ARLA/CLUSTER: Mistério das rajadas rápidas de rádio desvendado? Astrônomos acreditam que sim.
João Costa > CT1FBF
ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 5 de Junho de 2017 - 09:16:44 WEST
Na última semana, o telescópio australiano Square Kilometer Array
Pathfinder, em apenas quatro dias de uso detectou enigmáticos sinais
de rádio no Espaço profundo, as chamadas rajadas rápidas de rádio
(FRBs, sigla em inglês).
Intrigados, cientistas conjecturaram a chance delas serem originadas a
partir da tecnologia alienígena. Contudo, segundo o jornal britânico
The Sun , da passada sexta-feira (26), estudiosos jogaram um
verdadeiro ‘balde de água fria’ nos adeptos da vida extraterrestre, ao
elucidarem a incógnita – veja a manchete. Eles explicam que os sinais,
de apenas milissegundos de duração, são emanados a partir de um
‘berçário estelar’, formado por estrelas de nêutrons ‘recém-nascidas’.
A energia oriunda dessas estrondosas explosões é impossível de
mensurar. Por exemplo, o Sol demora cerca de dez mil anos para
transmitir a mesma quantidade da energia expelida por esses astros,
que levam apenas frações de segundos para isso.
Agora, uma equipe de cientistas de diferentes países, auxiliada pelo
telescópio Hubble, acredita ter rastreado a origem do evento em uma
pequena galáxia batizada FRB 121102, na constelação de Auriga, a 2,4
bilhões de anos-luz da Terra. Shriharsh Tendulkar, astrônomo da
Universidade McGill, no Canadá, e outros pesquisadores, apontam a
detecção de diversas rajadas rápidas de rádio na borda de galáxia,
produzidas por estrelas de nêutrons em desenvolvimento. Essas estrelas
de nêutrons, explica Tendulkar, são criadas quando astros gigantes
explodem em supernovas. Em síntese, elas produzem as maiores explosões
detectáveis no universo – confira a foto tirada pelo Hubble.
No entanto, quando se trata de cosmos, tamanho não é documento. De
acordo com os profissionais, esses astros são tão densos, que apenas
uma estrela equivalente ao tamanho de uma colher, tem o peso estimado
em cerca de um bilhão de tonelada. E eles avaliam que é a partir
desses fenômenos que as FRBs se originam. "As observações do Hubble
nos permite obter uma imagem muito nítida", disse o astrônomo da
Universidade McGill.
Nem tão convincente assim
Embora cientistas estejam confiantes de finalmente descobriram a
procedência das misteriosas rajadas rápidas de rádio (FRBs), ao
constatarem indícios do episódio na parte externa da constelação de
Auriga, a dúvida permanece. Jasper Hamill, jornalista científico do
The Sun, destaca o aspecto confuso desses sinais, ao enfatizar que
rajadas observadas em outras partes do universo podem ser de origem
alienígena. “No entanto, rajadas de outras partes do espaço profundo
ainda poderiam ser de estrangeiros, porque a última descoberta não
explica completamente todos os outros sinais semelhantes que foram
apanhados recentemente”, declara.
Fonte: Blasting News Brasil
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