim, de facto, "a temperatura média anual..." no perÃodo compreendido
> entre 1950 e 2017.
>
> para ser mais claro, entre 1950 e 2017 a temperatura subiu 3º.
>
> Salomão Fresco
>
> Callsign: CT2IRJ
>
> GRID Locator: IM59sl -- CQ Zone 14 / ITU Zone 37
>
> QTH: Entroncamento, Portugal
>
>
> [image: Salomão Fresco no Facebook]
> <http://www.facebook.com/salomao.fresco> [image: O meu perfil no LinkedIn]
> <http://www.linkedin.com/in/salomaofresco?trk=hp-identity-name> [image:
> CT2IRJ em QRZ.COM] <http://www.qrz.com/db/ct2irj>
> <http://aprs.fi/#!mt=roadmap&z=11&call=a%2FCT2IRJ-5%2Ca%2FCT2IRJ-7&timerange=3600&tail=3600>
> [image: European PSK Club] <http://eupsk.com/> [image: Página web da
> AMSAT-PO] <http://www.radioamadores.net/amsat-po/>
>
>
>
>
>
> 2017-05-04 12:12 GMT+01:00 Carlos Pinheiro <karlus.pinheiro gmail.com>:
>
>> Bom dia colega Salomão,
>>
>> O artigo fala em "temperatura média anual" durante esse perÃodo e não "temperatura
>> anual".
>>
>> Claro que deve ter sido lapso...
>>
>> 73
>>
>> CP
>>
>>
>> No dia 4 de maio de 2017 Ã s 11:52, Salomao Fresco <sal.fresco gmail.com>
>> escreveu:
>>
>>> Bom dia,
>>>
>>> Colega Carlos,
>>>
>>>
>>> " desde 1950, a temperatura média anual do ar subiu cerca de três graus
>>> Celsius. "
>>>
>>> ou seja, entre 1950 e 2017, a temperatura média subiu 3º. Não subiu 3º
>>> por ano...
>>>
>>> clarinho, clarinho!
>>>
>>>
>>>
>>> Salomão Fresco
>>>
>>> Callsign: CT2IRJ
>>>
>>> GRID Locator: IM59sl -- CQ Zone 14 / ITU Zone 37
>>>
>>> QTH: Entroncamento, Portugal
>>>
>>>
>>> [image: Salomão Fresco no Facebook]
>>> <http://www.facebook.com/salomao.fresco> [image: O meu perfil no
>>> LinkedIn]
>>> <http://www.linkedin.com/in/salomaofresco?trk=hp-identity-name> [image:
>>> CT2IRJ em QRZ.COM] <http://www.qrz.com/db/ct2irj>
>>> <http://aprs.fi/#!mt=roadmap&z=11&call=a%2FCT2IRJ-5%2Ca%2FCT2IRJ-7&timerange=3600&tail=3600>
>>> [image: European PSK Club] <http://eupsk.com/> [image: Página web da
>>> AMSAT-PO] <http://www.radioamadores.net/amsat-po/>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> 2017-05-04 11:47 GMT+01:00 Carlos Pinheiro <karlus.pinheiro gmail.com>:
>>>
>>>> Bom dia colega Costa e restantes,
>>>>
>>>> Há qualquer coisa aà que não bate certo...
>>>>
>>>> " desde 1950,
>>>> a temperatura média anual do ar subiu cerca de três graus Celsius. "
>>>>
>>>> Significa que nos últimos 67 anos a temperatura subiu 67 x 3 = 201
>>>> graus Celsius ???
>>>>
>>>> 73 de CT1PT
>>>>
>>>> CP
>>>>
>>>>
>>>> No dia 4 de maio de 2017 às 11:18, João Costa > CT1FBF <
>>>> ct1fbf gmail.com> escreveu:
>>>>
>>>>> A fissura num grande bloco de gelo, na plataforma Larsen C, partiu-se
>>>>> em duas, assumindo a forma de uma lÃngua de cobra.
>>>>>
>>>>> A separação do icebergue está para muito breve, avisam os vigilantes
>>>>> cientistas.
>>>>>
>>>>> Há vários meses que o bloco de gelo é notÃcia, relatando-se cada
>>>>> avanço da fissura na plataforma Larsen C. Actualmente, existem 180
>>>>> quilómetros de uma fenda aberta no gelo da Antárctida que foi
>>>>> crescendo a um ritmo impressionante nos últimos meses. O final é mais
>>>>> ou menos previsÃvel: um icebergue gigante, com cinco mil quilómetros
>>>>> quadrados, vai soltar-se da plataforma. E depois?
