ARLA/CLUSTER: Idanha-a-Nova acolhe o maior acampamento escutista de sempre. E Marcelo também vai

João Costa > CT1FBF ct1fbf gmail.com
Segunda-Feira, 31 de Julho de 2017 - 13:09:48 WEST


30 jul, 2017 - 23:45 • Ângela Roque
<http://rr.sapo.pt/artigo/33604/angela_roque>
Encíclica do Papa sobre a salvaguarda do meio ambiente inspirou o
mega-encontro que decorre em Idanha-a-Nova, diz o chefe nacional do Corpo
Nacional de Escutas em entrevista à Renascença.
Foto: Corpo Nacional de Escutas
<https://cdnimages01.azureedge.net/renascenca/acampamento_de_escuteiros_foto_corpo_nacional_de_escuteiros20143576.jpg>

Vinte e dois mil participantes são esperados no maior acampamento de
escuteiros realizado em Portugal, que arranca esta segunda-feira, em
Idanha-a-Nova. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai
passar por lá no dia de abertura.

“Abraça o Futuro†foi o tema escolhido para esta 23ª edição do acampamento
nacional (Acanac), que depende do serviço voluntário de três mil chefes,
dirigentes e animadores adultos, e que vai transformar aquela localidade da
Beira Baixa numa verdadeira “cidade escutistaâ€.

Será a maior actividade em campo realizada até hoje pelo Corpo Nacional de
Escutas (CNE), os escuteiros católicos portugueses, que até dia 6 de Agosto
vão estar envolvidos numa série de actividades ligadas à defesa do ambiente.

Em entrevista à Renascença, o chefe nacional do CNE, Ivo Faria, explica que
foi a encíclica do Papa “Laudato Siâ€, sobre a salvaguarda do meio ambiente,
a inspirar o imaginário para o Acanac 2017.

A iniciativa vai transformar o campo escutista de Idanha-a-Nova numa
verdadeira “cidadeâ€: construído para receber eventos desta dimensão, o
campo tem uma arena para 25 mil pessoas, vai ter cinco mil tendas montadas,
dois supermercados e dois restaurantes, e há 320 canoas e cinco mil coletes
salva-vidas disponíveis para as várias actividades previstas.

Com idades dos 6 aos 22 anos, lobitos, exploradores, pioneiros e
caminheiros vão ser acompanhados por três mil chefes e animadores adultos,
alguns deles voluntários nos vários serviços em campo, que passam por
garantir milhares de refeições diárias, assistência médica e de enfermagem,
e 300 “workshops†ao longo de toda a semana.

Ivo Faria garante que está tudo a postos para este Acampamento Nacional. Em
época de incêndios essa é, naturalmente, uma preocupação, mas o responsável
nacional do CNE garante que está tudo assegurado em termos de prevenção e
resposta.

Este ano o tema escolhido para o imaginário do acampamento foi "Abraça o
Futuro". Por que escolheram este tema?

Por duas razões, a primeira porque considerámos que o tema tinha uma
ligação quase que perfeita com o texto que o Papa Francisco nos deixou, a
encíclica ‘Laudato Si’, e que portanto era um mote muito interessante para
desafiarmos os nossos jovens a cuidarem daquilo que é de todos nós. A
segunda razão foi porque gostamos que as nossas crianças e jovens tenham a
consciência de que, de facto, podem fazer a diferença, podem ajudar a
construir e a transformar o mundo que os rodeia, daí o "Abraçar o Futuro",
sermos capazes de pensar cada vez mais nos outros, no meio ambiente, nas
nossas comunidades, no fundo em sermos mais amigos do futuro de todos.

Essa não é uma preocupação permanente dos escuteiros?

Sempre, sim, liga muito bem com o nosso próprio “core businessâ€,
chamemos-lhe assim, de desenvolvimento integral dos nossos jovens e das
nossas crianças.

Com este imaginário, que actividades é que estão previstas? São sobretudo
ligadas à natureza?

