ARLA/CLUSTER: Misterioso sinal de radio “Wow!” é finalmente decifrado, a verdadeira (e frustrante) explicação: um par de cometas.

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Domingo, 11 de Junho de 2017 - 23:01:46 WEST


 Em 1977, o som dos extraterrestres foi ouvido pelos ouvidos humanos
pela primeira vez – ou pelo menos foi o que as pessoas na época
pensaram. O sinal Wow!, como ficou conhecido, foi detectado pelo
astrônomo Jerry Ehman usando o radio-telescópio Big Ear da Ohio State
University, nos EUA – um detector de sinal de rádio que, na época, foi
apontado para um grupo de estrelas chamado Chi Sagittarii na
constelação de Sagitário.

Ao escanear os céus ao redor das estrelas, Ehman capturou uma explosão
de ondas de rádio de 72 segundos: ele contornou com uma caneta o
registro da leitura e escreveu “Wow!” ao lado, daí o nome do sinal. Ao
longo dos últimos 40 anos, o sinal foi citado como evidência de que
não estamos sozinhos na galáxia. Especialistas e leigos acreditavam
que, finalmente, tínhamos provas de vida extraterrestre.

No entanto, o professor Antonio Paris, da Faculdade São Petersburgo,
nos EUA, descobriu a verdadeira (e frustrante) explicação: um par de
cometas.

Estes cometas, conhecidos como 266P / Christensen e 335P / Gibbs, têm
nuvens de gás hidrogênio com milhões de quilômetros de diâmetro ao
redor deles. O sinal Wow! foi detectado a 1420 MHz, que é a
radiofrequência que o hidrogênio naturalmente emite. Notavelmente, a
equipe verificou que os cometas estavam na vizinhança no momento, e
eles relatam que os sinais de rádio de 266 / P Christensen combinavam
com os do sinal Wow!.

A busca continua

Embora esta descoberta seja uma decepção para os entusiastas
alienígenas em todos os lugares,o sinal Wow! é o sinal mais forte que
já recebemos do espaço, e, portanto, uma prova de nossa capacidade de
interpretar com precisão sinais e sons do cosmos. Isso nos dá
esperança em nossa tentativa de decodificar as centenas de sinais
“estranhos” provenientes de outras estrelas que foram observadas
recentemente.

Temos várias armas em nosso arsenal de detecção cósmica, a maioria das
quais é usada pelo Instituto de Pesquisa Extra-Terrestre de
Inteligência (SETI). Seu principal meio de detecção é usar
rádio-telescópios, e seu projeto mais ambicioso até o momento foi o
“Projeto Phoenix”: a “busca mais abrangente do mundo por inteligência
extraterrestre”.

Para este projeto, eles usaram três dos maiores radiotelescópios do
mundo: o radiotelescópio Parkes na Austrália (64 metros de diâmetro),
o Observatório Nacional de Rádio-Astronomia na Virgínia Ocidental (42
metros de diâmetro) e o Observatório de Arecibo em Porto Rico (o
ex-maior do mundo, com pouco mais de 300 metros de diâmetro).

Embora a tecnologia para detectar mensagens alienígenas permaneça
relativamente estática, as ideias para se comunicar melhor com nossos
próprios satélites avançam rapidamente, com possibilidades incluindo a
comunicação por um raio laser e o estabelecimento de uma rede espacial
via satélite.

Fonte: Hypescience



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