>>>>>
>>>>> Está quase. Desde Fevereiro que a fenda na plataforma Larsen C parecia
>>>>> ter abrandado a sua progressão no gelo, mas a 1 de Maio foi observada
>>>>> uma mudança no cenário branco. Uma das pontas do risco no gelo
>>>>> abriu-se em duas, apresentando agora uma bifurcação semelhante Ã
>>>>> lÃngua de uma cobra. O “novo ramoâ€, que nasceu dez quilómetros antes
>>>>> do fim da fenda, surgiu mais perto do mar e dirige-se para a frente de
>>>>> gelo, segundo os dados recolhidos pelo cientistas do Projecto Midas,
>>>>> da Universidade de Swansea, no PaÃs de Gales (Reino Unido) que
>>>>> acompanham a evolução da plataforma Larsen C. O ramo que actualmente
>>>>> terá cerca de dez quilómetros de comprimento não aumenta o tamanho da
>>>>> fenda original, mas deverá aumentar a fragilidade do bloco do gelo
>>>>> formando uma ponta com duas brechas.
>>>>>
>>>>> Em Janeiro, quando só havia uma fenda, o rasgo no gelo já tinha cerca
>>>>> de 175 quilómetros, faltavam 20 para se partir. Agora, com o tal
>>>>> abrandamento registado desde Fevereiro, as duas pontas quase paralelas
>>>>> da fenda chegam aos 180 quilómetros. Segundo os investigadores, a
>>>>> abertura deste novo ramo terá surgido quando a fissura original
>>>>> atingiu gelo mais macio e por isso mais difÃcil de se fracturar,
>>>>> transferindo a pressão e tensão para outra zona do bloco.
>>>>>
>>>>> Segundo uma publicação dos investigadores no site do Projecto Midas, a
>>>>> observação directa do novo ramo da fenda é difÃcil por causa do
>>>>> Inverno que está actualmente instalado na Antárctida. Assim, explicam
>>>>> na nota, as observações foram apoiadas nas imagens de interferometria
>>>>> recolhidas pelos satélites Sentinela, da Agência Espacial Europeia.
>>>>> “Embora o comprimento da fenda tenha ficado estável durante vários
>>>>> meses, tem crescido de forma constante, a taxas superiores a um metro
>>>>> por dia. Este alargamento tem aumentado sensivelmente desde o
>>>>> desenvolvimento do novo ramo, como pode ser visto nas medições da
>>>>> velocidade do fluxo de geloâ€, referem os cientistas.
>>>>>
>>>>> E agora?
>>>>>
>>>>> Quando este bloco de gelo se separar, a plataforma Larsen C perderá
>>>>> mais de 10% da sua área, fazendo com que a frente de gelo fique na
>>>>> posição mais recuada de sempre. “Este fenómeno vai mudar de forma
>>>>> fundamental a paisagem da PenÃnsula Antárcticaâ€, dizem os
>>>>> investigadores dedicados ao Projecto Midas, lembrando que a “nova
>>>>> configuração será menos estávelâ€. Por outro lado, referem que é
>>>>> possÃvel que a Larsen C siga o exemplo da sua vizinha (Larsen B), que
>>>>> se desintegrou em 2002, após um fenómeno semelhante ao que está agora
>>>>> a acontecer.
>>>>>
>>>>> Gigantesco icebergue prestes a nascer na Antárctida
>>>>>
>>>>> As lições aprendidas com a desintegração da Larsen A e a Larsen B, em
>>>>> 1995 e 2002, mostram também que a entrada no oceano destes grandes
>>>>> blocos de gelo, que são a parte final dos glaciares, aumenta o nÃvel
>>>>> do mar.
>>>>>
>>>>> Ao Inverno que alonga as noites na Antárctida e dificulta as
>>>>> observações e ao gelo macio, soma-se outro factor que pode acelerar o
>>>>> inevitável desfecho da separação do icebergue. O centro de
>>>>> investigação British Antarctic Survey publicou na semana passada um
>>>>> estudo que mostra que naquela zona sopra actualmente um especial vento
>>>>> quente (foehn) que cai sobre as montanhas da penÃnsula para a
>>>>> plataforma de gelo Larsen C e que pode ajudar a derrete-la. Se um dia
>>>>> ocorrer o colapso da Larsen C (e para confirmar se isto acontece ainda
>>>>> será preciso esperar muito tempo), não será um caso inédito.
>>>>>
>>>>> A lista de plataformas de gelo que se partiram, recuaram ou perderam
>>>>> volume nas últimas décadas é longa. Faz parte do ciclo de vida dos
>>>>> glaciares. Uma das explicações para este tipo de fenómenos está
>>>>> centrada nas alterações climáticas. E a PenÃnsula Antárctica é dos
>>>>> locais que têm estado a aquecer mais depressa no planeta: desde 1950,
>>>>> a temperatura média anual do ar subiu cerca de três graus Celsius.
>>>>> Porém, esta separação do icebergue da plataforma flutuante de gelo
>>>>> poderá ter também causas naturais, uma vez que os colapsos destas
>>>>> placas são frequentemente o resultado de questões dinâmicas. O mais
>>>>> provável mesmo será estarmos a assistir ao resultado da força da
>>>>> natureza, empurrada pela mão humana.
>>>>>
>>>>> Resta esperar. A cada seis dias, há um radar em satélites que envia
>>>>> informação sobre a superfÃcie de gelo para os investigadores.
>>>>>
>>>>> Fonte: Jornal Publico
>>>>>
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