Há de vários tipos. Há, de facto, actividades mais ligadas à natureza, que
nos põem em contacto com a natureza, com Deus, que nos rodeia naquilo que
nos encontramos de tão belo neste mundo, e há um conjunto de actividades
mais viradas para o despertar de uma consciência social, com a realização
de diversas oficinas, workshops, e alguns trabalhos de apoio às comunidades
onde os jovens vão estar inseridos, porque eles não estarão sempre em
campo. Depois, obviamente, há um conjunto de actividades mais lúdicas, quer
náuticas quer de caminhada, que vão ajudar os jovens a divertir-se, porque
isso é importante, e a criarem laços uns com os outros.

O Acanac vai decorrer no campo escutista de Idanha-a-Nova, que por estes
dias se transforma numa verdadeira “cidade dos escuteirosâ€. Quantos são os
participantes?

São 22 mil participantes, entre jovens e adultos, e vêm de todas as
regiões, das 20 dioceses do nosso país, mas também temos quase 200
participantes de 13 países que nos visitam.

Este é um movimento que se baseia no voluntariado adulto. Quantos são os
chefes e dirigentes que vão estar na Idanha ao serviço, tornando tudo isto
possível?

Temos cerca de três mil dirigentes em serviço, uma parte grande dos quais
são os adultos que acompanham directamente no dia a dia os nossos jovens,
são os seus chefes, participam com eles nas actividades. Depois, temos mil
e poucos adultos que, sendo dirigentes nos seus locais de origem, se
voluntariaram para ajudar a que o acampamento funcione nas áreas mais
variadas, que vão desde a segurança aos abastecimentos, à animação de
oficinas e “workshopsâ€. Nada disso se consegue fazer sem o apoio de todos
estes voluntários.

Estes números mostram que o movimento escutista está de boa saúde? Os
jovens e as suas famílias continuam a apostar no escutismo católico?

Continuam. Este será de longe o maior acampamento escutista em Portugal
alguma vez realizado. Aliás, se nós somássemos todos os dias da actividade
e assumíssemos que temos 22 mil escuteiros por dia, é a maior actividade
escutista de sempre, independentemente de ser um acampamento, ou não. E
isto demonstra, de facto, uma adesão muito interessante que nos deixa a
todos muitos felizes, uma adesão dos jovens e das crianças a este nosso
modo de estar, a esta forma de tentarmos crescer com base num método
(pedagógico) que há mais de 100 anos tem mostrado ser eficaz.

Idanha-a-Nova tem sido uma das zonas mais fustigadas pelos incêndios. Essa
é uma preocupação nesta altura, quando se prepara um encontro deste género?
Os escuteiros estão preparados para dar resposta a eventuais situações mais
perigosas?

Estou confiante que sim. A segurança é uma das nossas maiores preocupações
quando temos actividades com escuteiros, e o campo onde se vai realizar a
actividade é um campo que está licenciado para efeitos de segurança junto
da autoridade nacional competente. Obviamente que o risco de incêndio é um
dos riscos que o nosso plano de segurança contempla, mas todos os nossos
adultos estão sensibilizados para alguns cuidados especiais que devem ter
num acampamento de verão, numa zona onde as temperaturas costumam ser
elevadas. E temos uma equipa de protecção civil permanente que neste
acampamento vai estar também ao serviço, tentando garantir que temos todas
as condições possíveis para que os problemas de segurança sejam menorizados
e controlados.

Este campo da Idanha também já foi feito a prever essas situações?

Já. É um campo que se vai construindo, este já é o terceiro acampamento
nacional que lá realizamos e o campo já está, na nossa maneira de ver, com
condições bastante consolidadas para a realização da actividade. O que,
obviamente, também significa que para além das infra-estruturas básicas que
nos iam fazendo falta, havia que melhorar os dispositivos de segurança de
que o campo dispõe.

O Presidente da República foi convidado. Por que é tão importante que
Marcelo Rebelo de Sousa vá à abertura deste evento?

É importante a dois níveis, primeiro, nós gostamos que o nosso Presidente
esteja com os jovens e comungue desta alegria contagiante que eles têm, que
se deixe contagiar por esta forma de estar e esta alegria de viver e estar
em conjunto uns com os outros. Depois, também será uma forma de os
voluntários se sentirem de alguma maneira reconhecidos pela visita tão
ilustre do nosso Presidente, que alegrará também o ambiente e todas as
pessoas que lá estão.

Fonte: Radio Renascença
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